A Chapada do Apodi, na divisa entre o Ceará e o Rio Grande Norte, é uma região de forte atuação do agronegócio de frutas para exportação, subsidiada com recursos públicos e grandes investimentos em irrigação.
Nesta terça-feira (06/05),
após uma mobilização na qual se encontravam 500 trabalhadores rurais em luta
por conta da jornada de lutas do MST, dois Sem Terra foram executados no
Rio Grande do Norte.
Dois homens em uma
moto preta sem placa abordaram os dois militantes atiram. Ainda não se tem
noticias dos assassinos, que fugiram imediatamente.
As vítimas são Francisco
Laci Gurgel Fernandes, de 34 anos, mais conhecido por Chacal, e Francisco
Alcivan Nunes de Paiva, de 46 anos, o Civan. Asv vítimas eram acampados de área
onde está sendo construído um perímetro irrigado do Departamento Nacional de
Obras Contra as Secas (DNOCS), área onde os Sem Terra sofrem ameaças constantes
de jagunços armados e seguranças da empresa que faz a obra.
Já os trabalhadores rurais
que se mobilizam do lado cearense da Chapada receberam nesta quarta-feira, 07
de maio, uma liminar de despejo por parte da Justiça estadual.
O acampamento das famílias também
faz parte da jornada nacional de lutas do MST e tem como objetivo denunciar a
ofensiva do agronegócio na região, exigir o assentamento das famílias acampadas
e cobrar o julgamento e condenação dos responsáveis pelo assassinato de
trabalhadores rurais.
De acordo com Marcelo Matos,
da direção estadual do MST, os trabalhadores vão permanecer resistindo no
acampamento. “vamos continuar acampados e esperamos a audiência para atender
nossas pautas. Tudo o que vier a acontecer é de responsabilidade do governo”.
Aproximadamente mil
trabalhadores ligados ao MST, Comissão Pastoral da Terra (CPT) e Movimento 21
estão acampados desde segunda-feira (05/05) no perímetro irrigado no município
de Limoeiro do Norte, no Ceará.
Os manifestantes aguardam negociação com o Departamento Nacional de Obras Contras Secas (DNOCS), Secretaria de Desenvolvimento Agrário (S.D.A), Ministério da Integração Nacional e Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Os manifestantes aguardam negociação com o Departamento Nacional de Obras Contras Secas (DNOCS), Secretaria de Desenvolvimento Agrário (S.D.A), Ministério da Integração Nacional e Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
*As informações são da
Página do MST