As entidades representativas dos
servidores do INCRA, em São Paulo, encaminhando deliberação de assembleia geral
conjunta, realizada em 06/06/2012, vêm manifestar repúdio ao anúncio da
nomeação do Sr. Wellington Diniz Monteiro para o cargo de Superintendente
Regional, noticiado pela Agência Estado no dia 04/06/2012.
O anúncio da nomeação pela mídia
causou indignação nos servidores, tendo em vista o compromisso do Presidente do
INCRA em dar continuidade às ações de fortalecimento institucional, garantindo
a participação dos servidores.
Lembramos que entre os anos de 2003 e
2011, o INCRA/SP foi conduzido pelo Sr. Raimundo Pires Silva, cuja gestão foi
marcada pela falta de compromisso com os princípios da administração pública.
Exemplos disso foram a condenação por improbidade administrativa e a Operação
Desfalque da Polícia Federal, que levou à sua exoneração em junho de 2011.
No mesmo período, o Sr. Wellington
Diniz acompanhou de perto os desmandos e o clientelismo político do então
Superintendente. O mesmo foi alertado pelos servidores dos riscos à política
agrária no estado de São Paulo, tamanha a dimensão das irregularidades e
afrontas às normativas técnicas e legais.
Na Operação Desfalque, a Polícia
Federal prendeu dez pessoas, dentre elas, o Sr. José Rainha, que mantinha
relacionamento com a Administração anterior, e segundo noticiado, foi
responsável pela indicação do Sr. Wellington Diniz. Agora, os mesmos protagonistas
atuam para voltar a aparelhar o INCRA/SP, e devem ser denunciados e repudiados
pela utilização da reforma agrária para interesses escusos ou falsamente
ideológicos.
Assim, exigimos o fim da interinidade
do Superintendente Substituto Alberto Paulo Vásquez, servidor de carreira do
INCRA, e sua efetivação como Superintendente Regional. Reconhecemos seu
trabalho na condução do INCRA/SP dentro dos princípios da Administração Pública
e seu claro compromisso com a reconstrução regimental, técnica e democrática do
órgão.
Entendemos que a demora nesta
efetivação fragiliza a gestão da Superintendência, prejudicando a consolidação
das mudanças necessárias e a execução das políticas públicas de reforma agrária
e ordenamento fundiário em São Paulo.
Cobramos do Governo Federal a
coerência com o discurso de valorizar a gestão técnica, de combate às
ilegalidades e pelo fim do loteamento político dos órgãos públicos.
Os servidores estão em Assembleia
Permanente até o esclarecimento dos fatos, na expectativa da continuidade do
processo de resgate institucional do INCRA/SP.
Assinam: Associação dos Servidores do INCRA/SP
(Assincra/SP), Associação dos Engenheiros Agrônomos do INCRA/SP (Assinagro/SP),
Sindicato dos Servidores Federais no Estado de São Paulo (Sindsef/SP)