sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Taradão será julgado em 2009, garante o presidente do TJE

Procuradores da República em Belém e Anapu participaram dos eventos alusivos ao quarto ano do assassinato da missionária Dorothy Stang. Em Belém, o procurador Felício Pontes Jr participou da audiência entre os integrantes do Comitê Dorothy e o presidente do poder judiciário estadual, desembargador Rômulo Ferreira Nunes, que aconteceu pela manhã, na sede do Tribunal de Justiça do Pará, quando ele garantiu que Regivaldo Pereira Galvão, o Taradão, será julgado ainda este ano.

O procurador entregou ao desembargador as provas das acusações de grilagem que levaram à prisão, pela Justiça Federal, de Taradão. Ele é o único acusado pela morte da missionária que ainda não foi julgado, mas está preso desde 26 de dezembro do ano passado porque retornou às terras públicas onde a freira foi morta para tentar novamente retirar os assentados do lugar.

“Estamos investigando Regivaldo há muitos anos e temos várias informações sobre a vida de crimes dele, que viemos trazer ao judiciário para reforçar a necessidade de que ele seja julgado o mais rápido possível”, disse Felício. “Ele está solto pelo homicídio qualificado e preso pela falsificação de documentos”, notou o desembargador Rômulo Nunes, observando a incoerência.

Durante a audiência, que teve a presença dos movimentos sociais, da Ordem dos Advogados do Brasil e da Ouvidoria de Segurança Pública do Pará, o desembargador garantiu: “Regivaldo será julgado este ano, se possível ainda neste semestre, e isso é um compromisso nosso”. Ele informou aos integrantes do Comitê que as tentativas para retirada da acusação já foram negadas em todas as instâncias do judiciário, o que abre o caminho para o júri.

O desembargador também falou sobre a possibilidade de um terceiro julgamento para Vitalmiro Bastos de Moura, acusado de ser mandante do crime, que foi condenado em um primeiro júri e absolvido no segundo. “Para haver novo júri, basta que a 2ª Câmara Criminal (composta por três desembargadores) anule o último”, explicou. O pedido de anulação já está tramitando no Tribunal.
Além da audiência em Belém, houve eventos em Anapu, onde a freira viveu e morreu.

O procurador Rodrigo Costa e Silva, de Altamira, acompanhou a programação da igreja e dos movimentos sociais, que incluiu missa, exibição do filme 'Mataram Irmã Dorothy' e uma visita coletiva ao túmulo da missionária. O procurador participou de debates, após a exibição do filme, com os trabalhadores assentados no Projeto de Desenvolvimento Sustentável Esperança, idealizado por Dorothy.

Fonte: MPF
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