O anúncio de greve dos servidores do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) surpreendeu o governo federal. A categoria se antecipou à reunião marcada para o próximo dia 5 de maio entre representantes do Incra e diretores do Ministério do Planejamento. Neste dia, seria dada continuidade às negociações e debatida a pauta de reivindicações dos servidores que anunciaram o início da paralisação nacional para esta quinta-feira (29).
Em Goiás e na Bahia, por exemplo, os servidores já interromperam as atividades. De acordo com a diretora do Departamento de Relações de Trabalho do Ministério do Planejamento, Marcela Tapajós, os servidores se precipitaram.
“De fato foi uma surpresa, pois já tínhamos data para continuar as negociações”. Para a presidente da Associação dos Servidores do Incra na Bahia, Francilda Lima, a decisão de anunciar a greve foi correta. “Muitas reuniões já foram desmarcadas e a paralisação mostra que estamos dispostos a lutar e forçar o ministério para que agora a negociação realmente aconteça”.
Os funcionários do Incra reivindicam aumento de salário, equiparação salarial entre os analistas em reforma e desenvolvimento agrário e agrônomos, além da contratação de novos servidores.
Para o diretor da Confederação Nacional das Associações de Servidores do Incra, José Vaz Parente, a falta de recursos humanos dificulta o avanço da reforma agrária. “A grande maioria dos programas de habitação não funciona porque não há capacidade operacional e administrativa”.
Com a paralisação ficam suspensos todos os serviços do Incra, como assentamento de famílias, regularização fundiária, emissão do certificado de imóveis rurais, assistência técnica e regularização de áreas quilombolas.
Fonte: Agência Brasil
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