Uma
briga entre peixes grandes revolta o curso do rio Madeira. As usinas
hidrelétricas de Jirau e de Santo Antônio, segundo maior potencial hidrelétrico
do Programa de Aceleração do Crescimento, disputam cada megawatt a ser extraído
das águas de Rondônia.
Desde que ganharam o leilão
para explorar o rio, entre 2007 e 2008, os empreendimentos tentam antecipar as
obras e fazem alterações ao projeto para aumentar a geração de energia. Mas,
construídas com 110 quilômetros de distância entre elas, ambas as usinas alegam
que as mudanças pleiteadas pela vizinha prejudicariam o seu projeto. E batem na
porta do governo federal, responsável por autorizar cada alteração, com argumentos
técnicos e ameaças jurídicas.
Literalmente à margem das
decisões, os habitantes de cidades e vilas banhadas pelo Madeira ainda tentam
se adaptar às reviravoltas pelas quais o rio já passou. Impactos que podem ser
agravados com a expansão das usinas. Como as ondas gigantes que engoliram casas
e provocaram desmoronamentos em Porto Velho e duas outras comunidades rio
abaixo. Ou as 11 toneladas de peixes mortos encontrados nas proximidades da
barragem – o cheiro era tão forte que podia ser sentido do centro da capital
(leia mais sobre os impactos das usinas no rio).
Confira
em matéria da Agência Pública clicando AQUI!

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