Com o título “Lavanderia de madeira na Amazônia”, o Greenpeace trouxe em sua página na internet matéria em que denuncia novo esquema para legalização de madeira extraída ilegalmente na região de Santarém e introduzida no mercado, inclusive internacional, como madeira de “Planos de Manejo Sustentáveis.”
Para a ONG, doze pontos na região de Santarém
são suspeitos de atividade madeireira ilegal. O Greenpeace protocolou, no dia 13 de maio, uma denúncia junto ao Ministério Público Federal do Pará (MPF-PA),
Secretaria de Meio Ambiente do Estado do Pará (Sema) e Instituto Brasileiro de
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para apuração imediata
da situação destas doze áreas com suspeitas de extração ilegal, identificadas
como sendo de possível atividade madeireira ilegal ou descumprimento flagrante
da lei ambiental.
A região do rio Curuá-Una, entre Santarém, Prainha e Uruará é
apresentada na denúncia como “tradicional zona de exploração ilegal
de madeira nobres na Amazônia brasileira, apesar das várias operações do IBAMA
nos últimos anos e de terem destinado terras públicas para assentamentos da
reforma agrária."
Entre as empresas denunciadas está a Madesa (Madeireira Santarém Ltda.), que controla vastas áreas de terras públicas federais e assentamentos do INCRA.
Nesta sexta, 16 de maio, ativistas do Greenpeace ocuparam a madeireira Pampa Exportações Ltda, próximo a
Belém (PA), para protestar “contra a exploração ilegal e predatória de madeira
na Amazônia e o descontrole que impera no setor”. Faixas com as
mensagens: “Lavando madeira para fora”; “Sua madeira lavada a sério”; “Apoio:
governo brasileiro” e “Crime” foram espalhadas pelo local para expor a fragilidade
do sistema de controle de comércio de produtos florestais.
Para o Greenpeace, o atual sistema de controle do Estado do Pará não é
apenas falho, mas alimenta a degradação florestal e o desmatamento. Frequentemente,
em vez de conter o crime, ele é usado para ‘lavar’ madeira produzida de forma
predatória e ilegal que, mais tarde, será vendida a consumidores no Brasil e no
mundo como se fosse ‘legal’. Entre agosto de 2011 e julho de 2012, estima-se
que 78% das áreas com atividades madeireiras no Pará, maior produtor e
exportador de madeira da Amazônia, não tinham autorização de exploração.
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