terça-feira, 11 de setembro de 2012

BR-163, Pará: Desmatamento em região com Unidades de Conservação reduzidas por Dilma dispara


Em julho de 2012, o Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) detectou 139,5 quilômetros quadrados de desmatamento na Amazônia Legal. Isso representou um aumento de 50% em relação a julho de 2011 quando o desmatamento somou 93,5 quilômetros quadrados. Foi possível monitorar 80% do território, um valor semelhante a julho de 2011 (82%). Os números são do Imazon e fazem parte do Boletim Transparência Florestal/Amazônia (julho/2012).


Mesmo com este crescimento, o desmatamento acumulado no período de agosto de 2011 a julho de 2012 é 36% menor em relação  ao período anterior (agosto de 2010 a julho de 2011) quando o desmatamento somou 1.628 quilômetros quadrados.

Em julho de 2012, a grande maioria (83%) do desmatamento ocorreu no Pará e, em particular, na área de influência da BR 163 (Oeste do Pará), onde recentemente o governo federal reduziu inúmeras unidades conservação por meio de medida provisória para facilitar o licenciamento de hidrelétricas previstas na região do rio Tapajós. Em seguida aparece o Mato Grosso com 10%. O restante (7%) ocorreu no em Rondônia (4%) e Amazonas (3%).


Pouco mais da metade (53%) do desmatamento ocorreu em áreas privadas, posses ou terras devolutas, mas chama atenção  ainda que 30% da área desmatada ocorreu no interior de unidades de conservação, áreas em tese, ambientalmente protegidas.



Dos 41,5 quilômetros quadrados desmatados em unidades de conservação, 39,1 quilômetros quadrados ocorrem em 5 unidades de conservação da região do vale do Tapajós e Jamanxim, sendo que a Floresta Nacional de Altamira teve 25,6 quilômetros quadrados de sua vegetação suprimida, situação igual a 11 quilômetros quadrados do interior da Floresta Nacional do Jamanxim.

Os assentamentos de “reforma agrária” responderam em conjunto por 16% da área desmatada. Dos dez primeiros projetos com maiores áreas desmatadas, 7 são da região Oeste do Pará e 4 quatro são Projetos de Desenvolvimento Sustentável (PDS), modalidade em tese, ambientalmente diferenciados dos Projetos de Assentamentos (PAs) tradicionais.



Observação: clique nos gráficos e figuras para ampliá-los.
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