segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Greenpeace flagra grande extração ilegal de madeira no entorno da Resex Verde para Sempre


A extração ilegal de madeira em terras da União na Amazônia prossegue, mesmo com o recente anúncio do governo de que manterá vigilância permanente nas áreas de proteção mais ameaçadas. Em sobrevoo no último dia 3 de outubro, a ONG Greenpeace flagrou e documentou com fotos extração ilegal de madeira na área de amortecimento da Reserva Extrativista (Resex) Verde para Sempre, a maior do país, entre os rios Xingu e Amazonas, no município de Porto de Moz, no Pará. De acordo com o Greenpeace, as terras pertencem à União e chegaram a ser alvo de um projeto de assentamento do Incra que foi barrado pela Justiça Federal, justamente por ferir questões ambientais.
O Greenpeace ingressa nesta sexta-feira com pedido no Ministério Público Federal (MPF) do Pará para que a polícia investigue a exploração ilegal de madeira na área e já encaminhou comunicado ao Ministério do Meio Ambiente. No sobrevoo, o Greenpeace identificou clareiras de corte ilegal de árvores e documentou uma balsa gigantesca fazendo o transporte de toras pelo Rio Jauruçu, que corta a reserva. De acordo com a ONG, o sistema de licenciamento da Secretaria de Meio Ambiente do Pará não registra autorização de exploração florestal na área mapeada.
— Não é uma operação de extração pequena. É enorme, com intensa movimentação de caminhões, estradas abertas e clareiras onde os cortes de árvores já foram feitos. Avistamos uma balsa no rio e outras nove paradas num porto na cabeceira do rio utilizadas para o transporte da madeira cortada — conta Danicley Aguiar, integrante do Greenpeace.
Fonte: O Globo
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