segunda-feira, 20 de junho de 2011

Caiu a ficha de James Petras?

Defensor de Hugo Chávez até um dia desses, o respeitado intelectual marxista americano, James Petras, atacou duramente os trotskistas venezuelanos e o PSTU brasileiro ao final do ano de 2007.

Numa entrevista numa rádio uruguaia, Petras afirmou na época que o PSTU do Brasil trabalha na Venezuela junto com “os estudantes financiados pelo imperialismo”. Depois agregou: “temos documentos da agência de ajuda internacional em que reconhecem dar 213 mil dólares aos estudantes treinados nos Estados Unidos que voltam e semeiam a luta nas ruas, etc. Com esta gente trabalham os trotskistas, os setores aliados ao PSTU”. (Veja a notícia da época AQUI! )

As acusações se deram em meio a grandes mobilizações estudantis que naquele momento sacudiam as universidades públicas venezuelanas. Os protestos foram duramente reprimidos pela polícia e ocorreram às vésperas do referendo sobre mudanças constitucionais que permitiam a reeleição infinita de Chávez.

Agora, passados quase quatro anos das acusações nunca provadas, James Petras sai com um artigo que está circulando em vários meios alternativos, acusando o governo Chávez de “uma guinada à direita”.

“De acordo com este giro à direita, o regime de Chávez cumpriu as petições de Santos [Presidente da Colômbia] de deter guerrilheiros das FARC e do ELN, bem como um destacado jornalista esquerdista, e extraditar para um Estado que detém o pior historial de direitos humanos nas Américas desde faz mais de duas décadas em termos de tortura e assassinatos extrajudiciais. Esta viragem à direita tem um caráter ainda mais ominoso se se considerar que a Colômbia tem mais de 7.600 presos políticos, dos quais 7.000 são sindicalistas, camponeses, indígenas, estudantes, isto é, não combatentes. Ao ceder às demandas de Santos, a Venezuela nem sequer seguiu os protocolos estabelecidos pela maioria dos governos democráticos, e não exigiu qualquer garantia contra a tortura e de respeito de um processo judicial correto. Por outra parte, quando algumas vozes críticas assinalaram que estas extradições sumarias violam os próprios procedimentos constitucionais da Venezuela, Chávez lançou uma feroz campanha de calúnia contra seus críticos, os qualificando de agentes do imperialismo envolvidos em um complô para desestabilizar seu regime”, diz trecho do artigo de Petras, que omite que até um dias desses ele fazia parte deste coro de desqualificação daqueles que faziam críticas à esquerda à Chávez.

Veja todo artigo em A guinada à direita de Chávez: realismo de Estado contra solidariedade internacional no sítio do Diário Liberdade.
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