Cravada na Amazônia, a Agropalma, maior produtora
de óleo de palma do país, planeja investir R$ 300 milhões para construir sua
sexta usina de extração no Pará e erguer uma nova fábrica de beneficiamento do
produto – a segunda da empresa e a primeira no Sudeste, na tentativa de
facilitar a logística de distribuição tendo em vista seus maiores clientes.
O aporte consolida a expansão do cultivo de palma
no Norte do país, num movimento que já atraiu “forasteiros” como Vale,
Petrobras e a americana Archer Daniels Midland (ADM) e que promete ser uma
alternativa econômica sustentável para a região. Até 2015, essas quatro
empresas elevarão para 137 mil hectares o plantio de palma em áreas hoje
degradadas da floresta.
Segundo Marcello Brito, diretor comercial da
Agropalma, a intenção é alavancar a capacidade de produção para atender à
demanda nacional e internacional. Desde 2005, a palma ultrapassou a soja como o
óleo vegetal mais comercializado no mundo. Utilizado sobretudo em alimentos e
cosméticos e com forte tradição na Ásia, o óleo de palma (conhecido como dendê
no Brasil) foi responsável por quase 30% de todos os óleos vegetais
comercializados no ano passado. Na última década, ganhou um impulso extra à
medida que a produção de biocombustível tirou mais soja do mercado global.
Com o investimento, que contará com um aporte de R$
38 milhões do BNDES para financiamento de equipamentos para a usina, a
Agropalma deverá elevar sua produção das atuais 200 toneladas de cachos
processados por hora para 260 toneladas por hora. Desse volume sairão cerca de
165 mil toneladas de óleo de palma – obtido através do esmagamento da polpa, da
cor alaranjada característica do dendê. E outras 16 mil toneladas do chamado
óleo de palmiste, resultado do esmagamento do caroço branco da palma, muito
consumido na indústria de cosméticos. Metade de tudo será vendido no país; a outra
seguirá para o exterior, como manda a lei de mercado do melhor pagador
Confira tudo na matéria do Valor
e reproduzido no sítio dos Amigos da Terra clicando AQUI.