Prédios que abrigam a sede
do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária no Espírito Santo
apresentam risco estrutural e podem causar danos a integridade física, à vida e
ao patrimônio de servidores e usuários. É o que afirma laudo feito pelo Corpo
de Bombeiros e Defesa Civil do estado após uma inspeção em dezembro do ano
passado, após o desabamento de parte do forro de um dos prédios.
A precariedade da
situação foi noticiada no jornal local Século Diário. Na
matéria, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) pronunciou-se
afirmando que "não há condições humanas de trabalho" e que "o
sucateamento da infraestrutura do Incra representa o descaso com que é tratada
a questão da luta pela terra pelo Governo Federal".
Já o sítio do Sindicato dos Peritos Federais Agrários (SindPFA)
é dito que situação do local revela uma paulatina negligência e descaso da
direção da Autarquia e da gestão local. “Os servidores relatam que ainda em
novembro de 2013, o presidente do Incra, Carlos Mário Guedes de Guedes, esteve
na superintendência, quando presenciou e foi informado da precariedade das
instalações dos 3 prédios que compõem a regional. Mas Guedes não se manifestou
sobre o assunto”, afirma o Sindicato.
Prédios
do Incra não tem padrão Fifa
A inspeção do local pela
Defesa Civil após fortes chuvas que atingiram a cidade de Vila Velha, sede da
Superintendência Regional, e todo o estado do Espírito santo. No local onde funcionavam
as divisões de obtenção de terras e desenvolvimento de projetos de
assentamentos, parte do teto veio abaixo, devido a problemas de infiltração e
rachaduras. O incidente ocorreu num horário onde não havia funcionamento no
prédio e ninguém ficou ferido.
Além disto, outros dois blocos,
para onde foram remanejados os servidores da área atingida e onde já
funcionavam outros setores do Incra, apresentam problemas similares como
rachaduras, risco de incêndio devido à sobrecarga de energia e outros problemas
de infraestrutura. A Defesa Civil enfatiza em laudo que o local está em péssimo
estado de conservação, com a recomendação de que o mesmo seja reformado em
caráter de urgência.
“Devido a tais problemas na fiação elétrica, um empregado de uma empresa terceirizada que presta serviços ao Incra-ES veio a falecer em um acidente de trabalho por ocasião da manutenção dos equipamentos de ar condicionado. Ele estava a uma altura de dez metros, sobre uma escada, quando levou um choque e caiu. Estava sem qualquer equipamento de segurança”, informa o SindPFA.
Os servidores contam ainda
que não há, nesse prédio, saídas de emergência que permitam a evacuação do
pessoal em segurança.
Servidores
paralisam atividades
Diante da situação, os servidores protocolaram denúncia no Ministério Público do Trabalho e infomaram ao Superintendente local, José Cândido Rezende, pedindo esclarecimentos sobre as providências adotadas.
Diante da situação, os servidores protocolaram denúncia no Ministério Público do Trabalho e infomaram ao Superintendente local, José Cândido Rezende, pedindo esclarecimentos sobre as providências adotadas.
Nesta segunda-feira, 27 de
janeiro, Assembleia Geral Conjunta e deliberaram pela paralisação até que
providências concretas e aceitáveis sejam tomadas pela direção do Incra.
*As informações são do
SindPFA, Jornal Século Diário e fontes
locais.
*As informações são do SindPFA, Jornal Século Diário e fontes locais.