O texto Salve a Internet
me ajudou muito a decidir que futuro eu daria para o meu blog, que se encontrava
parado. Não por motivos de prisão, como no caso do autor do texto, mas por
total falta de estímulo.
Quando eu criei o Língua
Ferina em 2007, havia muito mais acessos e parece que as pessoas em geral, se
interessavam mais pelos assuntos que nele eu abordo. A cada mês, mais e mais
pessoas liam, chegando ao auge em 2010-2011.
Estes acessos me estimulavam
a divulgar notícias, análises e textos meus e de outras pessoas, pois eu tinha
a sensação que estava sendo útil para divulgar algo a favor das concepções que
defendo, ser solidário com causas, divulgar assuntos que são pouco pautados,
enfim, seria uma ferramenta de mídia nova extremamente útil de divulgação.
Depois desse perído, cada vez menos
pessoas passaram a acessar o blog, chegando a semanas em que as postagens antigas eram
mais lidas do que as novas. Fui aconselhado pela amiga Marjory Martins a entrar nas redes
sociais para divulgar as postagens, pois lá "eu ia bombar”. Segundo ela, nas redes eu
poderia juntar meus textos com minha ironia com mais facilidade do que blog,
além de melhorar a interação e ter e dar acesso a mais pessoas e informações.
E de fato, no início ajudou
muito, especialmente com o twitter, que acabou me aproximando de outros blogs e
conhecendo muita gente que até hoje só interajo virtualmente e outras que só
vim a conhecer pessoalmente em função deste conhecimento virtual prévio. Neste
momento, vieram inclusive ofertas para eu colocar anúncios comerciais no blog e
receber dinheiro a partir do número de acessos, o que já havia decidido desde o
início que não faria e não fiz, até em respeito às pessoas autoras dos textos
que lá divulgo, pois estaria “faturando” em cima do trabalho dos outros.
Agora o blog vive esta fase
que está bem descrita no texto que do blogueiro iraniano:
Ao mesmo tempo, essas mesmas redes sociais tendem a tratar
textos e imagens nativos, ou seja, diretamente publicados em suas plataformas,
com muito mais respeito do que aqueles hospedados em páginas externas. Um amigo
fotógrafo me explicou que suas imagens publicadas diretamente no Facebook
recebem um grande número de “curtidas”, o que significa que elas aparecem mais
para outros usuários. Por outro lado, quando posta um link para uma
mesma imagem hospedada fora do Facebook – em seu enferrujado blog, por exemplo –
ela é muito menos visível no Facebook e recebe um número muito menor de
“curtidas”. O ciclo reforça a si mesmo.
Ajudou muito na
reflexão, a parte final do texto, sobre o que fazer. Estou voltando à ativa,
justamente com o texto de Hossein Derakhshan.
Até a leitura dele, eu estava só
esperando o momento para escrever a postagem de encerramento das atividades do
Língua Ferina. Mas já que meu blog é de temas que tentam remar contra a
corrente, vou fazer isso também com a própria ferramenta, mantendo-a.
*Adaptado do correio
eletrônico enviado por mim em resposta ao amigo Sérgio Martins.