Executivos
da Camargo Corrêa vão dar detalhes sobre irregularidades em obras de estatais
do setor energético. Eles firmaram acordo de delação premiada com a Operação
Lava Jato na madrugada de sábado. As informações são do jornal Valor Econômico.
Segundo o jornal, alguns projetos que
devem aparecer nos depoimentos integram o PAC (Programa de Aceleração do
Crescimento), lançado no governo Lula. Entre as obras que podem ter sido alvo
de formação de cartel de empreiteiras estão as das usinas hidrelétricas de Belo
Monte, no Pará, e Jirau, em Rondônia.
Ainda de acordo com a publicação, no
ano passado, o TCU (Tribunal de Contas da União) iniciou uma auditoria para
investigar o repasse de 22,5 bilhões de reais do BNDES (Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social) para o consórcio Norte Energia SA,
responsável pela construção de Belo Monte.
Além das obras em hidrelétricas, os
executivos da empreiteira devem fornecer mais informações sobre contratos com a
Petrobras. Firmaram acordo de delação premiada o diretor-presidente da Camargo
Corrêa, Dalton Avancini, e o vice-presidente da empresa, Eduardo Hermelino
Leite.
A Camargo Corrêa afirmou ao Valor que
não participou das negociações para o acordo firmado com os dois executivos e
disse que continua “à disposição das autoridades”.
Fonte:
Revista Exame