terça-feira, 31 de março de 2009
Jornal Nacional: "Total imparcialidade"
Grupo sem-terra é preso em Eldorado do Carajás
Doze pessoas ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) foram presas por porte ilegal de armas, em Eldorado do Carajás, no sudeste do Pará. O grupo estava em uma estrada, a dois quilômetros da fazenda Maria Bonita, invadida pelo MST.
Os policiais encontraram facões, espingardas, um revólver e munição com os sem-terra. Segundo motoristas que passavam pela área, eles estariam praticando assaltos. O advogado dos integrantes do MST disse que o grupo estava armado para se proteger de posseiros.
Castelo de Areia: PF exclui PT, PTB e PV de relatório
Uma parte do último relatório da operação Castelo de Areia é dedicada ao suposto financiamento ilegal de campanhas políticas. No documento, aparecem siglas de vários partidos, mas a Polícia Federal deixou de fora do relatório final três partidos citados na investigação.
Os partidos que ficaram de fora do último relatório da polícia são PT, PTB e PV. O nome desses partidos está em uma correspondência eletrônica de novembro do ano passado enviada por um dos diretores da Camargo Corrêa para um representante da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), tida pela polícia como intermediária entre a construtora e políticos.
(...)
Repararam nas diferenças?
MST: "invadida"; "praticando assaltos"; "armados para se proteger de posseiros"
Camargo Côrrea: "suposto financiamento ilegal"; "tida pela polícia como intermediária"
Leia ainda: MST, Camargo Corrêa e um brinde à “democracia”
Dia 30 foi de luta em várias cidades!
A manifestação nacional ocorreu em São Paulo, com uma passeata que durou cerca de cinco horas e reuniu cerca de sete mil pessoas – a organização chegou a anunciar dez mil, quando a passeata percorria a avenida Paulista. A atividade teve início na avenida Paulista realizando protestos em frente à FIESP, o Banco Central, a Caixa Econômica Federal. Desceu ainda a rua Consolação, com encerramento em frente ao Teatro Municipal, no centro da cidade.
O protesto nacional foi organizado por 21 entidades, entre elas a CONLUTAS, CTB, CUT, FORÇA SINDICAL, INTERSINDICAL, CGTB, NCST, Assembléia Popular, Cebrapaz, CMB, CMS, CONAM, CONLUTE, MST e MTST.
Leia tudo em:
Milhares vão as ruas contra demissões e por estabilidade no emprego
O deus do agronegócio
Padres devem ser cobrados para que formalizem posição contra demarcações em Mato Grosso do Sul. Para justificar a exigência, produtores rurais devem lembrar aos párocos que “o que mantém obras sociais nos municípios vêm em sua maior parte do campo”, orienta entidade rural em nota divulgada à imprensa.
A recomendação é para que os fazendeiros procurem os padres e peçam a“eles que se manifestem, inclusive formalmente, por carta, em relação à questão indígena”.
A Famasul também comenta as doações feitas às igrejas, dizendo que“não é admissível que financiem ações de entidades como o CIMI(Conselho Indigenista Missionário), apontada como a principalfomentadora de invasões de propriedades por índios”. (campograndenews,28 de março de 2009)
Não fosse suficiente as pérolas acima citadas, é só abrirmos o "Progresso, onde o chicote do agronegócio é brandido contra os índios eseus aliados. No editorial “Direito de Propriedade” conclamam que “o setor produtivo precisará mostrar força para impedir que a Funai leve adiante esta aventura que viola o direito de propriedade e atropelatodos os preceitos constitucionais”. E para alcançarem tão nobre objetivo, é preciso “que o governo do Estado precisa colocar toda sua estrutura jurídica, e principalmente política...”(idem) para a impedir a demarcação das terras indígenas em defesa da vaca sagrada dapropriedade privada.
Destilando ódio e veneno por todos os poros do agronegócio, seu mago maior, na câmara de vereadores de Dourados afirma impunemente “se existe marginal neste conflito, certamente ele não está atuando entreos fazendeiros, mas sim entre organismos bandidos como o Cimi e tantosoutros apoiados, inclusive, pela Funai, para espalhar o terror pelo campo” ( O Progresso, Dourados 28 e 29/03/09 pg 4).
Na televisão desfilaram outras autoridades manifestando sua firme intenção de impedir a demarcação das terras indígenas no Estado. O governador afirmou de peito inflado que em seu governo a Funai não demarcará terras aqui. Por sua vez a presidente da ConfederaçãoNacional da Agricultura e Pecuária, CNA, senadora Kátia Abreu, rodeada de microfones disparou nesta mesma direção.
No afã de angariar apoios à sua santa cruzada contra os direitos indígenas à terra, Katia anunciou que vai se encontrar com bispo local, participar de missa,como parte de sua nobre missão. Amanhã vai discursar para o agronegócio em Dourados. Numa de suas requintadas compreensões doprocesso de identificação das terras indígenas no MS, “A representeda CNA chamou as demarcações de “invasões à caneta” e acusou a Funai eoutros órgãos de usar a bandeira social para fazer a expropriações.”(campograndenews, 28/03/09)
Deus é grande. Certamente não se deixará aprisionar pela ganância doagronegócio. Pelo contrário, conforme repetidas vezes afirma no Evangelho, estará com os que sofrem, com os que são explorados, com osque são presos, com os que são injustiçados e maltratados... porquedeles é o reino dos céus!
*Cimi MS
Campo Grande, 28 de março de 2009
Brutal repressão contra ativistas pró-Palestina
Assim como Tristan, ativista colaborador da rede Indymedia, muitos outros manifestantes vêm sendo feridos e assassinados pelo exército israelense nos protestos organizados contra "o muro de Israel".
Vários protestos têm sido organizados ao redor do mundo em solidariedade à Palestina. Agora, com mais esta repressão, ironicamente temos que convidar as pessoas a manifestarem sua solidariedade a esses grupos que tem se prestado a lutar em defesa a outros.
Fonte: CMI
segunda-feira, 30 de março de 2009
Frases
MPF desmantela caso de corrupção em Parceria Público Privada
O Ministério Público Federal no Pará encaminhou à Justiça denúncia contra dez pessoas acusadas de formação de quadrilha e desvio de recursos públicos da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam). As irregularidades foram constatadas no financiamento do projeto do estaleiro Rio Maguari. A obra recebeu R$ 3,5 milhões em verbas federais entre 1999 e 2000. Mesmo com o financiamento, a obra segue inconclusa.
Segundo o Ministério Público, os dez acusados são diretores e sócios da empresa Estaleiro Maguari S/A. A construção do estaleiro é uma Parceria Público Privada em que a Sudam entrava com 50% dos recursos, e a empresa investigada deveria entrar com a outra metade.
A procuradora da República e responsável pelo caso, Maria Clara Noleto, explica como aconteciam as irregularidades.“Para cada R$ 1 que a Sudam investia naquela empresa, a Estaleiro Maguari S/A teria que integralizar o restante com capital próprio. Acontecia que a empresa não tinha esse capital próprio e funcionava apenas com o valor da Sudam. O restante do dinheiro que alegava ser próprio, na verdade vinha de outra empresa que também já tinha sido financiada pela Sudam. Na verdade era capital da Sudam com capital da Sudam.”
As outras empresas a que a Maguari S/A recorria eram a Tecnel Engenharia e a SS Administração e Serviços. A Maguari S/A se utilizava de documentos falsos, como notas fiscais emitidas em favor de empresa inexistente, atas de assembleias mencionando integralização de capital alheio como próprio, simulações bancárias, fraudes contábeis e outros artifícios. Em meio à construção do estaleiro, a Maguari inclusive conseguiu arrecadar recursos para a construção de um prédio que já existia.
Fonte: Radioagência Notícias do Planalto.
"É Tudo Verdade"
Terras do Pará: entregar para entregar
No tempo da ditadura iniciada em 1964 o lema do mandante para a Amazônia era integrar para não entregar. Na prática, com a abertura das grandes estradas foi uma entregação a granel das terras da Amazônia às grandes fazendas. Foi o início da devastação da floresta. Agora na dita democracia, o governo do Pará, com a criação de nova lei de zoneamento econômico ecológico - ZEE legaliza terras griladas, compensa os que destruíram mais de 20% da reserva legal e cria um novo lema: entregar para entregar e satisfazer grileiros, fazendeiros e madeireiros.
O mais grave desse comportamento atual, é que está sendo feito por essas pessoas que já foram da luta popular em defesa da justiça social, que se diziam lutar por um novo modelo de administrar a coisa pública. Hoje com a maior sem cerimônia fazem o jogo das oligarquias e dos aventureiros que saqueiam o patrimônio estadual.
Basta analisar uma recente notícia; diz assim: - juntos, governo, legisladores, setor produtivo(isto é, fazendeiros e madeireiros) se reuniram para discutir o projeto de lei do executivo que dispõe sobre alienação, legitimação de ocupações e concessão de direito real de uso de terras públicas pertencentes ao Estado do Pará. Isto é, os responsáveis por administrar corretamente o patrimônio público se reúnem para repartir novas capitanias hereditárias no Pará.
Quem vai se favorecido com esta generosa alienação de terras públicas? Analise um exemplo aqui no Oeste do Pará, onde ainda há bastante terras públicas do Estado, embora boa parte delas já griladas. Na Gleba Nova Olinda, Mamuru e Curumucuri, do Alto Arapiuns até Juruti, o Ideflor tem um plano de legalização de terras. Dizem os funcionários que pretendem respeitar os moradores tradicionais, criar áreas de conservação e legalizar o resto. Já até tiveram encontro com sindicatos e representantes dos moradores tradicionais, que não concordaram com o projeto do governo. Por quê? Porque o Ideflor quer legalizar os lotes de 50, 70 e 100 hectares dos tradicionais e logo em seguida – “alienar legitimar e conceder direito de uso das terras públicas...” a quem? Aos grileiros que já demarcaram e ocuparam lotes de 20 mil, 50 mil hectares de terras na gleba Nova Olinda e nas outras glebas. Grilagem de terra é ilegal, é roubo de patrimônio público. Como pode então um governo que tem como lema: terra de direitos, “legitimar” a grilagem do patrimônio público?
Entregar para não integrar, veja só!
*Editorial da Rádio Rural de Santarém em 26/03/2009.
domingo, 29 de março de 2009
Curió é condenado por improbidade
A decisão suspende seus direitos políticos por cinco anos. Cabe recurso. A ação contra Curió e o então secretário de Finanças Wilson da Silva Marques foi ajuizada em 2006. As acusações contra Marques foram rejeitadas. A Folha não localizou Curió.
O juiz Carlos Henrique Haddad considerou que houve enriquecimento ilícito. Curió foi acusado de fraudar licitações e de irregularidades com verbas do Fundef, como contratar empresas fantasmas e usar notas fiscais falsas. Oficial da reserva e um dos responsáveis pela repressão à guerrilha do Araguaia, Curió teve cassado em 2008 o mandato de prefeito de Curionópolis (que ele fundou) por compra de votos e abuso de poder econômico.
Fote:Folha de São Paulo.
Mato Grosso: auditoria no Incra é concluída
O presidente do instituto, Rolf Hackbart, planeja vir a Cuiabá esta semana para se reunir com o procurador da República Mário Lúcio Avelar e revelar os resultados.
sexta-feira, 27 de março de 2009
Vale à pena (NÃO) conferir!
O primeiro deles é o Site do Deputado Federal Beto Faro - Principal (PT-PA). Eleito em 2006 como uns dos deputados federais mais votados no Pará, Faro ficou nacionalmente conhecido quando ocupava o cargo de Superintendente do Incra no estado. Na ocasião, seu nome batizou a operação da Polícia Federal chamada de “Faro- Oeste”. Acusado no episódio da grilagem de terras na região da BR-163, região oeste do Pará, Faro foi preso e exonerado.
Em janeiro deste ano, o MPF voltou a denunciar Faro e um grupo de mais 11 pessoas por corrupção, formação de quadrilha e grilagem de terras públicas, mas a condição de parlamentar lhe possibilitou foro privilegiado, estando as acusações no Supremo Tribunal Federal.
Hoje, seu passado recente passa longe de seu blog que se dedica a divulgar notícias de sua atuação parlamentar no Congresso Nacional.
Outro blog que chama atenção é o Regivaldo é inocente!
Regivaldo Galvão, acusado de ser um dos mandantes do assassinato da missionária Dorothy Stang, tem no mundo web um verdadeiro “dossiê” onde expõe a sua suposta inocência.
A foto com a família não condiz com o apelido. No blog ficamos sabendo a origem de sua célebre alcunha: “O apelido ganho na juventude - "Taradão", e que nada tem a ver com prática ou impulso sexual condenável - passou a personificar o empresário rural perante a sociedade.(...). O "Taradão" que acompanha Regivaldo Galvão veio da fome insaciável por futebol ainda muito jovem. Aos 16 anos sonhava ser jogador profissional, e chegou a morar em São Paulo, onde trabalhou por três anos.”
A relação do fazendeiro com a missionária teria sido harmônica e gentil, conforme está descrito: “Antes do crime, o único contato pessoal de Regivaldo Galvão com a irmã Dorothy Stang ocorreu em uma viagem que fizeram juntos, de Santarém (PA) para Altamira (PA). Regivaldo chegara de viagem com a esposa no aeroporto de Santarém. Como sabia que a missionária também iria para Altamira, ofereceu a ela carona em seu automóvel. Irmã Dorothy aceitou a carona, Regivaldo e Rosângela desceram antes e o motorista da família Galvão levou Dorothy até o seu destino. Ao despedir-se de Regivaldo, a freira abençoou os filhos do casal”.
Pelo relato, “Taradão” nada ter haver com o lote 55 em Anapú, apesar de recentemente ter sido novamente preso por grilagem de terras do lote onde a missionária foi assassinada.
Por fim, quem vem bombando no mundo virtual é o Blog DILMA PRESIDENTE, da candidata plastificada do PT. O blog de “pessoas independentes” diz-se “o maior portal de notícias de Dilma Rousseff na internet” (não sabia que havia um ranking para isso), dedica-se a divulgar as “idéias” e notícias em torno da ministra da Casa Civil.
Engraçado, que não há nenhum blog dedicado a divulgar as idéias e notícias do Ministro da Pesca, por exemplo.
O “Blog da Dilma” apresenta interatividade, com enquetes do tipo “Melhor para o Brasil? Dilma, Serra, Branco ou Nulo” e “Qual seria o melhor vice para Dilma?”, questões centrais o momento.
Lá ficamos sabendo que existe ainda o Orkut da Dilma, bem como a sua “Comunidade”. Os marcadores do blog são bem curiosos: Dilma; Dilma e obama; Dilma Rousseff; e ainda Dilma:Rumo a Vitória em 2010
“Coincidentemente”, o blog surge no momento em que o PT decide colocar o bloco de Dilma na rua, rumo à 2010.
Grande Israel: a verdadeira cara do sionismo
Em 1948, Ben-Gurion considerou aceitação de um Estado Judeu em parte da Palestina como uma cabeça-de-ponte para futura expansão no devido tempo. Sua visão foi explicitada numa carta a seu filho, Amos, declarando que "Um Estado Judeu parcial não é o fim, mas só o começo... Traremos para o estado todos os judeus que for possível trazer... Organizaremos uma moderna força de defesa, um exército seleto. ..e então eu estou certo que nós não seremos impedidos de colonizarmos as outras partes do país, ou por acordo mútuo com nossos vizinhos árabes ou por outros meios. Nossa capacidade de penetrar no país vai aumentar se houver um estado…".
Leia tudo em Sionismo: O Jogo acabou no blog "Somos todos palestinos".
Leia ainda Onde ficam as fronteiras de Israel?, no Blog do Bourdoukan
quinta-feira, 26 de março de 2009
Asdrúbal Bentes recebe Contag e Cnasi.
O blog do Deputado contém ainda várias notícias da MP e suas concepções para "regularização fundiária", inclusive o Parecer do relator .
Por fim, não é muita coincidência o nome do blog ser o mesmo da proposta do Incra?
Brasília (26/03) – O deputado federal Asdrúbal Bentes (PMDB-PA) recebeu ontem representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e da Confederação Nacional das Associações dos Servidores do Incra (Cnasi) para debater a Medida Provisória 458 , que trata da regularização de terras da União na Amazônia Legal.
Relator da matéria na Câmara dos Deputados, Asdrúbal Bentes acertou com os visitantes fazer gestões junto à liderança do governo na Casa para encaminhar a proposta apresentada por eles no sentido de discutir a necessidade do encaminhamento da questão via medida provisória e não por meio de projeto de lei.
“O relatório não é um dogma e estou aberto a receber novas contribuições”, disse o relator, comentando que fez a entrega do seu parecer no dia 18 para atender à determinação do presidente da Casa, deputado Michel Temer (PMDB-SP). Ele decidiu que os pareceres das MPs têm que ser entregues dez dias antes de a matéria trancar a pauta dos trabalhos na Casa.
Durante a visita, foi entregue ao relator um manifesto assinado por diversas entidades contra a edição da MP 458. O relator encaminhou o pedido de uma reunião para aprofundar a discussão do assunto com o líder do governo no Senado, Henrique Fontana (PT-RS). “A MP é salutar e vai servir para regularizar a situação de 1 milhão de posseiros na Amazônia Legal”, disse o deputado.
Participaram da reunião com o relator o diretor nacional da Cnasi, José Vaz Parente, além dos dirigentes da entidade Joaquim dos Santos Filho e Maria de Jesus Silva, além de Adriana Borba Fetzner, pela Contag.
30 de março será de lutas!
Eixos de mobilização:
- Contra as demissões, medida provisória emergencial que garanta estabilidade no emprego!
- Redução da jornada de trabalho sem redução de salários e direitos! - Saúde, Moradia e Educação!
- Em defesa dos serviços públicos e dos servidores!
- Reestatização da Embraer!
- Todo apoio à greve dos petroleiros!
Aposentadoria: Nova regra pode aumentar o tempo de contribuição
Pelas contas do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com o ‘fator 85/95’, os homens terão que trabalhar três anos a mais do que hoje, inteirando 38 anos de contribuição, em vez dos atuais 35. As mulheres deverão ficar mais dois anos na ativa, chegando a 32 anos de contribuição — hoje o mínimo é de 30 anos — para que possam ter o benefício integral. O PL propõe ainda como alternativa ao fator previdenciário uma fórmula que define que o valor da aposentadoria será a média dos últimos 36 salários do segurado percebidos em período que não ultrapasse os últimos 48 meses.
“Não adianta aprovar a extinção pura e simples do fator, porque o presidente Lula já avisou que vai vetar. Nas novas propostas, o trabalhador cede um pouco, e o governo dá uma amenizada no fator”, afirma Leonardo Rangel, coordenador de previdência do Ipea, vinculado ao Ministério do Planejamento.
A Comissão de Finanças e Tributação vai promover amanhã a primeira audiência pública para discutir o projeto. No total, serão quatro reuniões para debater o assunto.
A NOVIDADE
95 ANOS - A proposta prevê que, para aposentadoria, homens tenham no mínimo essa soma entre idade e tempo de contribuição ao INSS.
85 ANOS - Vale para mulheres. Hoje, segurados escolhem se trabalham mais para ter o benefício integral. Na nova regra, terão que trabalhar.
Fonte: O Dia - RJ - Seção: EconomiaData: 25/03/09 (enviado por correio eletrônico por Arnaldo Santa Cruz).
"Língua Ferina" censurado no Tocantins
Provavelmente, a razão para o bloqueio nem sequer foi uma postagem aqui, mas uma retaliação ao blog Azul Marinho com Pequi , do companheiro Eduardo Camilo, Orientador de Projeto do Incra em Palmas.
Mais uma atitude arbitrária!
Satiagraha tucana!
Detalhe: o primeiro banca o PSDB. O segundo o PT. É oposição e situação no Brasil.
quarta-feira, 25 de março de 2009
No sítio da Fórum: MP 458 é para os grileiros!
O que é uma reivindicação de todos os movimentos sociais que lutam por uma distribuição fundiária mais justa pode se transformar na legitimação da grilagem no país. A medida assinada pelo presidente Lula em 11 e fevereiro deste ano implanta o processo de regularização fundiária na região, o que leva ao perigo de que a ideia da reforma agrária na Amazônia se transforme na legitimação da grilagem de terras, abrindo espaço para o agronegócio. Umbelino é autor de estudo sobre a grilagem das terras públicas na Amazônia brasileira e sobre as questões políticas que levaram o governo federal a propor esta medida provisória. Ele apresentou os principais aspectos da pesquisa no Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA-USP), no dia 13.
Leia tudo em http://www.revistaforum.com.br/sitefinal/NoticiasIntegra.asp?id_artigo=6659
terça-feira, 24 de março de 2009
Manifesto da ABRA contra a MP 458!
O motivo da presente denúncia é a MP 458, assinada pelo presidente da república em 11 de fevereiro do presente ano e que trata da regularização de terras públicas na Amazônia Legal. São 67,4 milhões de hectares de terras arrecadadas e registradas em nome da União que serão entregues aos seus ocupantes.
Os aspectos principais da MP 458 são os seguintes:
• Em seu artigo 2º, tenta igualar o grileiro ao posseiro. O posseiro tem pela Constituição Federal de 88 o direito à legitimação da posse, como informa o artigo 191. A grilagem é considerada crime;
• Admite a chamada ocupação indireta, praticada por intermediários e a exploração indireta, através de algum funcionário assalariado;
• Estabelece que somente poderão ser regularizadas posses até 15 módulos fiscais (1.500 hectares);
• Autoriza a União a licitar áreas excedentes às regularizáveis (15 módulos fiscais) até o limite de 2.500 hectares, dando preferência de compra aos seus ocupantes;
• Determina a arrecadação de terras de posses superiores a 2.500 hectares;
• Transfere para uma Diretoria criada no Ministério do Desenvolvimento Agrário e da Reforma Agrária - MDA, as atribuições atuais do INCRA no que se refere à titulação das posses.
A Medida Provisória 458 inscreve-se numa seqüência de normas relativas à situação fundiária da região amazônica:
• Artigo 118 da Lei nº 11.196/05 (a MP do Bem) que elevou para 500 hectares a área máxima para alienação das terras griladas;
• MP 422, emitida em março e aprovada em julho de 2008, que permitiu ao INCRA titular diretamente, sem licitação, propriedades na Amazônia Legal com até 15 módulos rurais ou 1.500 hectares.
• Instrução Normativa nº 49 do INCRA, de 28 de setembro de 2008 que dificultou em muito o processo de reconhecimento dos territórios quilombolas.
• MP 454 transferiu ao governo do Estado de Roraima Terras Públicas da União, antes destinadas a programas federais de Reforma Agrária, como uma compensação pela demarcação das terras indígenas da Reserva Raposa Serra do Sol.
O conteúdo dos dispositivos constantes das normas citadas indica a entrega da maior parte de 67,4 milhões de hectares de Terras Públicas a grileiros, autodenominados empresários rurais, que ocupam ilegalmente terras que, pela Constituição Federal, não podem ser objeto de usucapião.
Quanto aos demais aspectos destacam-se:
• O dispositivo que possibilita ao governo a arrecadação de terras superiores a 2,5 mil hectares é uma farsa que afronta a Nação.
• Conforme as pesquisas recentes na região, todas as terras públicas da Amazônia Legal já estão divididas em lotes inferiores a 2,5 mil hectares, normalmente 2499 hectares. Os pedidos de aquisição dessas terras já estão protocolados nas Superintendências do INCRA de Santarém, Marabá, Belém, Cuiabá, Porto Velho, Manaus e Rio Branco. Como não se pode comprar terra pública acima de 2.500 hectares, uma parte das terras será adquirida por interpostas pessoas.•
O aparato de instrumentos colocados à disposição do INCRA (ou de qualquer outro órgão público responsável pela efetivação da política) não tem condições mínimas para enfrentar as forças econômicas e políticas que acompanham o avanço do agronegócio.
• A MP 458, nada mais é do que um enorme empreendimento imobiliário a favor de grileiros contraventores — e outros interesses do capital — que se apropriaram do patrimônio público e contra as populações com legítimo direito às terras públicas arrecadadas pela União: posseiros, quilombolas, povos indígenas e outros sem terra. Dizer o contrário é desprezar as evidências de mais de trinta anos de pesquisas, encomendadas e pagas pelo próprio governo, para a avaliação de intervenções públicas supostamente voltadas às populações pobres e/ou vítimas do processo da expansão do capital no campo.
• A justificativa dada pelo governo para editar a Medida Provisória 458 é o beneficio que a lei proporcionará aos pequenos posseiros estabelecidos na Amazônia Legal. Mas o motivo real dessa seqüência de normas está ligado evidentemente à opção feita pelo governo Lula a favor do desenvolvimento agrícola caracterizado pela implantação de enormes fazendas de gado, de soja, de cana de açúcar e de outros plantios — com óbvios impactos negativos sobre o meio ambiente. Elas evidenciam que o governo abandonou definitivamente a reforma agrária e adotou o modelo de desenvolvimento onde prevalecem os interesses dos capitais nacionais e internacionais consorciados no agronegócio.
No entender dos atuais formuladores das políticas agrícolas e fundiárias do governo, prioritariamente, a região amazônica está destinada a transformar-se em uma grande exportadora de commodities e minérios. Será um território do capital, não do seu povo.
Não é a primeira vez, na história da questão agrária brasileira que os governos tentam enganar a população rural com mentiras e ilusionismos: nos governos da ditadura militar, a Reforma Agrária não ocorreu e foi transformada em ações de colonização; nos dois governos de FHC o mesmo aconteceu e criou-se a reforma agrária de mercado; o governo Lula ficará conhecido como aquele que no lugar da Reforma Agrária prometida instituiu a política agrária imobiliária — a reforma agrária imobiliária.
CONCLAMAÇÃO
A cidadania brasileira não pode aceitar esse escárnio. A Medida 458 precisa ser sumariamente revogada. A Reforma Agrária, preceito constitucional e programa de desenvolvimento sócio-econômico para geração de trabalho, emprego e renda, não pode ser abandonada.
A Abra conclama as entidades da sociedade civil e os parlamentares comprometidos com o bem comum do povo brasileiro a unirem suas forças para barrar esse atentado à soberania nacional!
CNTBio aprova mais um transgênico!
A votação foi rápida e a vitória, folgada: 15 votos favoráveis, ante 5 contrários.
Fonte: O Estado de S. Paulo
Asdrúbal estica, mas não rompe!
Explicando melhor: estão propondo as coisas mais absurdas para dar um ar de seriedade ao final do processo, quando estas "propostas" sumirão. Assim, a MP 458 parecerá mais legítima, já que foi "debatida".
Veja um exemplo abaixo:
Relator da MP das Terras da Amazônia acata emendas de João Oliveira
O relator da Medida Provisória 458/09, que regulariza a situação fundiária na Amazônia, deputado Asdrubal Bentes (PMDB-PA) apresentou no último dia 20 o projeto de lei de conversão da MP, alterando profundamente a proposta do governo.
No texto apresentado, o deputado Asdrubal Bentes (PMDB-PA) acatou as emendas de número 74/2009 e 56/2009, de autoria do deputado federal João Oliveira (DEM-TO), que elimina restrições para pessoas jurídicas se beneficiarem da legalização de suas posses e permite que servidores públicos, exceto os que trabalham no INCRA ou em órgãos federais e estaduais com questões agrárias, sejam incluídos na medida provisória.
Asdrubal Bentes avaliou que apesar das mudanças em vários pontos da MP, seu parecer manteve a essência da proposta. “Eu sou amazônida, conheço a realidade da região, e ela é esta aí (no relatório). Por que eu iria penalizar as pessoas que foram para a Amazônia de boa fé? argumentou, referindo-se aos posseiros.
João Oliveira disse estar muito satisfeito com a inclusão de suas emendas no texto do relator. Para o deputado, o projeto de lei de conversão apresentada por Asdrubal Bentes (PMDB- PA) contempla a regularização de todas as situações de ocupação da Amazônia Legal.
O novo texto permite também a aquisição de terras federais ocupadas irregularmente por pelo menos um ano ininterrupto, ate 11 de fevereiro de 2009. A proposta do governo exigia que a posse fosse anterior a dezembro de 2004.
A Medida Provisória 458/09 segue agora para votação no Plenário da Câmara dos Deputados.
Fonte: www.jornalstylo.com.br, Com informações da Agência Câmara (sugestão envida pro Carlos Ansarah)
Bondades!
O Deputado Moreira Mendes (PPS-RO) emplacou sete emendas à MP que segundo o governo fará a regularização fundiária na Amazônia.
O deputado quer que o tempo de ocupação que configure posse em áreas urbanas suba de seis mesesde para 1 ano. Outra proposta propõe repassar terras da Amazônia para entidades filatrópicas como centros para tratamento para dependentes químicos.
Há ainda uma emenda que estende para todos os funionários públicos a possibilidade de receber o título de propriedade, com exceção dos órgãos ligados à questão fundiária (Incra, MDA, SPU e órgãos estaduais).
As informações são do "Rondoniaagora.com"
segunda-feira, 23 de março de 2009
“Eixão das águas”: messianismo e demagogia
No Ceará e até em nível nacional, o Governo do meu estado de nascimento divulgou com muita propaganda a inauguração do chamado “Eixão das Águas”. Trata-se de 255 quilômetros de canais e adutoras com capacidade de transposição de milhões de litros de águas do Rio Jaguaribe, ligando o açude do Castanhão à região metropolitana de Fortaleza.
Para dar um ar “social” à obra, os novos coronéis do estado e seus aliados petistas repetem a velha e surrada fórmula de “combate à seca”. Divulgam que estão levando água para os sertanejos do interior do estado, apesar da geografia da obra indicar que água sai do interior para o litoral. Uma outra justificativa, seria o abastecimento humano para quase 3 milhões de pessoas da região metropolitana de Fortaleza.
O Ceará é o estado nordestino onde mais se tem avançado o processo de “interligação de bacias”, a partir de estudos financiados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em especial após a era tucana iniciada no Governo de Tasso Jereissati (PSDB) nos anos oitenta.
Em 1993, ano de uma das maiores secas no estado, o então governador Ciro Gomes, a toque de caixa, concluiu o chamado “Canal do Trabalhador”, já ligando a bacia do rio Jaguaribe aos açudes que abastecem Fortaleza. A obra hoje se encontra praticamente abandonada, apesar dos milhões gastos sem licitação.
Ao final do governo Fernando Henrique inaugura-se o Açude do Castanhão, mega-barragem com capacidade para quase sete bilhões de metros cúbicos de água. A obra, prometida desde o Império, fez parte da chantagem política disfarçada de argumentos técnicos, de que sem as águas do São Francisco o açude jamais chegaria à sua cota máxima.
A estação chuvosa do ano de 2003 destruiu o argumento. Em menos de um mês a administração do açude se viu obrigada a abrir as comportas. A montante, animais morriam afogados, pessoas eram retiradas de helicópteros e milhares de hectares de caatinga, pastos e roçados eram inundados. A intensidade da chuva pegou a todos de surpresa e o que era esperado para dez anos, choveu em semanas.
Com o início do governo Lula, a Transposição do Rio São Francisco volta à cena com ar de prioridade e novamente a obra se cerca “messianismo”. O presidente chega a declarar que a obra beneficiará 12 milhões de pessoas.
A “salvação” agora vinha acompanhada de um novo termo: “sustentabilidade hídrica”. No terceiro governo Jereissati, inicia-se o “Canal da Integração”, primeiro nome para o projeto “Eixão da Águas”. Aliás, tucanos e petistas costumam adotar essa prática de mudar os nomes e continuar as mesmas práticas, políticas, programas e costumes. Com a obra, surge a nova chantagem: para haver viabilidade na transposição das águas do Jaguaribe é preciso transpor as águas do São Francisco, dizem os “especialistas”.
A inauguração dos trechos II e III do “Eixão das Águas” em pleno dia de São José (padroeiro do Ceará, venerado por suas influências climáticas), reuniu Dilma Roussef (Ministra da Casa Civil e presidenciável), Geddel Vieira (Ministro da Integração Nacional ligado às tradicionais oligarquias), Ciro Gomes (Deputado Federal), Cid Gomes (Governador e irmão de Ciro) e Tasso Jereissati (Senador).
Nenhum dos ilustres comentou que toda àquela água e tamanha obra de infra-estrutura beneficiará fundamentalmente uma siderúrgica de transformação de bauxita. Empréstimos do BID vêm assegurando a instalação de um conglomerado dos grupos Vale e Dong-Kuk (Coréia do Sul).
Para tanto, parte da bauxita e outros minerais que são extraídos aqui na Amazônia serão processados e transformados em alumina. Aliás, este tipo de indústria e caracteriza pelo alto consumo de energia e de água. Por serem altamente poluentes, estão sendo banidas de seus países de origem.
Enquanto as mega-hidrelétricas na Amazônia aguardam o início das obras, o conglomerado MPX Energia (de Eike Batista) recebe US$ 197 milhões do BID para a construção de uma usina termelétrica movida a carvão mineral no Porto do Pecém (próximo à Fortaleza).
Com água e energia à vontade, além da siderúrgica, será ainda instalada na região uma refinaria de petróleo.
Como se vê, as mineradoras se territorializam e hoje dominam não somente o subsolo do país, mas os setores de energia e as nossas águas em várias regiões.
Inusitado, é vê-las se instalando numa região de semi-árido e pressionando para a construção de barragens na Amazônia, onde já é extraída a bauxita em situações conflituosas (vide Alcoa em Juruti, no Pará). Mais inusitado ainda é vê-las associadas ao velho discurso da indústria da seca e aos “modernos” e messiânicos políticos tucanos e petistas do Nordeste
*Eng. Agrônomo e servidor público. Diretor da Associação dos Servidores da Reforma Agrária/Oeste do Pará.
Petroleiros param em todo o país
Nas plataformas do Espírito Santo e da Bacia de Campos, a Petrobrás bloqueou a comunicação dos trabalhadores, cortando telefones e o acesso à internet. Mesmo assim, os petroleiros da PPR-1 e da P-34, no Espírito Santo, fecharam a produção e entregaram as plataformas para as equipes de contingência da Petrobrás, que estão tentando retomar a produção de gás na PPR-1 e de petróleo na P-34, primeira plataforma da empresa a extrair o óleo da camada de pré-sal.
Na Bacia de Campos, os trabalhadores tentaram controlar a produção, mas foram coagidos a entregarem as plataformas para as equipes de contingência da Petrobrás.
Leia mais: Petroleiros entram em greve e controlam a produção em várias unidades da Petrobrás. Todo apoio!
Mais um absurdo sionista!
Não façam o que eu faço!
Mas o que ninguém critica é que a própria CNA e entidades ligadas ao agronegócio abocanharam milhões de recursos para finalidades nem sempre claras, havendo inclusive várias condenações a partir de investigações do Tribunal de Contas da União (TCU).
Confira esta informação, baixando o documento:
A sustentação financeira de organizações do patronato rural brasileiro
(extensão pdf.)
Carta Capital: "Western amazônico"
Apesar de quase 90% dos lotes ocupados terem menos de 400 hectares, como afirma o ministro, um levantamento feito pela Associação dos Servidores do Incra revela que eles ocupam apenas 19% da extensão ocupada ilegalmente. Entre as propriedades médias (de 400 a 1,5 mil hectares), os imóveis correspondem a 10% do total e 18% da área. Acima de 1,5 mil hectares, os lotes somam apenas 6% do total, mas abrangem uma área de 63%. Os dados foram divulgados com base no Sistema Nacional de Cadastro Rural do Incra, um retrato da situação fundiária em outubro de 2003. “Esses porcentuais não devem ter se alterado muito porque revelam um processo de décadas. E eles mostram claramente que os maiores beneficiados serão os grandes grileiros”, diz Umbelino, da USP. De acordo com Minc, ainda que a regularização beneficie antigos desmatadores e grileiros, ela é fundamental para reverter o quadro de devastação na Amazônia. “A verdade é que não existe política ambiental viável em nenhum lugar marcado pelo caos fundiário e pela ilegalidade”, avalia Minc. “Hoje, por exemplo, temos uma linha de crédito de 1 bilhão de reais, com carência de pagamento de um ano e juros abaixo de 4,2% ao ano, para os proprietários rurais recuperarem as áreas de reserva legal destruídas, mas o governo não pode conceder esse crédito a quem não é o proprietário legal da terra.”
Leia tudo em Western amazônico
(Revista Carta Capital, 19 de março de 2009)
Pegou mal!
Mas, concluída a auditoria, revelou-se que realmente o Ibama estava errado. E o Incra também! A área desmatada é 330.290 hectares, ou seja, com 57.890 hectares desmatadas a mais que na primeira divulgação.
Além disto, o documento revela que 59% das áreas desmatadas ocorreu após 2002, ou seja, no atual governo.
O Incra, ao invés de parar de criar assentamentos em áreas de floresta primária desabitadas e retomar áreas griladas e já desmatadas, prefere repetir que o novo relatório também está errado.
As informações estão em Desmatamento: auditoria pedida por Lula prova que derrubada de florestas emassentamentos do Incra vai além do que se pensava
(Jornal O Globo)
Leia ainda: A Amazônia e a reforma agrária de novo no banco dos réus
sábado, 21 de março de 2009
3 milhões param em Greve Geral na França!
"Toda grilagem será perdoada", diz Greenpeace
O deputado Asdrúbal Bentes (PMDB/PA) relator da Medida Provisória 458, que legaliza a ocupação de áreas ocupadas por posseiros na Amazônia, assinada pelo presidente Lula no dia 10 de fevereiro, apresentou nesta quinta-feira (19/2) seu parecer sobre o documento. Depois de passar pelas mãos de Bentes, a MP, que já era problemática por não definir critérios para diferenciar os pequenos agricultores e trabalhadores que por direito podem ser beneficiados com titulo de propriedade, daqueles que grilaram terra e desmataram ilegalmente, ficou ainda pior.
“O governo apresentou essa proposta argumentando que os pequenos produtores, há muitos anos instalados na região, seriam os grandes beneficiados. A proposta apresentada por Bentes, no entanto privilegia empresas privadas e latifundiários, que estão destruindo a floresta Amazônica”, diz Marcio Astrine, da campanha da Amazônia, do Greenpeace. O texto permite que empresas e proprietários de mais de um imóvel sejam beneficiados e permite que as áreas sejam vendidas imediatamente após o título ser dado pelo INCRA, ou seja, coloca essas terras como mercadoria para serem negociadas.
A punição para os que descumprirem a legislação ambiental também foi abrandada pelo deputado. Os direitos da MP só serão suspensos depois de uma ampla defesa do infrator, que poderá recorrer até às vias judiciais. Antes, a devolução das terras e a perda do direito seriam imediatos.
Além de incluir novas medidas para beneficiar os grileiros, o texto do deputado mantém os pontos negativos do documento original. Os imóveis até 400 hectares, como previa o texto anterior, continuam dispensados de vistorias. Nesses casos, o governo aceitará uma declaração do próprio beneficiado descrevendo a situação em que sua porção de terras se encontra, o que abre brecha para fraudes.
O deputado também mantém a não obrigatoriedade de publicidade sobre os processos de regularização, entre muitos outros exemplos.A regularização fundiária na Amazônia é fundamental para se garantir o respeito ao meio ambiente, das terras indígenas e do espaço para quem quer viver e trabalhar na Amazônia sem destruir a floresta e para termos condições de chegar ao desmatamento zero em 2015.
“Da maneira está sendo feita, a regularização fundiária só serve para anistiar os erros do passado e estimular sua repetição no futuro”, diz Astrini.O parecer de Bentes agora segue para votação na Câmara, o que deve acontecer nas próximas semanas.
Fonte: Greenpeace
Foto da semana
sexta-feira, 20 de março de 2009
Aldo, de novo Aldo!
Veja trechos da Nota:
“O Supremo abre um precedente para que sejam implantados no Brasil um Estado multinacional e uma nação balcanizada, pois confere a tribos indígenas que fazem parte do povo brasileiro o esdrúxulo status de minorias apartadas do todo nacional, com prerrogativas negadas a outros estratos que há cinco séculos amalgamam a formação social do país.”
“O respeito aos direitos dos indígenas não pode implicar o esbulho dos não índios que há muito tempo fincaram a bandeira do Brasil naquela região”.
“Os índios beneficiados foram isolados da nação. Os índios e não índios prejudicados podem recorrer à resistência não violenta na defesa de seus direitos históricos. E o Congresso Nacional, última instância da soberania popular, tem o dever de reparar este erro calamitoso do Executivo e do Judiciário.”
As informações são do blog Sakomoto.
Os argumentos do "comunista" tupiniquim indicam que o mesmo caminha para trocar a foice e o martelo pela suástica nazista.
Não é a primeira vez que o deputado do PC do B ataca os indígenas. Leia ainda neste blog: Comunista primitivo,
"Banda Podre"
A denúncia foi feita pela Associação Brasileira de Reforma Agrária (Abra), no dia 13, em debate realizado no Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (IEA-USP). De acordo com manifesto da entidade, a operação começou nas superintendências regionais (SRs) do Incra, mas seu desfecho foi em Brasília: a edição da medida provisória 458/2009, assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 11 de fevereiro. “É um enorme empreendimento imobiliário a favor de grileiros contraventores que se apropriaram do patrimônio público”, declara o texto da Abra.
Leia tudo em Incra e MDA “vendem” terras na Amazônia Legal
Escancarando!
Para isso, o artigo 6º da MP seria suprimido. O dispositivo exige ainda que o ocupante tenha sua principal atividade econômica advinda da exploração da posse e impede que empresas privadas tenham terras regularizadas por esse processo. Todos esses dispositivos serão retirados do parecer final do relator.
A MP 458 deverá ser levada ao plenário e votadoa na Câmara nas próximas semanas.
Com informações: 24 HorasNews
Clique em MP 458 e entenda o que essa Medida Provisória significa!
Fetraf desocupa prédio do Incra Nacional
A pauta de reivindicações inclui habitação, recursos para infraestrutura dos assentamentos no entorno do Distrito Federal e mais verba para a produção rural. O prédio do Incra passou o dia de ontem ocupado por 700 manifestantes. Parte do grupo aguarda agora a retomada das negociações do lado de fora do prédio.
Leia mais em: Agricultores desocupam sede do Incra em Brasília
Frases
Leia em Arrozeiro da Raposa/Serra do Sol diz que pedirá refúgio ao MST ...
quinta-feira, 19 de março de 2009
Presidente do Incra diz que FETRAF cometeu "traição"
Além desta declração, Hackbart anunciou que já pediu a reintegração de posse do prédio e que teria acionado a Polícia Militar e Federal.
Leia em: Presidente do Incra pede reintegração de posse de prédio
Sede do Incra está ocupado pela FETRAF
Mais informações em breve.
Frases
quarta-feira, 18 de março de 2009
Fotos do Seminário Nacional em Defesa da Reforma Agrária e do Meio Ambiente
Mesa: MST, MPA, FNRA, CPT e Ariovaldo Umbelino
Clique sobre as fotos para vê-las ampliadas.
Mais fotos em http://picasaweb.google.com/comando.greve/SeminarioReformaAgrariaEMeioAmbiente#
Reforma agrária ou reforma imobiliária?
Para acessar clique em MP institui reforma imobiliária no lugar da reforma agrária
O INESC também publicou texto crítico à MP.
Acesso em Brasil perde com a Medida Provisória 458 — INESC
Fantasminhas atacam outra vez!
Já em Anapu (Transamazônica), Polícia Federal e Ibama realizam operação em serrarias . A ação decorre de denúncia de retirada ilegal de madeira em áreas de assentamento..
Não dava pra ser Skol?
Leia em Ao improvisar seu discurso, Lula troca nome de Obama por ‘Obrama’
terça-feira, 17 de março de 2009
O polêmico "Caso do Pará"
Entrei na polêmica com a postagem abaixo:
Os argumentos do “Caso Pará” poderiam conter mais informações para estabelecer o caráter do governo. Concordo que é difícil estabelecer comparações, mas estabelecer um caráter para o governo Ana Júlia é tarefa das mais difíceis.
Se Yeda coloca a Brigada Militar para reprimir o MST, Ana Júlia promove os PMS que participaram do massacre de Eldorado dos Carajás;
Se Yeda reprime qualquer manifestação popular, Ana Júlia coloca a tropa de choque da polícia para reprimir os professores em greve no ano passado;
Se o Pará possui problemas que antecedem o governo Ana Júlia, o atual governo não está contribuindo para superá-los: saúde, educação e segurança pública estão um caos e após mais de dois anos ainda se repete o discurso da eterna “herança maldita”;
Se existe corrupção no Dentran do RS, não é nada honroso receber recursos para campanha eleitoral de pessoas que estão lista do trabalho escravo do Ministério do Trabalho e de madeireiras internacionais como a Precius Wood e mineradoras como Vale e Alcoa;
Se corrupção só é corrupção quando há escândalos de corrupção, realmente não há como fazer analogias;
Mas, tão grave quanto corrupção é o desprezo em relação às pessoas ameaçadas de morte no estado, é a relação espúria com Jader Barbalho, é apoiar em Anapú um dos suspeitos do assassinato de Irmã Dorothy à vice-prefeitura, é considerar uma louca uma menor trancafiada numa cela, é fazer auto-promoção com dinheiro público, é impedir a criação de uma Reserva Extrativista para favorecer madeireiros; é reduzir a reserva legal dos imóveis rurais para atender interesses do agronegócio…
Como disse no início, se não há como fazer comparações pode-se definir o caráter do governo Ana Júlia. E de esquerda é que não é.
No You Tube
O link é http://www.youtube.com/user/arnaldo11bhe
Servidores do Incra em apoio aos povos quilombolas
O primeiro documento é um manifesto da Assincra do Espírito Santo. Nele é revelado como o atual Superintendente do Incra no estado age substituindo servidores em favor de interesses políticos de prefeitos da região Norte do estado e em desfavor dos povos quilombolas.
O segundo documento é um ofício da Assera do Incra Sede, onde se manifesta em apoio à convocação da Associação Nacional das Comunidades Negras Rurais Quilombolas para uma audiência pública para discutir ações que visam impedir a titulação destas áreas, em especial a ação movida pelos Democratas no STF contra o Decreto 4.887/2003.
Confira abaixo os dois documentos (clique sobre eles para vê-los ampliados):
Asdrúbal Bentes consegue piorar MP 458!
Fonte da informação: Diário do Pará
Haja estômago!
Desde às 10h, ocorre o bate-papo pela internet com o deputado federal paraense Asdrúbal Bentes (PMDB), relator da MP (medida provisória 458/09) que regulariza as terras da Amazônia Legal.
É sobre esse tema que ele vai falar.
Para participar do bate-papo, o interessado deverá acessar o site da Agência Câmara e clicar no ícone do chat, que estará disponível no menu ao lado direito.
segunda-feira, 16 de março de 2009
Agora vai! Será?
Para chamar a atenção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que se reuniu com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, neste sábado, o Greenpeace abriu uma faixa com a mensagem “Salve a Amazônia, Salve o Clima” em frente ao hotel em que o Lula estava hospedado e entregou uma carta na Embaixada do Brasil ao Conselheiro para Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente, Everton Frask Lucero, para ser encaminhada ao presidente.
Fonte: Estadão Online
Relato sobre debate promovido pela Abra a respeito da MP 458
Relato sobre debate promovido pela Abra a respeito da MP 458
Sexta-feira, 13 de março de 2009 -USP
O Prof. Ariovaldo apresentou em PowerPoint, com gráficos e números sobre a reforma agrária baseados em dados do Incra e do IBGE.
Ele mostrou no mapa áreas concentradas principalmente nos estados do Mato Grosso e Pará, que seriam o “alvo” da presente MP. De acordo com a Abra, são 67,4 milhões de hectares de terras arrecadadas e registradas em nome da União, que serão entregues aos seus “ocupantes”, um espaço maior do que a área cultivada pela Alemanha e Itália.
A Abra alega que a MP é inconstitucional, pois eleva o grileiro à condição de posseiro. Pela Constituição de 88 (Art. 191) o posseiro tem direito à legitimação da posse, já o processo de grilagem é considerado crime. Pela MP, admite-se a ocupação indireta, praticada por intermediários, e a exploração indireta, realizada por funcionário assalariado.
Além disso, a Abra destaca que a MP permite a regularização de posses até 15 módulos fiscais (o que abrange as chamadas médias propriedades – 4 a 15 módulos fiscais). Mas a Constituição de 88 (Art. 191) estabelece que o direito à posse existe desde que a pessoa resida no local por cinco anos ininterruptos e produza para seu próprio sustento ou de sua família, sendo que esta área não pode ser superior a 50 hectares. Pela Constituição de 1967 eram admitidos 100 hectares. Como o módulo fiscal na Amazônia é, em média, de 100 hectares, poderia ser regularizada uma área de 100 hectares, para não se caracterizar minifúndio. O que o Governo está propondo vai muito além.
A MP autoriza ainda a União ao licitar áreas excedentes a 15 módulos fiscais (consideradas grandes propriedades), até o limite de 2.500 hectares (área máxima pública que pode ser comprada, conforme a lei), dando preferência aos seus “ocupantes”. O pagamento poderá ser efetuado em 20 anos, com três anos de carência, e 20% de rebate, no caso de pagamento à vista. O Prof. Ariovaldo destacou que todos estes candidatos à compra “coincidentemente” têm áreas de 2.499 hectares e já protocolaram pedidos de aquisição nas SRs de Santarém, Marabá, Belém, Cuiabá, Porto Velho, Manaus e Rio Branco.
Eles usam “laranjas”, em geral seus próprios funcionários, como ocupantes de áreas próximas (também de 2.499 hectares), o que permitirá à mesma pessoa a legitimação de posses de grandes áreas (lembrando que com o direito à posse, os “laranjas” poderão fazer a transferência das “suas” terras para o patrão ou quem quer que seja). A situação não é diferente nas áreas urbanas. A MP permite a doação de áreas urbanas a municípios, no caso de imóveis urbanos com até 1 mil m². Por outro lado, também admite a alienação onerosa (compra), com preferência para a ocupação feita por pelo menos 1 ano ininterrupto, em área superior a 1 mil m² e inferior a 5 mil m².
O único senador presente ao evento, Eduardo Suplicy, que fez uma passagem rápida, e falou também em nome da senadora Marina Silva. Ele disse que, pela extrema complexidade do assunto, o mesmo não deveria ter sido tratado por MP, mas por Projeto de Lei. Disse ainda que, por se tratar de uma área maior que a França e pelos precários critérios no diz respeito ao processo autodeclaratório, o tema merecia um debate amplo de toda sociedade. Afirmou que Marina Silva reitera que o processo deve estar dentro de um programa de reordenamento territorial, separando o que é “posse mansa e pacífica” do que é grilagem.
O diretor da Cnasi José Vaz Parente fez algumas explanações sobre o contexto agrário no Brasil. Questionado pelo Prof. Plínio de Arruda Sampaio, sobre o motivo de o Incra ter perdido a regularização fundiária, deu uma resposta um pouco evasiva, do meu ponto de vista, dizendo que “o Incra tem uma ‘cultura’”, que a regularização fundiária é uma “ação complementar ao processo de reforma agrária” (???) e que seriam necessárias “mudanças na legislação”. Ou seja, eu gostaria que o Parente explicasse melhor o que ele quis dizer, afinal não tivemos tempo para um debate mais aprofundado sobre o assunto, em razão do tempo para desocupar a sala.
Em relação aos demais convidados, cada um fez suas considerações. João Paulo (MST) disse que nunca teve grandes ilusões em relação a este Governo e que o processo será dos trabalhadores e não do Governo. O deputado estadual Raul Marcelo (PT) equiparou a MP a uma medida do governador José Serra para a região do Pontal do Paranapanema (terras devolutas do Estado). Sonia Moraes (Abra) finalizou dizendo temer que esta decisão federal sirva de “exemplo” para os Estados.
Leia ainda:
Abra diz que MP que regulariza terras na Amazônia é inconstitucional
A MP 458 de Lula