quarta-feira, 23 de junho de 2010

Campanha de boicote à Israel ganha força em todo o mundo


Em fevereiro deste ano, os estivadores de Durban, na África do Sul, recusaram-se a descarregar contêineres de um barco de Israel em protesto contra o apartheid que o estado sionista promove com os Palestinos.

Em conseqüência do assassinato de 9 ativistas turcos na ação militar israelita contra a frota de solidariedade à Faixa de Gaza, o Sindicato dos Estivadores da Suécia decidiu fazer o mesmo protesto nos portos de Estocolmo e Gutemburgo. Björn Borg, líder do Sindicato de Estivadores da Suécia, visa repetir o protesto que o seu sindicato fez no passado contra o fascismo chileno e o apartheid sul-africano

Os sindicatos palestinos lançaram então um chamado mundial e novas ações deste tipo se repetiram em portos da Irlanda, Escócia, França, Austrália e Noruega. "Durante a luta contra o apartheid sul-africano, o mundo inspirou-se nas corajosas ações dos sindicatos de estivadores de todo o mundo, que se recusavam a descarregar contentores daquele país, contribuindo em grande parte para o fim do apartheid. Hoje, apelamos aos sindicatos de estivadores a fazerem o mesmo contra o apartheid e a ocupação israelita." (Comunicado dos sindicatos palestinos, 7 de Junho de 2010)

Ao mesmo tempo, um grupo judeu declarou que em solidariedade ao povo Palestino irá organizar uma nova tentativa de quebrar o cerco à Faixa de Gaza.

Neste domingo, no Porto de Oakland, nos Estados Unidos, um barco israelense teve a sua descarga bloqueada.


Mais de 800 ativistas sindicais e comunitários bloquearam o cais de Oakland durante a madrugada, o que permitiu que os estivadores se negassem a cruzar as linhas do piquete e impediu a descarga de um barco israelense. O protesto ocorreu em frente às quatro portas do Serviço de Estiva da América, com as pessoas cantando sem parar "Livre, Palestina livre, não cruze a linha do piquete” e "Um ataque contra um é um ataque contra todos, o muro do apartheid vai cair".

Jess Ghannam, da Aliança Palestina Livre, e Richard Becker, da Coalizão ANSWER (Atue Agora para Parar a Guerra e Acabar com o Racismo, na sigla em inglês), receberam aplausos e gritos de "Viva a Palestina!", ao anunciarem a vitória do movimento. Ghannam disse: "Isto é realmente histórico, nunca antes um barco israelense havia sido bloqueado nos Estados Unidos!"

Entre as muitas declarações de solidariedade ao protesto estão a dos trabalhadores palestinos e cubanos. A Federação Geral Palestina de Sindicatos, disse que "sua ação de hoje é um marco na solidariedade internacional dos trabalhadores dos EUA, de honestos e valentes sindicalistas. Saudações dos sindicalistas e trabalhadores da Palestina... dos sindicalistas e trabalhadores enjaulados em Gaza."


A Central de Trabalhadores de Cuba (CTC) escreveu: "Nosso povo vive há 50 anos um bloqueio injusto e abominável do governo dos EUA, de modo que entendemos muito bem como o povo palestino se sente, e vamos estar sempre em solidariedade com a sua justa causa. Hoje lhes enviamos o nosso apoio mais sincero. Viva a solidariedade da classe trabalhadora! Fim ao bloqueio de Gaza! Respeito e justiça para o povo da Palestina!"

*Com informações repassadas por correio eletrônico e matérias na internet.
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