Por: Renata Giraldi
As
autoridades da Venezuela fizeram uma nova inspeção no fim de semana na região
onde houve denúncias de massacre contra os indígenas da etnia yanomami, a 20
quilômetros da fronteira com o Brasil. O embaixador da Venezuela no Brasil,
Maximilien Sánchez Arveláiz, disse hoje (10) que a última fiscalização
confirmou que “não houve agressões” nem ameaças aos indígenas. Na semana
passada, o governo da Venezuela havia divulgado a mesma informação.
“Confirmou-se
que não ocorreu nada. Acredito que está tudo resolvido e que não tem mais nada
a se discutir. É um grande alívio”, disse o embaixador, que conversou sobre o
assunto com representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai) e do
Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty.
Organizações
não governamentais (ONGs) informaram que garimpeiros brasileiros atacaram um
grupo de 80 índios yanomami provocando três mortes. Após uma série de
investigações sobre a denúncia de massacre, a ministra venezuelana do Poder
Popular para os Povos Indígenas, Nicia Maldonado, responsável pela apuração do
caso, disse que não havia indícios que confirmassem o episódio.
O
crime, segundo denúncias das ONGs, ocorreu no Sul da Venezuela. Há cerca de
duas semanas, o embaixador do Brasil na Venezuela, José Antonio Marcondes de
Carvalho, encaminhou um pedido formal para que as autoridades verificassem o
teor e a veracidade das notícias sobre o assassinato de índios yanomami por
garimpeiros brasileiros.
De
acordo com a Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia (Coiam), o
massacre ocorreu em julho deste ano, na fronteira do Brasil com a Venezuela. O
Coiam divulgou um documento baseado no relato de três indígenas que dizem ter
sobrevivido ao massacre. No relato, segundo a organização, os indígenas
contaram que garimpeiros cercaram a casa coletiva, dispararam contra eles e
atearam fogo à casa.
Fonte: Agência Brasil – Edição: Lílian
Beraldo