quinta-feira, 24 de junho de 2010

Kátia Abreu na ABL, já!

Parece que a rainha dos agrobandidos anda pleiteando uma vaga na Academia Brasileira de Letras. Não deve ser difícil, depois que Sarney passou a ocupar uma das cadeiras.

Hoje, recebi vários correios eletrônicos com artigos nos quais a senadora e presidenta da CNA escreve textos sobre assuntos que ela pretensa e equivocamente pensa que domina: atacar o meio ambiente e à reforma agrária.

O primeiro texto, publicado na Folha de São Paulo de hoje, é uma espécie de ode ao neo-ruralista-pseudo-comunista Aldo Rebelo, uma verdadeira Marília de Dirceu idolatrada cegamente por Kátia, digo por Tomaz Antônio Gonzaga. O artigo já entrou para os anais das pérolas literárias, com passagens memoráveis tais como:

“É um testemunho de coragem e racionalidade, que assume, como árbitro independente, um jogo em que o desenvolvimento nacional estava ameaçado por fantasias generosas e interesses escusos. Aldo Rebelo me lembra Sobral Pinto, defendendo com desassombro os direitos humanos do revolucionário Luiz Carlos Prestes, não por ser comunista, mas pela sua fé e por suas convicções democráticas.”

No segundo artigo, talvez influenciada pelo trovadorismo, dados os argumentos medievais, Kátia decorre sobre como a esquerda brasileira é contra a reforma agrária e como o MST promove “a estratégia criminosa de invasões de terras”.

Parece que na saga literária surrealista da senadora sobrou até para este humilde blogueiro e servidor público:


“(...) agentes partidários, travestidos de funcionários públicos, empenham-se em difundir a infâmia de que a maioria dos produtores rurais ou é predadora do meio ambiente ou escravagista. A manipulação de causas contra as quais ninguém, na essência, se opõe é um dos truques de que se vale uma certa esquerda fundamentalista, adversária da livre-iniciativa, para manter como reféns os produtores rurais, difamando-os.”

Saramago se foi, mas quem sabe em breve teremos o segundo Nobel de literatura em língua portuguesa.

Leiam os artigos:
1.
A coragem moral de Aldo Rebelo «

2. A esquerda não quer a reforma agrária
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