quarta-feira, 20 de outubro de 2010

França: Sétima greve geral do ano aumenta pressão contra reforma da previdência

Greves levam 3,5 milhões de pessoas às ruas na França

Intensificam-se por toda a França greves e manifestações contra a reforma da previdência encaminhada pelo presidente Nicolas Sarkozy ao Congresso como medida de ajuste fiscal para combater a crise econômica que assola o continente europeu.

Nesta terça-feira, cerca de 3,5 milhões de pessoas saíram às ruas - número parecido ao da greve da última terça-feira (12) -, segundo os sindicatos franceses. Só em Paris, 380 mil pessoas foram às ruas.
A greve das 12 refinarias da França e o bloqueio de alguns depósitos de combustível deixaram sem combustível 4.000 dos 12,5 mil postos de gasolina do país, segundo o ministro da Energia, Jean Louis Borloo.
Nesta terça, houve uma reunião de crise, presidida por Sarkozy no Palácio do Eliseu, que contou com a presença de vários ministros. O encontro, que ocorreu horas depois de o presidente anunciar que tomaria medidas contra o bloqueio das refinarias, teve o objetivo de colocar em andamento um "plano de abastecimento" de combustível.
Atualmente em tramitação final no Senado, o projeto elevará de 60 para 62 anos a idade mínima para se aposentar e de 65 a 67 anos para ter direito à pensão completa.

Segundo a UNEF (União Nacional de Estudantes da França), 10 das 83 universidades do país estão bloqueadas.
Confrontos
Hoje, uma jovem de 15 anos ficou ferida na explosão de uma motocicleta, perto de um contêiner de lixo em chamas em frente ao colégio em que estuda, no sul de Paris, informaram fontes municipais.
Ainda na capital, segundo o jornal espanhol El País, a polícia precisou usar a força para dispersar centenas de estudantes que manifestavam contra a medida do governo. Em Lyon, a polícia usou gás lacrimogêneo para espalhar a multidão. De acordo com o El País, nove jovens foram presos porque tentaram depredar carros e imóveis.
A ministra francesa da Justiça, Michèle Alliot-Marie, prometeu atuar com firmeza contra os manifestantes que provocarem estragos durante os protestos.
Transportes
A greve afetou o tráfego aéreo, que sofre com o cancelamento de 50% dos voos no aeroporto parisiense de Orly e de 30% nos aeroportos de Roissy Charles de Gaulle e do interior.
O tráfego ferroviário foi afetado, assim como a circulação em vários pontos do país, onde os caminhoneiros fizeram "operações tartarugas" e grupos de manifestantes bloquearam o acesso em fábricas, indústrias, depósitos de combustível e aeroportos.
Com vários graus de adesão, a greve foi acompanhada nos correios, telecomunicações, educações, creches, rádios públicas e até coletores de lixo e transportadores de valores de algumas cidades.

Fonte: Com informações do Portal R7
Confira algumas fotografias sobre as mobilizações na França:




Comentários
1 Comentários

1 comentários:

Arnaldo José disse...

Um certo karl... disse um dia, que os trabalhadores franceses seriam os primeiros a se levantar na europa...


digamos...: virar a mesa