Em julho de 2012, o Sistema
de Alerta de Desmatamento (SAD) detectou 139,5 quilômetros quadrados de
desmatamento na Amazônia Legal. Isso representou um aumento de 50% em relação a
julho de 2011 quando o desmatamento somou 93,5 quilômetros quadrados. Foi
possível monitorar 80% do território, um valor semelhante a julho de 2011
(82%). Os números são do Imazon e fazem parte do Boletim Transparência
Florestal/Amazônia (julho/2012).
Mesmo com este crescimento,
o desmatamento acumulado no período de agosto de 2011 a julho de 2012 é 36%
menor em relação ao período anterior
(agosto de 2010 a julho de 2011) quando o desmatamento somou 1.628
quilômetros quadrados.
Em julho de 2012, a grande
maioria (83%) do desmatamento ocorreu no Pará e, em particular, na área de
influência da BR 163 (Oeste do Pará), onde recentemente o governo federal
reduziu inúmeras unidades conservação por meio de medida provisória para facilitar o licenciamento de hidrelétricas previstas na região do rio Tapajós. Em seguida
aparece o Mato Grosso com 10%. O restante (7%) ocorreu no em Rondônia (4%)
e Amazonas (3%).
Pouco mais da metade (53%)
do desmatamento ocorreu em áreas privadas, posses ou terras devolutas, mas
chama atenção ainda que 30% da área
desmatada ocorreu no interior de unidades de conservação, áreas em tese, ambientalmente
protegidas.
Dos 41,5 quilômetros quadrados desmatados em unidades de conservação, 39,1 quilômetros quadrados ocorrem em 5 unidades de conservação da região do vale do Tapajós e Jamanxim, sendo que a Floresta Nacional de Altamira teve 25,6 quilômetros quadrados de sua vegetação suprimida, situação igual a 11 quilômetros quadrados do interior da Floresta Nacional do Jamanxim.
Dos 41,5 quilômetros quadrados desmatados em unidades de conservação, 39,1 quilômetros quadrados ocorrem em 5 unidades de conservação da região do vale do Tapajós e Jamanxim, sendo que a Floresta Nacional de Altamira teve 25,6 quilômetros quadrados de sua vegetação suprimida, situação igual a 11 quilômetros quadrados do interior da Floresta Nacional do Jamanxim.
Os assentamentos de “reforma
agrária” responderam em conjunto por 16% da área desmatada. Dos dez primeiros
projetos com maiores áreas desmatadas, 7 são da região Oeste do Pará e 4 quatro
são Projetos de Desenvolvimento Sustentável (PDS), modalidade em tese,
ambientalmente diferenciados dos Projetos de Assentamentos (PAs) tradicionais.
Observação: clique nos gráficos e figuras para ampliá-los.