quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

“Novela” do concurso do Incra pode chegar ao fim


A novela do concurso público do Incra que já se arrasta há três anos caminha finalmente para o fim. Nesta quarta-feira, 13 de fevereiro, o Ministério do Planejamento fez publicar no Diário Oficial da União a portaria que autoriza a nomeação de 400 candidatos aprovados no concurso que foi autorizado em dezembro de 2009. Com a decisão, até 400 candidatos aprovados podem tomar posse a partir da nomeação a ser feita pela presidência do Incra.

A Portaria n° 31/2013 do MPOG autoriza a nomeação de 136 analistas em reforma e desenvolvimento agrário, 59 técnicos em reforma e desenvolvimento agrário, 133 analistas administrativos e 72 engenheiros agrônomos. A maior parte das vagas concentram-se nas Superintendências Regionais do Incra na região norte.

Previsto para acontecer em 13 de junho de 2010, a prova nacional do concurso do Incra apresentou sérios problemas de organização em Santarém, Marabá, Belém e Natal. Em vários locais, a prova nem chegou a acontecer. Relembre a notícia AQUI e AQUI.

O Ministério Público Federal no Pará e no Rio Grande do Norte entraram com ações judiciais nas quais pedia a suspensão do concurso, o que acabou ocorrendo em julho de 2010.

Em junho de 2011, enquanto o concurso estava suspendo judicialmente, o Incra prorrogou o certame por mais um ano. Em setembro do mesmo ano, um acordo judicial entre o MPF e Advocacia Geral da União possibilitou a realização de novas provas para todos os candidatos prejudicados e a nomeação de 105 cargos para locais onde não houve problemas.

Mesmo sem pendências judiciais, a maior parte dos aprovados não foi imediatamente nomeada, pois, em agosto de 2011, o governo federal havia tomado uma série de medidas de “prevenção à crise”, entre elas a determinação governamental de suspensão de nomeações de aprovados em concursos pelo governo federal. Para evitar que o concurso expirasse,  o Incra prorrogou a sua validade por um ano mais uma vez. 

Outro motivo para o adiamento seria a decisão do governo de implantar o regime de Previdência Complementar do Servidor Público Federal, a Funpresp-Exe para os servidores empossados a partir de 04 de fevereiro de 2013.

Candidatos aprovados e não nomeados tiveram que recorrer à justiça para assegurar à posse.  Durante a longa novela, protestos e documentos foram produzidos numa longa luta pessoal e coletiva desses futuros servidores. 
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