Por Guilherme Zocchio*
Divo Ferreira, principal acusado de ter realizado o disparo que matou o trabalhador rural Welbert Cabral Costa, foi preso na noite dessa segunda-feira, dia 2, após se entregar à delegacia da Polícia Civil em São Félix do Xingu, no sul do Pará (PA). Acompanhado de um advogado, o suspeito se apresentou às autoridades com um revólver calibre .38, mesma arma que teria sido usada para assassinar a vítima na portaria da Fazenda Vale do Triunfo, situada na zona rural da região. A área é de propriedade da Agropecuária Santa Bárbara, empresa ligada ao Grupo Opportunity, que tem entre os acionistas o banqueiro Daniel Dantas.
Divo Ferreira, principal acusado de ter realizado o disparo que matou o trabalhador rural Welbert Cabral Costa, foi preso na noite dessa segunda-feira, dia 2, após se entregar à delegacia da Polícia Civil em São Félix do Xingu, no sul do Pará (PA). Acompanhado de um advogado, o suspeito se apresentou às autoridades com um revólver calibre .38, mesma arma que teria sido usada para assassinar a vítima na portaria da Fazenda Vale do Triunfo, situada na zona rural da região. A área é de propriedade da Agropecuária Santa Bárbara, empresa ligada ao Grupo Opportunity, que tem entre os acionistas o banqueiro Daniel Dantas.
Para o delegado Lenildo
Mendes dos Santos, responsável por investigar o caso, Divo Ferreira se entregou
após as buscas e as investigações terem se intensificado. “Após perceber o
cerco da Polícia Civil se fechando, o foragido não aguentou a pressão e se
apresentou com o advogado”, afirma. O cúmplice do acusado de ter feito o
disparo, Maciel Nascimento, porém, continua foragido. A expectativa dos
policiais é de que ele seja detido nos próximos dias. Assim como Welbert, ambos
os suspeitos eram funcionários da Agropecuária Santa Bárbara. Os dois tinham
mandado de prisão expedido pela Justiça. Os policiais suspeitam ainda da
possibilidade de envolvimento no assassinato do trabalhador rural de
funcionários de alto escalão da Agropecuária Santa Bárbara. No início das
investigações, o delegado Lenildo referendou a hipótese. “Imaginamos que os
mandantes podem ser pessoas de alto escalão”, disse.
Welbert Cabral Costa estava desaparecido desde o dia 24 de julho, quando teria sido
assassinado depois de reclamar direitos trabalhistas em frente à Fazenda Vale
do Triunfo, onde trabalhara. Ele havia se afastado do serviço devido a um
acidente, e, segundo o depoimento de familiares da vítima à polícia, não teria
recebido um valor de R$ 18 mil referente a indenizações trabalhistas. O trabalhador
rural, naquele dia, teria ido à propriedade da Agropecuária Santa Bárbara para cobrar esse dinheiro. Com a
entrada barrada na porteira da área, após uma longa discussão, Divo Ferreira
teria aparecido na companhia de Maciel Nascimento, executado o trabalhador com
um tiro na nuca e, depois, tentado esconder o cadáver em meio ao matagal da
região. Segundo a empresa, Welbert estaria com contrato suspenso e recebendo a
remuneração pelo INSS, bem como já teria tido integralmente quitada qualquer
pendência financeira.