Hoje (20/4) atingidos por barragens, militantes de movimentos sociais, indígenas e ambientalistas, além de trabalhadores urbanos e de pastorais sociais realizaram protesto em 7 capitais e na capital federal contra a construção da usina Hidrelétrica de Belo Monte. Atingidos por barragens de Tocantins e Goiás se mobilizaram em Brasília.
Em Belém (PA), cerca de 500 agricultores, ribeirinhos e indígenas ocuparam a sede da Eletronorte. Participam do ato o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), o MST, a Via Campesina e o Comitê Metropolitano do Movimento Xingu Vivo Para Sempre, entre outras organizações. Em Altamira também houveram manifestações de indígenas e ribeirinhos contra a obra.
Em Brasília, cerca de 600 atingidos por barragens e agricultores organizados no MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens) e no MST, além de ativistas ambientais e de movimentos indígenas marcharam pela Esplanada dos Ministérios até a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). No último dia 12 de abril, os movimentos sociais já protestaram no local. Na oportunidade, esteve presente o diretor de Avatar, James Cameron, que se posicionou totalmente contrário à construção da barragem.
Em Porto Alegre (RS), os manifestantes realizaram um protesto em frente a Agergs (Agência Estadual de Serviços Públicos delegados ao RS), órgão onde funciona a Aneel no estado. Depois de serem recebidos e protocolarem um documento contrário à Usina eles seguiram em marcha até o Ministério Público Federal, onde encerraram o ato.
Em Belo Horizonte (MG), os protestos e panfletagens acontecem na Praça Sete. Organizam o ato integrantes do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), do Movimento Sem Terra e diversas organizações que integram a Assembléia Popular no estado. Além da ação na praça, acontecerá um debate sobre a obra durante o Congresso Internacional de Pedagogia, que acontece em Belo Horizonte, com mais de 5 mil estudantes de diversos países.
Os atos em Florianópolis (SC) acontecem nesta tarde. Integrantes da Via Campesina, sindicatos de trabalhadores do setor elétrico e demais trabalhadores urbanos de Santa Catarina farão uma audiência pública na Assembléia Legislativa do estado e depois seguirão em marcha para um ato simbólico em frente à sede da Eletrobrás no estado.
Em Fortaleza (CE), os atingidos por barragens uniram-se à luta dos servidores públicos do estado para a luta contra Belo Monte. Cerca de 1000 manifestantes estiveram reunidos na Praça do Ferreira. Além da luta pela garantia dos direitos trabalhistas dos servidores, os manifestantes fazem panfletagens contra a barragem nas ruas do centro da capital.
Panfletagens também acontecem nas cidades de Porto Velho (RO) e em Campina Grande (PB). Nestas duas cidades também estão previstos atos nas universidades federais, com a adesão de estudantes para a luta contra a barragem.
Se construída, a barragem atingirá aproximadamente 24 aldeias dos povos indígenas localizados na região do Xingu. Desde a década de 80, quando o projeto inicial da obra foi lançado pelo governo da ditadura militar, a população local vem lutando e resistindo contra esse mega-empreendimento.
“Agora, não é só o Pará que luta contra Belo Monte. A sociedade entendeu que Belo Monte significa a violação da nossa soberania, enquanto nação. Significa a exploração dos nossos bens naturais pelas multinacionais. Nós não vamos mais permitir isso”, afirmou Rogério Hohn, da coordenação do MAB.
Fonte: MAB
Assinar:
Postar comentários (Atom)