Entre as resoluções do Congresso foi votado o plano de lutas e reivindicações que vai nortear as ações da Condsef para o próximo período, inclusive a Campanha Salarial de 2014 que deverá novamente ser do conjunto do funcionalismo público federal. Em janeiro, servidores devem lançar a Campanha Salarial com atividades nos estados. Em fevereiro, será realizada uma grande marcha à Brasília para entrega da pauta conjunta da reivindicações e lançamento nacional da campanha salarial e de valorização do serviço público. Para a primeira semana de março, foi aprovado, quase que consensualmente em plenário, o indicativo de greve.
Nos eixos da campanha salarial permanecem a luta por uma política salarial permanente; paridade entre ativos, aposentados e pensionistas; definição de data-base; regulamentação da negociação coletiva; diretrizes de plano de carreira; retirada de projetos no Congresso Nacional que prejudicam os trabalhadores públicos; além do cumprimento por parte do governo de acordos e protocolos de intenções firmados em processos de negociação.
“Os processos de negociação com o governo que este ano muito pouco ou nada avançaram foram um dos pontos mais debatidos. A plenária determinou que a Condsef siga insistindo no diálogo e negociação com o governo. No entanto, a Condsef deverá lutar por mudanças neste formato atual. O objetivo é buscar mudanças que assegurem uma dinâmica mais eficiente que não deixe os servidores à mercê das vontades do governo que, este ano, cancelou reuniões, adiou discussões e emperrou gravemente o processo de negociações em curso. Neste sentido, a busca pela regulamentação da negociação coletiva, com critérios e regras claras para o processo de diálogo entre servidores e governo, segue sendo uma das principais bandeiras de luta da categoria”, afirma a entidade em seu sítio.
CUT repudiada
Propostas de teses cutistas foram amplamente rejeitadas na Plenária Final, apesar da maior parte dos sindicatos filiados à Consdef serem também filiados à Central Única dos Trabalhadores. As teses dos grupos ligados às correntes petistas Articulação Sindical, Articulação de Esquerda e O Trabalho chegaram a propor resoluções como “Campanha pela anulação da Açã Penal 470”, que resultou na prisão dos petistas José Dirceu, José Genoíno e Delúbio Soares; uma campanha pela “revogação das reformas da previdência de FHC e Lula” em detrimento da campanha realizada pelo conjunto das entidades do funcionalismo público que é “Reforma da Previdência comprada, tem que se anulada” e até a retirada da Condsef do Espaço de Unidade de Ação, todas propostas amplamente rejeitadas pela plenária.
A plenária final co Congresso aprovou ainda entre as suas moções , a partir da propositura do grupo “A CUT pode mais”, repúdio à direção da CUT pelo convite de emprego feito ao condenado no julgamento do "mensalação", Delúbio Soares (PT).