Segundo a pesquisa Ibope
que acaba de sair, Dilma Rousseff (PT) teria
34% no primeiro turno, contra 29% e 19% de Marina Silva (PSB) e Aécio Neves
(PSDB), respectivamente. Num segundo turno, Dilma vai a 36% contra 45% de Marina
Silva,num possível enfrentamento entre as duas. Isso mesmo, Dilma sairia de 34%
no primeiro turno e iria, apenas, para 36% no segundo turno e seria batida por
Marina.
Mais do que o crescimento de
Marina, isso pode revelar (não confio muito em pesquisas eleitorais) uma alta taxa de
rejeição da atual presidente, o que complica muito as coisas para ela. A
própria pesquisa aponta que Dilma é a mais rejeitada entre os candidatos,
chegando a 36%. Mas, este crescimento de
apenas 2% entre os dois turnos pode significar que as coisas estão piores do que a taxa de rejeição revela.
Outro dado interessante é
que esta percentagem de 34-36% era o que o PT costumava ter nas eleições que
antecederam 2002, quando o partido deu uma “virada ” para vencer, com a "Carta aos Brasileiros" e a aliança com José Alencar. Ou seja,
conforme a pesquisa, o PT voltaria a ter a mesma densidade eleitoral que tinha
antes de ser governo, com a diferença de que o eleitorado “tradicional” do
partido parece que realmente migrou para Marina e o PT está com o eleitorado do
chamado “lulismo” (votos dos trabalhadores mais precarizados e dependentes dos
programas sociais do governo).
Se isso se confirmar (ainda
é preciso vê as estratificações da pesquisa por renda e região), cai por terra
o esquema montado pelo chamado Campo Majoritário do PT que fez todo tipo de
aliança eleitoral e flexões políticas e econômicas e conduziu o partido à
direita dos anos noventa pra cá.
Por isso, setores do partido já apostam numa “guinada à esquerda” de Dilma em busca deste eleitorado “perdido”, o que incluiria abrir fogo nas “fraquezas conservadoras de Marina”. O problema desta tática vai ser encontrar em Marina algo que os petistas já não fazem de maneira até piorada.
Por isso, setores do partido já apostam numa “guinada à esquerda” de Dilma em busca deste eleitorado “perdido”, o que incluiria abrir fogo nas “fraquezas conservadoras de Marina”. O problema desta tática vai ser encontrar em Marina algo que os petistas já não fazem de maneira até piorada.