Correio Braziliense:
Cinqüenta e três peritos federais agrários que ocupam cargos de chefia ou assessoria no Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) prometem colocar seus cargos à disposição nesta segunda-feira (26). O pedido de exoneração coletiva é um protesto contra a recusa do governo federal em aceitar as reivindicações salariais da categoria.
Segundo o presidente do Sindicato Nacional dos Peritos Federais Agrários (SindPFA), parte dos profissionais já entregou o pedido de exoneração ao longo das últimas duas semanas. A principal reivindicação dos peritos do Incra é a equiparação salarial com os fiscais agropecuários do Ministério da Agricultura. Segundo Pereira, até o ano de 2000, as duas carreiras ganhavam salários iguais. Hoje, garante o sindicalista, um servidor do Incra recebe cerca de 40% do que ganha um profissional do ministério
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UOL:
Para forçar a negociação, o sindicato convocou os peritos federais agrários de todo o país a voltarem a paralisar suas atividades a partir da próxima terça-feira (27). Se acontecer, a greve se estenderá, inicialmente, até quinta-feira (29). A categoria já fez várias paralisações nacionais. A última delas ocorreu entre os dias 20 e 22 de agosto deste ano.
De acordo com o sindicalista, trabalhos administrativos e viagens a campo foram interrompidos durante as duas últimas paralisações, afetando a emissão dos laudos agronômicos necessários aos decretos de desapropriação de terras para fins de reforma agrária e na certificação de georreferenciamento de imóveis rurais.
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Canal Rural:
A ação desses profissionais, segundo o SindPFA, é resultado da intransigência do governo federal, que persiste na proposta já amplamente rejeitada pela categoria em 2012, mesmo após a realização de quatro reuniões com a pasta só este ano. A realidade não se modificou com o envolvimento do presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Carlos Guedes, nem do Ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, que teve uma agenda específica com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, para tratar sobre a carreira.
– Não há negociação; há imposição por parte do governo – diz Ricardo Araújo, diretor presidente do SindPFA.
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Brasil de Fato:
Entre as reivindicações dos peritos do Incra está a isonomia com os Fiscais Agropecuários do Ministério da Agricultura. Eles tiveram origem comum no serviço público e tinham salários idênticos. Em 2000, a categoria dos PFAs foi secundarizada pelo governo e hoje recebe cerca de 40% do salário de um Fiscal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Segundo o sindicato, os peritos também não têm reajuste desde 2010 e amargam o pior salário entre as chamadas Carreiras de Estado, que exercem atribuições relacionadas à expressão do Poder Estatal e que só podem ser feitas por servidores públicos.