quarta-feira, 20 de maio de 2009

Benedetti: adeus ao poeta transgressor


Faleceu no último dia 17 o grande poete, ensaísta, romancista e roteirista uruguaiu Mario Benedetti . Seu estado de saúde já há algum tempo era bastante instável, tendo permanecido hospitalizado quatro vezes seguidas apenas no ano passado. O escritor estava já com 88 anos de idade e morreu em sua residência.

Só quando trangridida uma ordem, o futuro se torna respirável

Ao longo da carreira, Benedetti escreveu cerca de 80 livros, entre romances, contos, ensaios literários, coletâneas poéticas e roteiros cinematográficos. Com a ditadura uruguaia, ele foi obrigado a exilar-se, em 1973, morando então em países como Espanha, Cuba, Peru e Argentina. Permaneceu no exílio durante doze anos.

Vários de seus poemas, escritos durante a ditadura e nos últimos anos, foram dedicados a vítimas da repressão militar, como o senador de esquerda e amigo íntimo Zelmar Michelini, sequestrado e morto em Buenos Aires em 1976. Benedetti ficou famoso em 1956 com a publicação de "Poemas de la Oficina", sobre a rotina do trabalho.

Sua última obra foi publicada em agosto de 2008, o livro de poemas "Testigo de Uno Mismo", concluído pouco antes de sua primeira internação. Atualmente, Benedetti trabalhava em um novo livro de poesias,que tinha como título provisório "Biografía para Encontrarme".

Alguns poemas de Benedetti viraram verdadeiras frases de contestação contra as ditaduras na América Latina nos anos sessenta a oitenta, mas sua poesia transitava não só pelo mundo político como também pelas esferas do cotidiano e das relações.
*Com informações do blog Defesa do Trabalhador e FEAB (Correio eletrônico).
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