Pelo menos 3 mil estudantes
de universidades em greve participaram da Marcha Unificada dos Servidores
Públicos Federais realizada em Brasília, nesta terça-feira, 05 de junho.
Cantando paródias e entoando palavras de ordem, caravanas de todo o país
engrossaram e animaram o ato, representando também o grande movimento de greves
estudantis que já chega a 31 Universidades Federais.
Denunciando o Reuni (Programa de Apoio a Planos
de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais) e o caráter
privatizante do Novo Plano Nacional de Educação, a Assembleia Nacional de
Estudantes – Livre (Anel) marchou exigindo “Expansão com 10% do PIB para a
Educação já!”
Após contornar toda a Esplanada dos Ministérios e passar pela
Praça dos Três Poderes, os estudantes pararam em frente ao MEC. Do carro de som
coordenado pela Anel e ao redor dos jardins do ministério, estudantes exigiam
ser recebidos pelo Ministro da Educação, Aluízio Mercadante.
Diante da negativa, os estudantes tentaram ocupar o ministério. Houve
confronto com a polícia que usou de spray de pimenta e armas de choque que
atingiram vários estudantes.
Durante o conflito, vidraças da portaria e janelas
do primeiro andar foram quebradas.
Apesar da forte repressão, mais duas tentativas de ocupação do
prédio ocorreram sem sucesso. Os estudantes decidiram dar início à
Plenária Nacional para deliberar sobre a mobilização e formação do Comando
Nacional de Greve Estudantil Unificado que deverá ser instalado no dia 18 de
junho. Até lá, assembleias deverão eleger ou ratificar os seus representantes
locais.
UNE
No que pese tenha comparecido com alguns diretores, a direção
majoritária da UNE não jogou peso na marcha. Setores da chamada “Esquerda da
UNE” estiveram presentes trazendo várias delegações, especialmente os campos “Vamos à Luta”
e “Levante da Juventude”. O carro de som puxado pela Anel abriu espaço para
todos os DCEs informarem como estavam as mobilizações em cada universidade.
O presidente a UNE, Daniel Iliescu, também fez fala no carro da
Anel, mas logo depois se apressou em condenar a tentativa de ocupação do MEC. Para a imprensa ,
Daniel teria dito que o ato era de uma iniciativa de uma minoria.
O ato teve grande repercussão nos meios de comunicação.
Leia também: Nasce o Comando Nacional de Greve Estudantil : Marcha em Brasília unifica as greves estudantis em uma só!
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