Apontada
como a figura central no governo Dilma Rousseff a promover uma série de ataques aos
direitos indígenas, a ministra da Casa Civil, Gleise Hoffmann (PT), tem um irmão
empregado na Confederação Nacional da Agricultura, comandada pela senadora
Kátia Abreu (PDS-TO).
Juliano
Hoffmann é gerente de projetos no Instituto CNA que é responsável por elaborar estudos
e pesquisas ligados ao agronegócio, inclusive "Relatórios Estratégicos de Inteligência e Monitoramento". Além disto, o sítio divulga notícias ligadas aos ruralistas, entre elas a ida da ministra Gleise Hoffmann ao Congresso Nacional para explicar a demarcação de terras indígenas a partir da pressão dos próprios ruralistas em maio. Veja AQUI.
Em seu twitter, Hoffmann se apresenta como “Supervisor Técnico da Plataforma
de Gestão Agropecuária (PGA) e CNACard”, além de Secretário Geral do CRMV-PR
(Conselho Regional de Medicina Veterinária do Paraná). Conforme seu currículo
na plataforma Lattes,
o vínculo do irmão da ministra com a CNA teve início em 2012, portanto quando Gleise já ocupava o cargo de ministra.
Briga entre os ruralistas
A aproximação de Dilma e Katia estaria promovendo uma “rebelião de base” na Frente Parlamentar da Agricultura (FPA), representação político-ideológica do setor ruralista no Congresso Nacional, que estaria se articulando para montar uma chapa contra a Senadora na próxima eleição da CNA, prevista para setembro, revela matéria do Valor.
Briga entre os ruralistas
A aproximação de Dilma e Katia estaria promovendo uma “rebelião de base” na Frente Parlamentar da Agricultura (FPA), representação político-ideológica do setor ruralista no Congresso Nacional, que estaria se articulando para montar uma chapa contra a Senadora na próxima eleição da CNA, prevista para setembro, revela matéria do Valor.
Entre
os “gestos de aproximação” da chefe dos ruralistas e a presidenta estaria até
um calendário distribuída pela CNA em todo o país com fotos de Dilma e Kátia.
Ainda segundo O Valor, o
colégio eleitoral da CNA é composto pelos presidentes das 26 federações de
agricultura estaduais mais a do Distrito Federal. Kátia tem domínio quase pleno
sobre as federações das regiões Norte e Nordeste, com base, segundo fontes, em
empréstimos aprovados pela diretoria da CNA. Os focos de maior rejeição se
concentram no Distrito Federal, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo
e, em menor grau, no Mato Grosso e Rio Grande do Sul. Mas é difícil achar algum
dirigente que critique abertamente a senadora.
“Um
episódio recente ajudou a acirrar os ânimos. No dia 14 de junho, os produtores
rurais, estimulados pelas federações e pela FPA, decidiram fazer uma
paralisação nacional no país para chamar a atenção para o conflito aberto que
têm com os índios e a Funai,
responsável pela demarcação de terras indígenas. A ideia era interditar as
rodovias, mas a CNA defendeu manifestações à margem das rodovias, sem
interdição, conforme defendia o Palácio do Planalto”, afirma o jornal.
O texto afima ainda que
a senadora entra agora na reta final para decidir se deixa ou não seu partido
rumo ao PMDB, para apoiar a reeleição de Dilma em 2014. A cúpula do PMDB considera
haver chances reais de atraí-la. Para tanto, falta uma costura com o PMDB de
Tocantins, onde o ex-governador Marcelo Miranda tem interesse em disputar o governo,
mas possui problemas na Justiça. Kátia seria candidata a governadora ou à
reeleição no Senado.