Após a prisão do Sr. Barcelar
Guerreiro Júnior, vivemos outro cenário na política fundiária local. Através da
Operação Madeira Limpa da Polícia Federal para desmantelar uma quadrilha de
exploração ilegal de madeira, foi feita a prisão do então superintendente da
regional do INCRA no Oeste do Pará, ocorrida no dia 24 de agosto de 2015.
A notícia da prisão e exoneração de
Bacelar, e o escancaramento da máfia que dominava o órgão fundiário, trouxe a
promessa de novos ares para a política agrária no Oeste do Pará. Com a posse do
novo superintendente, Sr. Claudinei Chalito, estamos vendo a restruturação,
ainda que pequena, deste órgão sucateado e corrompido.
Uma das primeiras medidas de Chalito
foi o reestabelecimento da Ouvidoria Agrária Regional. Tal ação era cobrada
pelos movimentos sociais da região há anos. Em razão da atuação da nova gestão,
servidores e servidoras do INCRA-SR30 estão sendo ameaçados por fazendeiros,
políticos e madeireiros da região, que visam atender os interesses dos que
exploram madeira de forma ilegal nas áreas de assentamento, e que ameaçam e
perseguem trabalhadores rurais.
Nessa luta pela terra, considerando
que não deixaremos de cobrar nossos direitos, nós, organizações da sociedade
civil, defensores e defensoras de direitos humanos, nos solidarizamos com os
servidores e servidoras do INCRA que foram ameaçados em decorrência de seus
esforços e desempenho de suas funções.
Também apoiamos a permanência da atual
gestão do INCRA sob coordenação do Sr. Claudinei Chalito, para que os
compromissos com a reforma agrária sejam cumpridos.
Assinam:
Sindicato
dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares de Santarém;
Comissão
Pastoral da Terra Pará;
Movimento
dos Atingidos por Barragens;
Terra
de Direitos