quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Greve interrompe obra de usina do PAC no Ceará

Paralisação é a segunda no ano.
Cerca de 3200 funcionários do consórcio da Usina Termelétrica de Pecém entraram em greve nesta semana por melhores condições de trabalho. Entre os pleitos que consideram não atendidos está a previsão de liberação de visitas periódicas aos familiares em suas cidades de origem. Mais de dois mil trabalhadores foram transferidos até o litoral cearense para a obra, prevista para começar a operar em 2011. A maioria deles, segundo a assembleia que aprovou a greve, está insatisfeita. Mas os empresários conseguiram na noite de terça-feira uma liminar do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 7ª Região que considerou a greve como ilegal e determinou imediato retorno ao trabalho. Mesmo assim, os trabalhadores pretendem mantê-la, ratificando a decisão dia-a-dia em assembleia na entrada do parque de obras.
O sindicato, sujeito a multa diária se a greve permanecer, procurará derrubar a liminar ainda hoje na Justiça. Isso só não foi feito ontem por conta do feriado nacional do dia dos advogados, segundo Raimundo Nonato Gomes, presidente do Sintepav-CE. “É preciso fazer a obra com responsabilidade social, e não a qualquer custo.” Segundo ele, a greve será mantida até que as demandas sejam atendidas ou até que os empregadores tragam nova proposta de negociação.
Esta é a segunda greve em Pecém neste ano. Na primeira, em abril, negociou-se uma série de melhorias no tratamento dos funcionários que deveriam ser atendidas pelas empresas subcontratadas pelo consórcio para promover as obras. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção, Pavimentação e Obras de Terraplenagem do Ceará (Sintepav-CE), essas condições não foram adotadas e, portanto, a greve é legal.

Entre os pleitos dos funcionários que ainda não foram atendidos pelas empresas, segundo Gomes, estão, além de licenças remuneradas para retorno temporário para casa, a extensão do plano de saúde oferecido aos familiares e a equiparação de salários entre os funcionários de mesmo nível em diferentes empresas do consórcio. “Os contracheques provam que há muita diferença entre salários”, diz o presidente do sindicato.

Fonte: Portal IG
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