A composição do Congresso Nacional a partir de 1° de janeiro de 2015 mostra um quadro de pulverização partidária principalmente na Câmara dos Deputados. A perda de espaço da maior parte dos grandes partidos e dos partidos recém-criados também foram as marcas deste pleito.
O Partido dos Trabalhadores
elege a sua menor bancada desde quando chegou ao governo central em 2002,
quando elegeu 91 deputados. Em 2014, foram eleitos 70 deputados, 18 a menos do
que em 2010. Apesar da perda significativa, a maior em números absolutos, o
partido ainda permanece como o maior na Câmara, seguido pelo PMDB, que perdeu
12 vagas na Câmara se comparado à eleição de 2010.
Com a terceira maior
bancada, o PSDB elegeu 55 deputados, 2 a mais do que a bancada eleita em 2010,
mas 11 a mais se a comparação for com o quadro dos atuais deputados do partido.
Assim sendo, das três maiores bancadas, os tucanos foram os únicos a crescer,
depois de perder 9 deputados nos últimos anos, principalmente para os partidos
recém-criados e de gradativamente diminuir de tamanho desde de que o PT chegou
ao governo federal em 2002.
Já o Democratas, partido
outrora considerado grande, mas que perdeu nos últimos anos 15 parlamentares
para os partidos recém-criados, elegeu apenas 22 deputados, 21 a menos do que
2010, 43 a menos do que 2006 e 62 a menos do que em 2002.
Os partidos recém-criados e
que esvaziaram parte do PSDB, DEM e PPS também não lograram crescimento nesta
eleição. PDS, Pros e Solidariedade
elegeram respectivamente 45, 20 e 22 deputados federais. Estes números são
menores do que as atuais bancadas destes partidos: PDS: 38; Pros: 11 e SD: 15.
Os novos partidos foram criados
após a Resolução do Tribunal Superior Eleitoral de 2007 que determinou que a vaga pertence ao partido, e não ao candidato, a
exceção dos partidos recém-criados, incorporações e fusões partidárias, principalmente.
Esta possibilitada foi usada para atrair estes novos partidos para a base
aliada do governo Dilma Rousseff, principalmente subtraindo deputado de
partidos ligados à oposição de direitas (PSDB, PPS e DEM) e partidos muito
pequenos, muitos deles ficando sem qualquer parlamentar.
PMN, PTdoB, PRP, PEN, PTC,
PHC, PRTB, PSDC, PTN e PSL elegeram ao todo em 2010, 17 deputados federais, mas ao longo do mandato, este setor de pequenos partidos foi se esvaziando, tanto que atualmente eles são apenas 9 deputados, quase a metade do número de eleitos quatro anos atrás. Já
no pleito de 2014, estes partidos elegeram juntos 22 deputados.
PSB e PPS, os dois maiores
partidos a apoiarem a candidatura de Marina Silva à presidência cresceram. O
PSB sai dos atuais 24 deputados para 34, mesmo número de eleitos em 2010. O PPS
sai dos 6 atuais deputados para 10, 2 a menos do que o número de eleitos em
2010.
Confira abaixo a evolução dos deputados eleitos nas últimas três legislaturas (2002, 2006, 2010), o número atual do Congresso e o número de eleitos em 2014 (clique no quadro para ampliá-lo):
Confira abaixo a evolução dos deputados eleitos nas últimas três legislaturas (2002, 2006, 2010), o número atual do Congresso e o número de eleitos em 2014 (clique no quadro para ampliá-lo):