quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Manifestantes da Gleba Nova Olinda solicitam apoio do Ministério Público

Na segunda-feira (26) uma comissão formada por indígenas e moradores da Gleba Nova Olinda veio à Santarém solicitar apoio ao Ministério Público Federal.

Cerca de 42 comunidades da área do Arapiuns (Gleba Nova Olinda) fazem uma manifestação que já dura mais de duas semanas às margens do Rio Arapiuns. A intenção é afastar os madeireiros da região.Nova Olinda faz parte de um conjunto de glebas estaduais, no Oeste do Pará, sob responsabilidade do ITERPA (Instituto de Terras do Pará).

Os manifestantes, cerca de 600, interditaram balsas que fazem o transporte de madeira, duas delas foram liberadas neste final de semana. As outras carregadas com três mil metros cúbicos de madeira ainda estão bloqueadas. ‘Enquanto não houver uma resposta positiva nós continuaremos acampados.’Comentou um dos membros da comissão.

Os comunitários afirmam que a extração é ilegal. E protestam contra a falta de regularização ambiental e fundiária na região. Também buscam afastar as empresas madeireiras do local.

'A partir de agora o nosso objetivo é a retirada de todos os empresários da Gleba Nova Olinda, os permutados, ou não permutados. Nós não aceitamos mais madeireiros nenhum na nossa região.’ Comentou o indígena José Alves.

Semana passada a Secretaria de Meio Ambiente (SEMA – PA) esteve no local e, após fiscalização, foi constatado que a madeira é oriunda de planos de manejo florestal que já foram liberados. Portanto, legal.

Os manifestantes buscam informações sobre que medidas estão sendo tomadas para que sejam atendidas as reivindicações.

A procuradora da república Dr. Naiana Fadul informou que várias ações estão sendo realizadas para cessar o impasse, e resolver a situação dos comunitários.‘Providências foram tomadas no sentido de intervir junto as instituições federais responsáveis, e junto à FUNAI (Fundação Nacional do Índio). Para que o órgão conclua o processo de demarcação das terras indígenas e para que definitivamente seja colocado um ponto final neste conflito. ’ Afirmou Dr. Naiana Fadul.

Fonte: Suzy Loyola com informações de Magna Santos (Notapajós)
Comentários
1 Comentários

1 comentários:

Anônimo disse...

Na região da Gleba Nova Olinda I existem somente 14 comunidades devidamente reconhecidas pelos órgãos que trabalham com regularização fundiária, e não 42 como o blog equivocadamente relata. Dessas, apenas três fazem parte do protesto. As demais são contra esta manifestação.
Ressalta-se ainda que as balsas que estão presas estão devidamente legais, portando Nota Fiscal e Guia Florestal; inclusive a Sema esteve na balsa após esta ser detida pelos manifestantes e, ao fiscalizar a madeira, confirmou que o produto está devidamente regularizado. Além disso, o Governo do Pará também já se posicionou atestando a regularidade da madeira transportada nas balsas. (reportagens circulando na internet)
Infelizmente tal manifestação está prejudicando pessoas erradas, empresas que trabalham sério, com projeto de manejo que é favorável ao meio ambiente, empresas honestas que empregam pessoas da região e que geram renda para os moradores da área e para o Estado. É desistimulante trabalhar dessa forma. Tanta gente trabalhando errado e fazendo mal ao meio ambiente e essas pessoas estão aí prejudicando o trabalho de gente honesta. Que seja feita a Jusitiça!