domingo, 6 de outubro de 2013

Constituição e PMDB seguram reforma agrária

Carta de 1988 completa 25 anos de visão mercantil pró-fazendeiros. Obra do peemedemismo, que enfim recebe a líder ruralista Kátia Abreu

Por André Barrocal para a Carta Capital

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) é o principal sindicato dos fazendeiros. Desde 2008 está sob o comando da senadora Kátia Abreu, do Tocantins. Na quinta-feira 3, dois dias antes do prazo final para quem quer disputar eleição em 2014, Kátia trocou de partido. Deixou o PSD e agora pertence ao PMDB, do vice-presidente da República, dos presidentes da Câmara e do Senado e do ministro da Agricultura.

A mudança de ares da senadora coincide com as bodas de prata da atual Constituição. Os 25 anos completam-se neste sábado 5. Na promulgação, foi batizada de “cidadã”, graças a inéditos avanços sociais, como o voto dos analfabetos e a saúde pública gratuita para todos. Há um tema, no entanto, em que faltou cidadania: a reforma agrária. E o motivo pode ser entendido no recente casamento de Kátia Abreu com o PMDB.

A Constituição foi um atraso para os sem-terra – e portanto uma vitória para os fazendeiros - ao consagrar uma visão mercadológica sobre o assunto e estabelecer um procedimento engessado que dificulta e protela a reforma. Adotou inclusive dispostivos que a ditadura militar havia abandonado.

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