sábado, 20 de outubro de 2012

Eleições nos grandes municípios: PT é o grande campeão, mas enfrenta crise em símbolos.


O 2° turno nas eleições municipais no próximo dia 28 de outubro ocorrerá em cinquenta grandes municípios do país (mais de 200 mil eleitores), destes, 17 capitais. Dos 83 municípios com maior número de eleitores, 33 definiram seus prefeitos no primeiro turno.
A análise do quadro político nestes municípios se torna fundamental não só pela maior densidade eleitoral, como também pelo peso econômico destes centros e principalmente por ajudar a desenhar tendências que podem apontar cenários para as eleições presidenciais em 2014.

A perda de espaço dos partidos da oposição de direita ao governo federal (PSDB, DEM e PPS), a sinalização de que partidos da base aliada podem sair com candidaturas próprias em 2014 (PMDB e PSB) e a discussão se houve avançou ou recuo do PT nestes municípios foi pauta de diversos analistas políticos dos grandes meios nos últimos dias.

No primeiro turno, o PT não levou em centros importantes, principalmente algumas capitais, onde exercia grande influência no passado recente, e candidatos de outros partidos, alguns aliados outros adversários do governo federal, venceram o pleito. É o caso, por exemplo, de Aracaju, um dos raros sucessos do Democratas, que derrotou a candidatura do PSB, apoiado pelo PT e pelo governador Marcelo Deda. Em Porto Alegre, onde o PT governou por 16 anos (1989-2005), o partido ficou em terceiro colocado, perdendo para o PDT e PCdoB, situação igual a Recife, onde o diretório municipal sofreu intervenção nacional para impor a candidatura do ex-ministro  Humberto Costa, e o PT acabou perdendo a prefeitura em que governava há 8 anos para o PSB e ficando atrás do PSDB.

Em Belo Horizonte, os petistas perderam para o aliado PSB, que foi apoiado pelo PSDB. O PT ficou mal localizado ainda em Vitória (3ª colocação); Belém (7ª); São Luiz (4ª); Campo Grande (4ª); Natal (3ª); Porto Velho (5ª) e Macapá (3ª). Chama atenção em alguns casos, a derrota de petistas históricos em parte destas capitais como é o caso de Belo Horizonte (ex-ministro Patrus Ananias), Vitória (ex-ministra Irany Lopes) e Porto Velho (senadora Fátima Cleide).Fazendo parte de coligações, o PT perdeu ainda em Florianópolis (com o PCdoB) e em Maceió (com PDT).

Nas grandes capitais, o PT venceu no primeiro turno apenas em Goiânia, mas disputará segundo turno em São Paulo e Fortaleza, onde dois candidatos apresentados como “postes”  possuem grandes chances de vitória, com grande simbolismo, por derrotar os tucanos na maior cidade do país (São Paulo) e vencer em um dos núcleos de "aliados rebeldes" (Fortaleza).  O PT participou da coligação que elegeu os prefeitos do Rio de Janeiro (PMDB) e vai ao segundo turno com candidaturas próprias em João Pessoa, Salvador, Rio Branco e Cuiabá.  Em coligações, o PT disputa o segundo turno em Manaus (com o PCdoB) e Curitiba (com o PDT).

Nos demais municípios interioranos com mais de 200 mil eleitores, o PT venceu em 07 no primeiro turno (04 no estado de São Paulo; 01 em Minas Gerais; 01 no Rio Grande do Sul e 01 em Goiás) e vai ao segundo turno com candidaturas próprias em outros 17 municípios deste tipo (07 no estado de São Paulo; 02 no estado do Rio de Janeiro; 03 em Minas Gerais; 03 no Paraná; 01 no Rio Grande do Sul e 01 na Bahia).

O PT é o partido que mais elegeu prefeitos neste tipo de município no primeiro turno (8) e que mais candidatos têm no segundo turno (22), afora algumas coligações da qual faz parte e que venceram no primeiro turno ou que estão no segundo turno.

O seu maior adversário, o PSDB, elegeu 06 candidatos no primeiro turno e vai ao segundo turno em outros 17. O PSB levou 05 prefeituras em primeiro turno nos municípios com mais de 200 mil eleitores e disputa em outros 6. O PMDB, elegeu 4 prefeitos no primeiro turno neste tipo de município e disputa a prefeitura em segundo turno em outros 14.
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