quarta-feira, 6 de junho de 2012

Estudantes não são recebidos pelo MEC e tentativa de ocupação é reprimida pela polícia e condenada pela UNE



Pelo menos 3 mil estudantes de universidades em greve participaram da Marcha Unificada dos Servidores Públicos Federais realizada em Brasília, nesta terça-feira, 05 de junho. 

Cantando paródias e entoando palavras de ordem, caravanas de todo o país engrossaram e animaram o ato, representando também o grande movimento de greves estudantis que já chega a 31 Universidades Federais.

Denunciando o Reuni (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais) e o caráter privatizante do Novo Plano Nacional de Educação, a Assembleia Nacional de Estudantes – Livre (Anel) marchou exigindo “Expansão com 10% do PIB para a Educação já!”

Após contornar toda a Esplanada dos Ministérios e passar pela Praça dos Três Poderes, os estudantes pararam em frente ao MEC. Do carro de som coordenado pela Anel e ao redor dos jardins do ministério, estudantes exigiam ser recebidos pelo Ministro da Educação, Aluízio Mercadante.

Diante da negativa, os estudantes tentaram ocupar o ministério. Houve confronto com a polícia que usou de spray de pimenta e armas de choque que atingiram vários estudantes.



Durante o conflito, vidraças da portaria e janelas do primeiro andar foram quebradas.

Apesar da forte repressão, mais duas tentativas de ocupação do prédio ocorreram sem sucesso. Os estudantes decidiram dar início à Plenária Nacional para deliberar sobre a mobilização e formação do Comando Nacional de Greve Estudantil Unificado que deverá ser instalado no dia 18 de junho. Até lá, assembleias deverão eleger ou ratificar os seus representantes locais.

UNE
No que pese tenha comparecido com alguns diretores, a direção majoritária da UNE não jogou peso na marcha. Setores da chamada “Esquerda da UNE” estiveram presentes trazendo várias  delegações, especialmente os campos “Vamos à Luta” e “Levante da Juventude”. O carro de som puxado pela Anel abriu espaço para todos os DCEs informarem como estavam as mobilizações em cada universidade.

O presidente a UNE, Daniel Iliescu, também fez fala no carro da Anel, mas logo depois se apressou em condenar a tentativa de ocupação do MEC. Para a imprensa , Daniel teria dito que o ato era de uma iniciativa de uma minoria.

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