Morreu nesta segunda-feira, 1° de outubro, aos 95
anos, Eric Hobsbawm, considerado um dos maiores historiadores do século
20. O jornal britânico Guardian disse que a família
confirmou que Hobsbawn sofria longamente de pneumonia.
Segundo a filha do escritor marxista, Julia
Hobsbawm, ele morreu no começo da manhã de segunda no hospital Royal Free
de Londres, onde estava internado, disse a Efe. Entre suas obras mais
importantes estão "História do século 20, 1914-1991" e
"Guerra e paz no século 21".
É dele também a série composta pelos
livros "A era das revoluções", "A era do capital",
"A era dos impérios" e "Era dos extremos". Seu último
livro, "Como mudar o mundo", uma coleção de ensaios, foi publicado no
ano passado 2011.
A vivência de Hobsbawm como aluno durante a
década de 1930 na Alemanha ajudou a consolidar suas visões de esquerda. Em
1936, na Inglaterra, ele entrou para o Partido Comunista, do qual foi
integrante durante décadas, apesar de ter se desiludido com a União
Soviética.
Hobsbawm publicou o primeiro de três livros
cobrindo o "longo século 19" em 1962, em que abrange o período
1789-1914. No segundo volume, "Era dos extremos", tratou do período
até 1991. Hobsbawn nasceu na Alexandria, no Egito, em 1917, filho de pais
judeus. Ele cresceu em Viena e em Berlim, mudando-se para Londres em 1933,
mesmo ano em que Adolf Hitler chegou ao poder na Alemanha. O historiador deixa
a mulher, três filhos, sete netos e um bisneto.