sexta-feira, 31 de outubro de 2008
DÉJÀ VU (literalmente!)
SÃO PAULO - A Polícia Federal (PF) cumpre nesta quinta-feira 43 mandados de busca e apreensão e 19 mandados de prisão contra integrantes de uma quadrilha acusada de fraudar os Correios e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Batizada 'Déjà Vu', a ação acontece nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, além do Distrito Federal. A quadrilha, investigada desde janeiro de 2007, teria causado aos cofres públicos prejuízos da ordem de R$ 21 milhões por conta de licitações fraudulentas nos Correios e no Incra, e mais R$ 30 milhões de prejuízo por ano em fraudes na aquisição de agências franqueadas dos Correios.
Segundo a PF, há documentos que comprovam a participação de diretores dos Correios num esquema para venda e transferência de agências franqueadas. Além disso, ainda foi comprovada a transferência ilegal de serviços de postagens de grandes clientes para uma específica franquia.
A quadrilha, ainda de acordo com a PF, cometia crimes de descaminho em Campinas, a 94 quilômetros de São Paulo. Isso acontecia através de uma loja de artigos de luxo, cujas mercadorias, vindas de Nova Iorque, entravam no país de forma ilegal.
Nos Correios e no Incra, o bando ainda teria fraudado processos licitatórios para aquisição de equipamentos e soluções em Tecnologia da Informação (TI).
Os acusados tiveram prisão temporária decretada e serão indiciados por extorsão, tráfico de influência, corrupção ativa e passiva, advocacia administrativa, quadrilha ou bando, falsidade ideológica, descaminho, dentre outros. A pena poderá variar de 2 a 12 anos de reclusão.
Fonte: O Globo
quinta-feira, 30 de outubro de 2008
E a crise chegou...
Secretária do Meio Ambiente é presa em Fortaleza
Direto de Fortaleza
A secretária do Meio Ambiente de Fortaleza, Daniela Valente, foi presa nesta manhã durante uma operação das superintendências da Polícia Federal no Ceará e em São Paulo. Foi preso ainda superintendente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) no Estado, Raimundo Bonfim Braga, além do superintendente da Superintendência Estadual do Meio Ambiente, Herbert Vasconcelos Rocha, e o chefe do Escritório do Ibama em Aracati.
Elas são suspeitos de liberação de licenças ambientais para beneficiar grandes grupos empresariais, violação de sigilo funcional, tráfico de influência e prevaricação. Foram expedidos quatro mandados de prisão, 14 de busca e apreensão.
O procurador-geral do município de Fortaleza, Martônio Mont'alverne, tentou acompanhar o depoimento que a secretária prestou na sede da Polícia Federal, em Fortaleza, mas foi barrado. 'Ela está acompanhada de advogados próprios, escolhidos por ela. Estamos acompanhando por que o desfecho dessa história interessa ao município' afirmou. Mont'alverne disse ainda que acredita na 'lisura' de todos os atos da secretária Daniela Valente e que mesmo assim, vai se inteirar de todas as denúncias e investigações
Fonte: Agência Terra
Manifesto Conjunto das Entidades em Defesa do Andes e das lutas sociais
O caso da suspensão do registro sindical do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES -SN) é emblemático desse processo, tendo inclusive sido ensaiada a criação de um sinicato de professores das universidades federais, como aconteceu com o sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e está sendo gestado em relação à FENASPS.
Considerando a fundamental a unidade de ação de todas as forças sociais combativas para garantir a nossa sobrevivência, liberdade de organização e possibilidade de luta, a mobilização terá os seguintes eixos:
Em defesa dos serviços públicos e dos direitos sociais dos estudantes e dos trabalhadores da cidade e do campo.
- Contra a criminalização de qualquer movimento social organizado.
- Na defesa intransigente da liberdade de organização e autonomia sindicais.
- Contra qualquer tipo de contribuição sindical compulsória.
- Por uma avaliação de verdade e boicote ao Enade.
- Pela democratização da estrutura de poder das universidades.
- Contra todo o processo de privatização da universidade pública, em particular, as fundações privadas, ditas de “apoio”.
- Contra o PLP 92.
- Contra a implantação do regime de fundação estatal no serviço público, em particular na saúde.
- Defesa intransigente de paridade entre ativos e aposentados.
- Contra qualquer tipo de discriminação étnica, de gênero ou classe.
- Contra a Instrução Normativa n° 1 do MTE impondo a cobrança do imposto sindical aos servidores públicos federais, estaduais e municipais.
- Em defesa do ANDES-SN e contra o golpe do registro sindical.
* A Jornada de lutas que culminará num grande ato em frente ao Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, no dia 11 de novembro, em Brasília. A construção de uma grande mobilização em defesa do ANDES-SN, realizada em conjunto com outras entidades e abrangendo outros eixos de luta é uma das decisões do III Congresso Extraordinário do ANDES-SN.
Depoimento do(a) leitor(a)
Enquanto houver impunidade e trabalhadores forem assassinados na luta em defesa da terra, este país não pode ser considerado livre e democrático.
Deixo aqui a minha indignação.
Lamentavelmente episódios como este ainda estão acontecendo em Monte Santo. Canudos não bastou a estes assassinos da vida. CHEGA...
Eleição de Chiquinho e Délio Fernandes é notícia
E somente agora, entidades de esquerda deram divulgação à notícia. Na página do MST há a matéria Suspeito do assassinato de Irmã Dorothy é eleito prefeito . Já a página do PSTU revelou: PT se alia a assassinos de Dorothy Stang
Leia tudo em:
Agora vai: “Pra Frente Anapú”
Pra Frente Anapú: Declaração de bens de Chiquinho do PT e Délio Fernandes
Wikipédia descreve o Safra-Legal
Exclusivo: Chiquinho do PT junto com seus amiguinhos
Agora foi!
quarta-feira, 29 de outubro de 2008
“Pará: Terra sem lei” ganha o prêmio Vladimir Herzog
A série de reportagens exibidas no mês de janeiro de 2008 trouxe os casos de violência no estado, o crescimento do desmatamento na região e escancarou denúncias contra o Incra.
O impacto da matéria foi tão grande que resultou na exoneração do Superintendente Regional do Incra em Santarém e fez o governo do Pará a adotar o slogan em contraponto “Pará: terra de direitos”.
Em um estado onde a governadora é aliada de políticos como Jáder Barbalho e o segundo o MPF o Incra funcionou como uma indústria de falsidade ideológica de números artificiais e assentamentos para madeireiros, a matéria serviu para mostrar ao Brasil o que se passa no centro da Amazônia.
Está de parabéns a equipe pelo prêmio, que além de merecido mostrou que ainda é possível um bom jornalismo investigativo.
Veja algumas matérias da série de reportagens no You Tube:
http://www.youtube.com/watch?v=icn-r3DPSyM&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=FSf45fs8wxU&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=qeikvc81bR0&feature=related
Aviso aos navegantes...
quarta-feira, 22 de outubro de 2008
Terras indígenas protegem o meio ambiente
Trata-se da Terra Indígena (T.I.) Parakanã, no Sudeste do Pará. Tive a oportunidade de passar por parte do perímetro desta área há poucos dias atrás, quando me deslocava de carro para Marabá.
A T.I. Parakanã, localiza-se na bacia do rio Tocantins, com uma extensão de 351 mil hectares, encontra-se demarcada e com sua situação jurídica regularizada e reúne parte do povo de etnia “parakanã”, que se encontra com parte da população em outra área, a T.I. Apyterewa (na bacia do rio Xingu).
A imagem de satélite a seguir mostra perfeitamente como essa terra indígena que está demarcada foi fundamental para a manutenção de uma vasta área de florestas primárias, cujo uso é exclusivo dos indígenas.
Tanto é assim, que pela mesma estrada é possível verificar gigantescos desmatamentos para pecuária na outra margem, que não é terra indígena.
Estranhamente, trata-se de uma “Área de Proteção Ambiental”, a APA Tucuruí, que de proteção ambiental só tem o nome.
Obs.: Clique nas fotos para vê-las ampliadas.
MST exige nova política agrária para a Amazônia
Pistoleiros atiram contra famílias acampadas no Pará
O crime foi comunicado à Delegacia de Conflitos Agrários (Deca), que o registrou como ameaça, quando na verdade se configura como porte ilegal de arma, disparo de arma de fogo, incêndio e formação de quadrilha ou bando. Desde o início deste ano, os trabalhadores têm denunciado à Deca as ameaças que sofrem constantemente. Há mais de um ano, 70 famílias estão acampadas na área para pressionar o Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra) a realizar uma vistoria na propriedade.
Fonte: CPT Xinguara
terça-feira, 21 de outubro de 2008
Um pouco de Zoologia
Contudo, a natureza dar exemplos claros que quando uma nova espécie é introduzida no meio, as conseqüências para a ponta da cadeia alimentar podem ser catastróficas.
Foi assim, por exemplo, quando a placa tectônica da América do Sul “encontrou-se” com a placa da América do Norte, possibilitando a entrada dos felinos que segundo constam foram os responsáveis pela extinção da preguiça gigante e da anta gigante.
Na tentativa de não ser extinta, algumas espécies por seleção natural, criam novas estratégias de sobrevivência, inclusive com artimanhas com antigos predadores e até simbiose com seus próprios parasitas.
Por outro lado, a nova espécie predadora ao se deparar com o novo ambiente passa a agir como se não tivesse limites, e muitas vezes fica também susceptível a intempéries imprevisíveis.
Ibama confirma multas a assentamentos do Incra
Brasília - Quase um mês depois da divulgação da lista dos 100 maiores desmatadores da Amazônia, o Ministério do Meio Ambiente decidiu hoje (21) pela manutenção das multas por crimes ambientais aplicadas ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).O Incra questionou as autuações do Ibama e apontou supostos erros nas análises que embasaram as multas, como a utilização de imagens de satélites antigas e divergências entre a localização dos desmates e as áreas dos assentamentos.
O levantamento constatou a ocorrência de “pequenos erros nas medições de determinados assentamentos”, mas que, de acordo com o MMA, não interferiram na área total desmatada nem no valor total das multas aplicadas, de mais de R$ 250 milhões.De acordo com o Ibama, 41% dos desmatamentos registrados nas áreas de reforma agrária ocorreram entre 1997 e 2002, alguns anteriores às mudanças na legislação da reserva legal, que reduziu de 50% para 20% o percentual da área a ser desmatada legalmente.
“Mesmo no caso dos desmatamentos mais antigos, as multas aplicadas são procedentes, já que havia uma ordem para que as áreas em questão, onde não havia reserva legal demarcada, fossem mantidas desocupadas para permitir a regeneração da floresta; o que não ocorreu”, informa o texto.
Segundo o informe, o MMA já "iniciou entendimentos” com o Incra para converter a cobrança dos danos ambientais com a doação de terras que o Incra possui na região, “para a criação de grandes corredores florestais de reservas” para proteção da Amazônia.
Madeireiras em assentamentos: Tiro saiu pela culatra!
No jornal “O Liberal” de ontem (20 de outubro) publicou uma extensa matéria (com cara de “pague e publique”) demonstrou, mais uma vez, que a “parceria” dos madeireiros com supostos assentamentos do Incra foi uma estratégia para abastecer de toras e mais toras o autodenominado “setor florestal” e não uma política para benefício de famílias como alguns apregoam até hoje. O pior é que o intuito da matéria não é de denúncia, mas de incentivo à prática.
Partindo de um sofisma de que os maiores desmatadores foram assentamentos no Mato Grosso, a “matéria” declara que os assentamentos paraenses não estão sendo desmatados e que as madeireiras que lá funcionam estão trabalhando na mais bela consonância com o “desenvolvimento sustentável”.Puxa, daí tiramos no mínimo uma conclusão: os assentamentos estão com madeireiras funcionando no seu interior! Não seria tudo invenção do Greenpeace, Ministério Público Federal e servidores grevistas radicais?
Na linha das meias-verdades, a matéria “Assentamentos zelam pela preservação” chega a dizer: "Para analistas, esse pode ser um sinal de que a política agrária no Pará não está de todo errada e de que a exploração madeireira em assentamentos rurais podem ser uma solução inteligente para reduzir a pressão sobre a floresta amazônica".
No mesmo rumo, estão os exemplos utilizados para justificar a tal parceria: o P.A. Mojú em Santarém e o PDS Virola Jatobá em Anapu. Segundo o jornal, “A idéia do Incra é expandir as práticas dos assentamentos de Santarém, mas com um aperfeiçoamento ainda melhor, idéia da missionária americana Dorothy Stang, assassinada há três anos em Anapu, sudoeste do Estado, por defender um modelo de desenvolvimento diferente para os assentamentos. Trata-se dos Projetos de Desenvolvimento Sustentável (PDS), assentamento que tem a reserva legal de 80% da área em bloco e lotes de 20 hectares para cada família”.
Leia toda a matéria em Assentamentos zelam pela preservação
Clique para baixar o folhetim FLORESTAS FAMILIARES:Um pacto sócio-ambiental entre a indústriamadeireira e a agricultura familiar na Amazônia
Quem matou (e enterrou) Eloá?
Mas, seria a mesma mídia capaz de fazer uma autocrítica sobre o seu papel no caso? Como setores da mídia e da imprensa se outorgaram, em nome da liberdade, no direito de influenciar no seqüestro e no processo de negociação? Não estaria na hora de Globo, Band, Rede TV e Record fazerem uma mea-culpa pelo sensacionalismo criminoso que resultou na morte de uma refém?
Seria esperar muito....
Mas o Observatório da Imprensa trás 4 bons artigos sobre a questão.
Leia em:
A imprensa em cárcere privado
Luciano Martins Costa
Quem matou Eloá?
Nelson Hoineff
O fantástico show da morte
C arlos Brickmann
Por que tudo acabou mal
José Paulo Lanyi
A não-reforma agrária do Incra
O professor Ariovaldo Umbelino está com tudo em entrevistas e matérias nos meios alternativos, que fogem das análises prontas. Ariovaldo vem a um bom tempo denunciando e analisando o processo que ele chama de “não-reforma agrária” na Amazônia feito pelo Incra. Para ele, o que ocorre no governo Lula é uma política de assentamentos que é feita não para enfrentar, mas para favorecer o agronegócio.
No sítio do MST há a matéria O desmatamento na esteira do capital onde também há opiniões de pessoas não tão aguerridas assim.
Já o Correio da Cidadania trás uma longa entrevista com o título Submetido pelo agronegócio, Incra favorece o desmatamento.
Diz trecho da entrevista:
"CC: O MST já chegou a se defender publicamente de acusações que vêm pipocando na mídia, e que lhe transferem a responsabilidade pelos desmatamentos. Como o movimento entra nessa história a seu ver?
AU: O que há é uma má intenção da mídia, esse é o problema. Ao invés de olhar para os municípios para verificar se só nos assentamentos houve desmatamento, ela prefere não verificar nada. Se observarmos as imagens do município de Tabaporã, pode-se ver que, nas áreas de pecuária das grandes propriedades, o desmatamento é muito maior, mas a verdade é que ninguém olha a lista por completo. O foco da mídia ficou na reforma agrária, nos assentamentos do INCRA. E não se trata de defender cegamente o órgão, pois ele também se equivoca na condução da política de reforma agrária.
O fato deve servir para que se tenha consciência de que a política do governo atual é equivocada, não está baseada numa articulação que vise a sustentabilidade dos assentamentos, ainda que no discurso o ministro da Reforma Agrária e o presidente do INCRA defendam esse foco. A reforma agrária está sendo feita através do agronegócio, por isso vemos coisas assim acontecerem.
A questão é que a defesa que o MST faz é uma defesa geral, e parte expressiva desses assentamentos na Amazônia legal feitos pelo INCRA veio colada aos interesses do agronegócio - da pecuária e da madeira. Tudo isso é verdade, tanto que no ano passado houve uma denúncia bastante séria sobre esses assentamentos e, inclusive, o Ministério Público move uma ação em que o conjunto de assentamentos feitos em 2006, na área do município de Santarém, foi bloqueado, pois na verdade eram assentamentos forjados para favorecer os madeireiros do Pará. É essa questão que tem de ser levantada.
O que não se conhece é a intenção do MMA ao fazer esse tipo de lista, com tais características. A impressão que se passa é a de que se trata de uma ação orquestrada dentro do próprio governo para abandonar a reforma agrária como política pública necessária, não somente para promoção do desenvolvimento rural do Brasil como também para aumentar a oferta de alimentos."
Há ainda o seu tradicional artigo que está na Radioagência Notícias do Planalto . Lá, leia Incra e Amazônia também já publicado neste blog.
sábado, 18 de outubro de 2008
Jeito Yeda de governar II
A Marcha avançou sem nenhum incidente até a frente do Palácio Piratini. Quando o carro de som, entre os manifestantes, finalmente venceu a curta subida da rua Espírito Santo, para estacionar em frente ao Palácio, a BM executou uma de suas ações programadas: impediu o avanço do veículo.
Disparou bombas de efeito moral e tiros com bala de borracha, com a clara intenção de provocar um tumulto. Estilhaços atingiram vários participantes.
Fonte e Fotos: Blog Celeuma
Jeito Yeda de governar I
Há quase um mês em greve, para os bancários do Rio Grande do Sul era só mais um piquete em frente a Agência Central do Banrisul. Ninguém poderia imaginar que o local seria palco para mais um exercício do Comandante-geral da BM. O sinal foi dado quando um policial militar, sem a presença de um Oficial de Justiça, como manda a lei, tentou abrir as portas lacradas pela greve. Em poucos minutos pelo menos cinco viaturas com polícias da Patrulha Tática Especial com bombas de gás lacrimogênio, escopetas, escudos transparentes e cacetes reluzentes tomaram a entrada do Banrisul.
Fonte e Fotos: Blog Celeuma (http://celeuma.blogdrive.com/)
Três trabalhadores rurais são assassinados na Bahia
A guerra do fim do mundo
Três trabalhadores rurais foram assassinados no dia 15.10.2008 em emboscada preparada por pistoleiros e, segundo fortes indícios, a mando de grileiros de terras da região da Fazenda Capivara, Monte Santo, Bahia.
Os trabalhadores se deslocavam a pé da Fazenda Capivara em direção ao Assentamento Santa Luzia da Bela Vista onde estava ocorrendo uma reunião com servidores do Incra, cujo objetivo era realizar um cadastramento para a construção de cisternas.
Os trabalhadores tinham 48, 24 e 23 anos, e se chamavam Tiago, Luiz e Josimar, respectivamente.
São essas as informações que temos no momento. A delegacia agrária, a delegacia local, o Incra e o CDA já têm ciência do ocorrido.
Advogados
quarta-feira, 15 de outubro de 2008
Trabalhadores rurais ocupam Incra em Belém
Instituto diz que há previsão de investimentos de R$ 19 milhões.
Cerca de 500 trabalhadores rurais estão acampados na sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), em Belém, nesta quarta-feira (15). Eles pedem melhorias de infra-estrutura em assentamentos e liberação de créditos para produção rural.
A ocupação, que começou no fim de setembro e ganhou adesão de mais colonos nesta semana, é pacífica.
A assessoria de imprensa do Incra na capital paraense informou que está aguardando a liberação de licenças ambientais expedidas pelo governo estadual para dar início às obras de infra-estrutura em 32 assentamentos no estado. A previsão é de investimentos de R$ 19 milhões na construção de estradas vicinais, moradias rurais e sistemas de abastecimento de água.
Ainda segundo o instituto, nesta tarde, a Procuradoria Regional do Incra deve ingressar com pedido de reintegração de posse na Justiça. Até esta manhã, o funcionamento permanece normal.
sábado, 11 de outubro de 2008
100 anos de Cartola!
Ouça algumas músicas de Cartola:
Alvorada
(Carlos Cachaça - Cartola - Hermínio Bello de Carvalho)
O mundo é um moinho
(Cartola)
Sim
(Oswaldo Martins - Cartola)
Acontece
(Cartola)
Amor proibido
(Cartola)
As rosas não falam
(Cartola)
Verde que te quero rosa
(Dalmo Castelo - Cartola)
Peito vazio
(Élton Medeiros - Cartola)
Alegria
(Cartola)
O inverno do meu tempo
(Roberto Nascimento - Cartola)
O sol nascerá
(Élton Medeiros - Cartola)
A Princesinha do Xingu
Mas esta situação pode transformar-se radicalmente com a construção, na região da Volta Grande do Xingu, da polêmica hidrelétrica de Belo Monte, que exigirá o asfaltamento da rodovia Transamazônica, reforçando assim o segundo apelido. Então, as dimensões destas obras faraônicas podem fazer com que não só Altamira, mas toda a região transforme-se em um imenso canteiro de obras que pode até fazer lembrar a construção de Brasília. A diferença é que, com as obras concluídas, ao invés do traçado imaginoso de Lúcio Costa e dos monumentos de Oscar Niemeyer, teríamos ali a aspereza de diques, barragens e turbinas, além de uma extensa rede de estradas asfaltadas para dar acesso a toda essa estrutura. E muita mata devastada (note, na imagem de satélite, a já alta incidência de desmatamentos perpendiculares à estrada, no famoso padrão espinha de peixe. Agora imagine o quanto isso aumentará em caso de asfaltamento, o que facilita exponencialmente o acesso e, conseqüentemente, o fluxo de veículos e pessoas).
É curioso como hoje, em função da polêmica em torno da construção ou não da hidrelétrica, renova-se a batalha entre índios e ribeirinhos contra os colonizadores envolvendo a conquista da Volta Grande do Xingu. "O rio Xingu terá sido talvez o último dos grandes afluentes do rio Amazonas a ser colonizado". Foi com essa observação fundamental que André Costa Nunes abriu o capítulo "O massacre dos índios no Porto de Vitória", em seu livro "A batalha do Riozinho do Anfrísio" (Editora Alves), que trata do conflito entre brancos e índios no processo de colonização deste rio.
O Xingu pode ser claramente dividido em duas partes. De um lado o baixo Xingu, da sua foz, onde suas águas misturam-se com o mundaréu de águas do rio Amazonas, até o começo da região conhecida como Volta Grande. Trata-se de uma zona de águas lentas, com cento e poucos quilômetros de extensão, onde o rio chega a ter dez quilômetros de largura. Sua colonização, com a criação das vilas de Souzel e Porto de Mós, é antiga, contemporânea de toda a ocupação da região central da calha do Amazonas. De outro lado, da Volta Grande para o sul, a história é diferente. Espremido entre duas serras, o rio faz uma enorme curva, a tal Volta Grande. Neste percurso, sofre um desnível de mais de noventa metros, ao longo de 50 quilômetros. A seqüência de cachoeiras e corredeiras o torna instransponível para qualquer tipo de embarcação e até mesmo para muitas espécies animais. O peixe-boi, a tartaruga do Amazonas, o jacaré-açú e os peixes pirarucu, tambaqui, dourada e piramutaba, por exemplo, não conseguem subir este trecho do rio, estando limitados à sua porção baixa.
Conforme descreve Nunes, por volta de 1750 uma tentativa de estabelecer missão acima da Volta Grande, bem próximo de onde hoje fica a cidade de Altamira, terminou com os jesuítas sendo mortos pelos índios. A primeira expedição exploratória bem sucedida (do príncipe Adalberto da Prússia) só teria acontecido em meados do século XIX. Subindo o rio, Altamira é, ainda hoje, a última cidade que nossa civilização conseguiu estabelecer em suas margens até a sua nascente, a centenas de quilômetros ao sul dali, já no Mato Grosso (com exceção da, até há pouco tempo minúscula, São Félix do Xingu, hoje ligada por estrada ao eixo de desenvolvimento da rodovia Belém-Brasília e campeã nacional de desmatamento).
A colonização tardia, e ainda esparsa, da região do Xingu, bem como a dimensão das suas terras indígenas e o conseqüente bom estado geral de preservação das suas florestas (apesar da devastação acelerada nas áreas ocupadas pelos não-índios) explicam-se por suas violentas corredeiras, de difícil transposição. Ou impossível, quando se tem à frente, nas cachoeiras, bravos índios guerreiros contra quem batalhar em emboscadas. No fim das contas, os invasores passaram a usar um atalho, cortando a Volta Grande por terra. Então, a conquista da localidade de Altamira, logo acima da Volta Grande, no início de um longo trecho navegável do Xingu rio-acima, teve grande relevância para o colonizador.
Hoje, com a sua (ainda) exuberante natureza, Altamira tem uma forte vocação turística. Mas quem investiria em infra-estrutura para receber visitantes para praias que podem desaparecer para todo o sempre dentro de poucos anos? É paradoxal que, sendo uma promessa de desenvolvimento, a hidrelétrica seja atualmente a causa do estado de relativa estagnação econômica da cidade. Os hotéis de Altamira são básicos, e não turísticos, os orelhões não funcionam, a Internet é precária e as praias sujas. Além disso, o aeroporto ainda não tem estrutura para receber aviões de grande porte, as passagens das pequenas companhias aéreas são caras e as linhas são insuficientes. Enfim, não há qualquer incentivo ao desenvolvimento da atividade turística, em grande parte por conta da expectativa pela construção da mega-hidrelétrica. Diferentemente de Alter-do-Chão, na foz do rio Tapajós, conhecida como "o Caribe brasileiro" dado o intenso azul de suas águas. Ali está o foco do planejamento turístico do estado. Mas as águas verdes do Xingu não perdem em nada para as azuis do Tapajós.
Eu acredito que, com a construção ou não da hidrelétrica de Belo Monte, Altamira estará no olho do furacão das grandes lutas ambientais globais dos próximos anos. Não vão fazer a barragem facilmente. Mas também nunca vão desistir. Princesinha preservada ou capital degradada? Mais do que uma briga de apelidos, esta é uma disputa entre projetos alternativos de desenvolvimento. Um que beneficiará principalmente os empreiteiros, responsáveis pelas obras, e os grandes consumidores de energia elétrica. E provavelmente deixará um rastro de destruição ambiental e instabilidade social para a população local, em troca apenas de migalhas de desenvolvimento. O outro buscaria a preservação ambiental, o desenvolvimento do turismo e a multiplicação de oportunidades de emprego nos pequenos negócios. Este ainda será o dilema de Altamira por algum tempo.
*PhD em Ciências Ambientais pela Universidade de East Anglia, é professor da Universidade Federal do Pará. Publicado no "Correio da Cidadania".
Leia ainda: A estrada dos bárbaros
Trabalhador rural é assassinado em Parauapebas
O agricultor se dirigia ao acampamento para tratar de uma reunião, quando foi surpreendido com um tiro na cabeça. Outro trabalhador que acompanhava Raimundo também foi atingido com três tiros pelo corpo. Ele está internado no Hospital Municipal de Paraupebas e passa bem. O assassino ainda não foi identificado.
A Delegacia de Conflitos Agrários de Marabá está apurando o caso.
Fonte: Portal ORM
Blogueiro em viagem!
Não sei como será o acesso por lá na próxima semana, mas tentarei manter amolada o Língua Ferina.
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
Mais de 3,4 mil trabalhadores foram encontrados em situação de escravidão este ano
Em todo o país, foram realizadas este ano 87 ações, em 149 propriedades. O Estado recordista em denúncias e libertações é o Pará, com 22 operações e 532 trabalhadores resgatados nas 50 propriedades fiscalizadas pelo grupo móvel.
Fonte: Agência Brasil.
Natureza
Agora foi!
Fiz uma rápida busca nos nomes ligados ao PT no Pará e o desempenho dos mesmos nas eleições de domingo, em especial na região oeste do estado. Em Belém, o PT ficou de fora do segundo turno e deverá apoiar o “companheiro” Priante (do PMDB de Jáder Barbalho).
Em Santarém, onde a prefeita petista do Maria do Carmo Martins foi reeleita, os candidatos a vereador ligados ao meio agrário tiveram desempenho insuficiente para ocupar uma vaga na Câmara. A ex-presidenta do STTR local, Ivete Bastos foi a terceira mais votada na legenda petista e não assegurou o mandato. Sorte igual teve Rivelino Mota, ligado à Colônia de Pescadores e a comunidades de várzea. Também ficou de fora Odete Costa, ligada a comunidades quilombolas e Milton Peloso, ex-executor do Incra em Santarém.
Sucesso mesmo teve Nélio Aguiar (PMN), médico promissor e “assentado” que progrediu. Conforme denunciou a Rede Record, o futuro vereador é “assentado” pelo Incra de Santarém e foi o quarto candidato mais votado no município, com 4.363 votos. Comenta-se que deverá ser o presidente da Câmara local. Sucesso igual teve a “assentada” e prefeita Gorete Pereira, reeleita em Aveiro.
Em Anapú, em votação apertada, Chiquinho do PT e Délio Fernandes também se deram bem. Foram eleitos prefeito e vice, sendo agraciados depois de tantos serviços prestados à população local (vê mais sobre o assunto em Agora vai: “Pra Frente Anapú”).
Situações diferentes tiveram ex-mandatários do Incra no estado. Cristiano Martins, ex-Superintendente em Belém foi eleito prefeito em São Domingos do Capim. Já a candidata Bernadete, que já respondeu pela SR-27 do Incra, logrou apenas o terceiro lugar na disputa pela prefeitura de Marabá.
O ex-Superintendente do Incra em Santarém, Pedro Aquino de Santana, não se lançou candidato, mas apoio fielmente o seu pupilo em Novo Progresso, o new-petista Tony Fábio, que perdeu de lavada para a candidata Madalena do PSDB (63 a 36%). Tony concorria a releição e depois da derrota armou o maior circo na cidade, botanto inclusive o juiz local para correr. Na cidade de Alenquer, Aurea Nina, candidata petista amargou o terceiro lugar na disputa local.
Já Lenir Andrade, também levou “bomba” em Medicilândia. Lenir é ex-mulher de Zé Geraldo, deputado federal petista e perdeu por pouco menos de 100 votos o cargo que já ocupava. Ainda perderam por votações apertadas os petistas de Monte Alegre (Dr. Sérgio) e Brasil Novo (Alexandre).
No Oeste do Pará, candidaturas ligadas ou coligadas ao PT tiveram êxito em Pacajá (Pe. Emir – PPS); Anapú (Chiquinho do PT); Rurópolis (Aparecido – PMDB); Trairão (Danilo Miranda – PMDB); Jacareacanga (Raulien Queiroz -PT); Aveiro (Gorete Xavier - PTB); Belterra (Geraldo Pestana - PT); Santarém (Maria do Carmo – PT); Prainha (Sergio Pingarilho - PMDB); Faro (Denis Guimaraes - PTB); Óbidos (Jaime Silva -PTB) e Almerim (Botelho – PT).
Por outro lado, a direita clássica elegeu-se em Altamira (Odileida Sampaio -PSDB); Senador José Porfírio (Cléto – PMDB); Vitória do Xingú (Líber – PTB); Porto de Moz (Berg Campos – PTB); Brasil Novo (Carlinhos – PR); Medicilância (Ivo Muller –DEM); Uruará (Eraldo Pimenta – PMDB); Placas (Negão Brandão – PSDB); Itaituba (Roselito Soares – PR); Novo Progresso (Madalena –PSDB); Terra Santa (Marcílio Picanço - PMDB); Oriximiná (Gonzaga – PV); Curuá (Reis - PTB); Alenquer (João Piloto – DEM) e Monte Alegre (Jardel –PMDB).
Como se vê, há partidos que estão nos dois lados, pois se coligaram ora com o PT, ora contra o PT. Ou seja, no fingir dos ovos, deu tudo na mesma!
“Gilmar: às favas a ética”
É simples. Como mostrou a revista Carta Capital desta semana é só ter trânsito livre nos altos escalões, usar a grana de determinados órgãos públicos (sem licitação) e contratar o Instituto Brasiliense de Direito Público, cujo o sócio é o próprio Gilmar Mendes.
Recado do Leitor
“Acho que seria mais necessário do que repetir o que a grande mídia já mostrou, tentar refletir sobre o insistente discurso da Globo (JN, JH, Bom Dia, Portal G1 Amazônia, etc.) que, de repente, ficou tão preocupada com a situação da Amazônia. Mas, enfim, acredito que eu não preciso dizer isso pra ti...”
quarta-feira, 8 de outubro de 2008
No Jornal Hoje...
Ontem no Jornal Nacional
terça-feira, 7 de outubro de 2008
E o “desenvolvimento” chega à Amazônia!
Veja abaixo o trecho inicial da matéria:
“Líderes na arrecadação de impostos e royalties de gás, petróleo, bauxita e minério, os municípios de Coari (AM), Juruti e Parauapebas (PA) vivem um boom econômico, mas registram, ao mesmo tempo, índices de violência contra meninas proporcionalmente semelhantes aos que surgiram nos anos 70, no rastro da traumática experiência de desenvolvimento impulsionada pela Rodovia Transamazônica, pela mina de Serra Pelada e pela hidrelétrica de Tucuruí.
Após 34 anos da abertura da Transamazônica e de 25 anos do auge do garimpo e da inauguração da usina, a Amazônia desses municípios repete padrões de crescimento igualmente destruidores, tem gestões públicas sem transparência, além de ignorar o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
A estatística das meninas grávidas com idade até 15 anos é o retrato fiel da situação. Das mulheres que tiveram filhos no Brasil, nos primeiros seis meses deste ano, 1,3% estavam nessa faixa. Esse índice cresce nos Estados do Amazonas e do Pará para 1,9%, mas é dez vezes maior em Coari, 13,9% - em 1995, um ano antes da chegada da Petrobras à cidade, 1,7% das grávidas do local tinha idade abaixo de 15 anos.
Parauapebas registrou no primeiro semestre deste ano uma taxa de 2% de grávidas com idade abaixo de 15 anos. Em Juruti, do total de grávidas atendidas no hospital local, no ano passado, 2,5% tinham idade abaixo de 15 anos - esse porcentual foi de 0,9% em 1995.
Nos projetos de prefeituras e empresas que lideram a atividade econômica nesses locais - Alcoa, Vale e Petrobrás - sobram intenções e faltam objetivos práticos que mudem o panorama. E não é por falta de dinheiro".
Leia tudo em
Na Amazônia, a prostituição infantil cresce até nas cidades mais ricas
Fonte: Kaxiana.
Governo Lula e centrais pelegas querem imposto sindical dos servidores públicos
1) O Estado, em especial o governo Lula, não sabe o que é autonomia sindical;
2) O servidor público pode se preparar para sustentar mais parasitas sindicais;
3) A CUT é uma defunta perambulando e dizendo: “Eu quero grana”!
Leia a INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 1, DE 30 DE SETEMBRO DE 2008
"Uma ofensa"
A entrevista é de Patrícia Benvenuti e publicada pelo jornal Brasil de Fato.
Essa promoção é um absurdo. Ainda que não exista uma proibição formal por não haver condenação, os fatos são públicos de que eles agiram como criminosos, não como policiais. Eles usaram meios públicos para a prática de atos ilegais, para a prática de crimes. São merecedores de rigorosa punição. Esses fatos e sua autoria são conhecidos e deixam evidente que esses policiais não tem condições morais para pertencerem a órgãos públicos. O ato da governadora é uma ofensa à sociedade.
Qual a leitura pode se fazer dessa decisão da governadora do Pará já que, além de não terem sido punidos, os PMs foram promovidos?
Ela [Ana Júlia] quis fazer média política. Os criminosos têm forte apoio nas tradicionais oligarquias paraenses, que exercem influência sobre o Legislativo e o Judiciário. Acha que esse tipo de decisão é um estímulo à impunidade existente em crimes cometidos pela polícia? Uma decisão dessa espécie é profundamente negativa e estimulante para a prática de violência, pois gera a certeza da impunidade.
Como está a questão jurídica desse caso? Quais são as possibilidades dos responsáveis serem punidos?
Isso depende do Ministério Público, que, em vista de todas as circunstâncias, inquéritos e provas, pode tomar, inclusive, iniciativa judicial para barrar essa promoção.
Fonte: MST
Incansáveis
Vestindo preto, a ex-prefeita de Fortaleza, Maria Luiza Fontenele, acompanhada da ex-vereadora Rosa da Fonseca e dezenas de militantes da Crítica Radical protestaram na manhã deste domingo (5), no Colégio Santo Inácio, contra o voto e a eleição.
MDA: NOTA À IMPRENSA
O proprietário apresentou documentos em sua defesa e declarou que a madeira tem origem em fazenda particular na região. Toda a documentação está sendo averiguada.
A seguir, os funcionários do Incra encontraram outra madeireira, já embargada pelo Ibama, e colheram informações para verificar a real situação fundiária do local. Mais adiante, duas pequenas serrarias também foram notificadas e, da mesma forma, tiveram que cessar as atividades. A operação desta segunda-feira, 06 de outubro, marca o início da varredura determinada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) em todos os assentamentos de Mato Grosso autuados pelo Ibama.
A varredura conta com seis equipes e consiste em levantamento ocupacional completo, lote a lote, com a retirada de pessoas não autorizadas e a interrupção de eventuais atividades de exploração irregular. Outro passo importante para a proteção do meio ambiente está marcado para esta terça-feira, 07 de outubro, em Cuiabá.
Com a presença do presidente do Incra, Rolf Hackbart, e do governador Blairo Maggi, a autarquia assina com o Estado do Mato Grosso um protocolo para viabilizar um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta ), de forma a regularizar a situação dos assentamentos do Estado.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social do MDA
P.S.: Eu só não entendi como é que um assentamento do Incra possui um "proprietário"?
Contag se posiciona sobre lista de desmatamento do MMA
A "abertura de áreas" para a instalação de grandes projetos agrícolas, pecuários, energéticos e de mineradoras; a ação de grileiros e de madeireiros e a ausência de fiscalização efetiva do Ibama têm tornado incontrolável a devastação da floresta amazônica.
Por outro lado, a insistência do Incra em realizar projetos de assentamento na região com o objetivo de inflar sua meta numérica anual sem oferecer às famílias assentadas condições de desenvolvimento nas áreas é outra grave causa para o problema.
A maioria dos assentamentos criados na Amazônia, principalmente durante o governo Fernando Henrique Cardoso, decorreu da regularização de áreas públicas, muitas já devastadas pela ação de grileiros e de madeireiros. Grande parte destas áreas não foram destinadas aos trabalhadores sem terra, sendo tomadas pelos madeireiros e mineradoras. Em outras, as famílias foram deixadas praticamente no abandono, sem infra-estrutura ou qualquer outra política pública que garantisse a permanência dos assentados nas áreas ou a sustentabilidade das unidades produtivas.É esta a realidade dos assentamentos constantes da lista divulgada pelo MMA, que deveria, de forma responsável, ter depurado os dados antes de publicá-los.
A Contag é contra o desmatamento da Amazônia e a implantação de grandes projetos na região. Exige a efetiva fiscalização e punição dos crimes contra o meio ambiente e contra os povos da floresta. Da mesma forma, exige o fortalecimento institucional e a aplicação de políticas públicas que assegurem a regularização fundiária das áreas de pequenos posseiros e a realização da reforma agrária com projetos de assentamento sustentáveis e adequados à realidade da região.
Diretoria da Contag
Leia ainda. MST: Esclarecimento sobre lista do Ministério do Meio Ambiente
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
Língua Ferina, internacionalista.
Eis a citação.
"Candido Cunha [en portugués], un blogger de Santarém, Pará, fue rápido al exponer algunos de los intereses políticos detrás de la recente noticia. Según el, hay un desacuerdo entre el Ministro Carlos Minc y la Gobernadora de Pará, Ana Julia, quien no estaba feliz de ver a su Estado en el tope de la lista de deforestación. Candido sugiere que ella pudo haber mantenido a Pará fuera del notorio primer plano de la deforestación durante la gestión de Marina Silva (ella es la predecesora de Minc), cuyo foco fue atacar al Gobernador Blairo Maggi, del Estado de MatoGrosso, mientras permanecía libre de “asociarse” con agentes deforestadores, particularmente aquellos ligados a grandes proyecto de minería y tala.
‘La mezcla explosiva de los aliados del PT en Pará, junto a compañías madereras y mineras, parecen ser el combustible perfecto para la deforestación y la quema del bosque amazónico. Si esto es así, no hay ‘compasión’ para resistirse.’
El que sean todos políticos del PT (Partido de los Trabajadores), es un indicativo de los cismas internos del partido. En la visión de Candido, la estrategia de Minc de revelar las relaciones entre las políticas locales y los niveles de deforestación tiene la intención de ayudarlo a ganar el apoyo que necesita para crear una fuerza armada federal para apoyar los procedimientos de fiscalización de IBAMA."