segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Operação Tellus: superintendente do Incra e vereadores são detidos

Dezenove pessoas foram presas na manhã de hoje em Campo Grande e Naviraí, em Mato Grosso do Sul, e em Cosmorama, no interior paulista, durante a Operação Tellus, da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público Federal (MPF), deflagrada para desmantelar um esquema criminoso presente em projetos de reforma agrária na região sul do Estado de Mato Grosso do Sul.

Os policiais cumpriram 19 dos 20 mandados de prisão expedidos pela Justiça Federal.

Ao longo das investigações, realizadas pela PF de Naviraí e pelo MPF de Dourados (MS), foram confirmadas fraudes na distribuição de lotes nos assentamentos do complexo Santo Antônio, em Itaquiraí (MS); comercialização de lotes destinados à reforma agrária, com a regularização dessas transações pelos servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra); manipulação de concorrências para aquisição de produtos e serviços comprados para os assentamentos com verbas públicas federais; e recebimento de propina por servidores do Incra para a exclusão de imóveis rurais de processo de avaliação a fim de verificar produtividade.

De acordo com a PF, participavam do esquema criminoso servidores do Incra de Dourados e de Campo Grande, líderes de assentamentos e empresários fornecedores de produtos e serviços. Segundo o MPF, o dano causado pela organização criminosa à União atinge os R$ 12 milhões.

Para a operação foram mobilizados 137 policiais e 51 viaturas a fim de cumprir 20 mandados de prisão e 25 mandados de busca. Os mandados são para as cidades de Campo Grande, Naviraí, Dourados, Itaquiraí, Ivinhema, Nova Andradina, Bataiporã e Angélica, todas em Mato Grosso do Sul, e na cidade de Cosmorama (SP).

Entre os detidos, superintendente regional substituto do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Campo Grande, Waldir Cipriano Nascimento e dois vereadores de Itaquiraí.

A assessoria do Incra ainda não fez qualquer pronunciamento sobre o caso.

Fontes: O Estado de São Paulo e Agora News
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