sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Cid Moreira diz umas verdades à Globo...

Esta semana estava falando sobre esse histórico vídeo que vale a pena sempre vê de novo: o direito de resposta que Leonel Brizola conseguiu na justiça contra a Globo há quase duas décadas atrás.

Comentários
3 Comentários

3 comentários:

Anônimo disse...

Não é possível fazer uma análise de Brizola dissociada do Brizolismo, e deste, sem que se analise a trajetória política de Brizola; também não é possível fazê-lo sem observar o momento político atual, marcado pelas eleições presidenciais em que disputam dois candidatos cujos programas estão situados, em maior ou menor grau, entre o conservadorismo e o reformismo. A análise do Brizolismo deve contemplar necessáriamente a interpretação de tendencias e fases da política nacional que abarcam teses que irão do trabalhismo de Getulho e da revolução por etapas através da aliança com a burguesia nacional a outras que transitam em setores sociais extremamente conservadores.
O Brizolismo, que teve expressão máxima no primeiro governo Brizola, com início no ano de 1982, levou a cabo o programa reformista como nenhum outro governo no Brasil, depois da ditadura militar.
Ali havia um governo em disputa que conseguiu abarcar, sob o Brizolismo, tendencias que iam do Prestismo ao extremo conservadorismo representado por Cesar Maia e Marcelo Alencar. Muitos exilados que representavam as mais distintas tendências compuseram aquele governo, mas além das tendencias da esquerda que representavam a esperança popular, haviam as alianças de ocasião com vistas à governabilidade. O governo foi marcado por disputas políticas e ataques da mídia, sobretudo da rede globo, mas fez os enfrentamentos possíveis dentro da institucionalidade, e só isso.
O Brizolismo foi acima de tudo reformismo. Tem origem no período imediatamente anterior à ditadura militar, em que Brizola como governador do Rio Grande do Sul foi um dos bastiões das reformas de base do governo João Gulart dentre as quais a reforma agrária que deveria desapropriar as fazendas localizadas às margens das estradas no Brasil. Além disso Brizola foi com Arraes em Pernambuco um marco da resistência ao golpe militar de 1964, defendeu a democracia formal.
No estado do Rio de janeiro foram reconhecidas e legalizadas difersas ocupações urbanas e rurais dando origem a assentamentos rurais e comunidades urbanas, foram criados os CIEPS, houve avanços na política de direitos humanos, etc.
Por isso o epíteto reformista é tão associado ao Brizolismo.
Mas o reformismo no estado do Rio de Janeiro produziu o conservadorismo, que veio desembocar no governo neo-fascista-tropa-de-elite de Cabral, depois de governos como o de Marcelo Alencar e Garotinhos, e de ter produzido excrecências como o prefeito Cesar Maia. Isso pode servir para indicar o caráter anti-povo e anti-comunista do reformismo durante o governo Brizola, ainda que trouxesse o signo democrático em contraposição à ditadura. Hoje esse programa é associado principalmente à candidata Dilma, ainda que esta como representante do PT seja incapaz de apresentar o levar a cabo o atrazado programa reformista, por isso e porque a democracia burguesa encontra-se consolidada, NEM SERRA, NEM DILMA!

Leonel disse...

Estou com Dilma, pois só ela representa os interesses nacionais em jogo nesta eleição.

Arnaldo José disse...

Stálin... vc está de parabéns, nem eu q sou carioca conhecia este vídeo.. salvou o feriadão ! Depois dessa como não amar o Brizola ?


PS: nem dilma, nem serra! Me nego a escolher o noso opressor estatal