Os mais
de 1.200 servidores públicos presentes na plenária unitária da categoria
decidiram, por aclamação, que irão entrar em greve a partir do dia 11 de
junho. Esse foi um dos três encaminhamentos apresentados na plenária,
realizada após a marcha da categoria e que contou com a presença de mais de 15
mil pessoas.
Será um
processo de construção da greve que se inicia no dia 11 e se estenderá até o
dia 18 de junho. A paralisação ocorrerá em ritmos diferenciados, pois alguns
seguimentos do funcionalismo entrarão em greve até o dia 18 e outros já estão
em greve, como os docentes das Universidades Federais.
Na
plenária também foi aprovada a realização de uma nova ação unitária dos
servidores no dia 20 de junho, por ocasião da Rio+20. Além de realizar uma
atividade especifica dos servidores, a categoria participará de uma
manifestação realizada pela Cúpula dos Povos, com uma coluna destacada.
Será
constituído um Comando Nacional e Unitário de Greve e Mobilização para discutir
iniciativas de mobilização e ações para a greve.
“A
importância do processo do dia de hoje culmina com a construção de um processo
unitário: a greve. Não houve negociação e por isso vamos parar. Após dez anos,
essa greve será um marco histórico na retomada da luta dos servidores”,
destacou o membro da CSP-Conlutas Paulo Barela.
Reunião com MPGO não avança - A reunião entre os 13 representantes das entidades do funcionalismo público com o secretário executivo do Ministério do Planejamento, Walter Correia, não avançou. Segundo Paulo Barela, o representante do governo disse que o órgão só terá resposta no dia 31 de julho.
Além
disso, segundo o membro da CSP-Conlutas, Walter Correia apresentou um
retrocesso. “Segundo o secretário, o governo tem uma postura de não negociar
com quem está em greve”, disse.
Na
reunião as entidades cobraram um processo de negociação efetivo, pois não se
apresenta uma contraposta. Walter Correia reconheceu que tem que haver a
discussão do mérito. “Para ele é uma surpresa não ter essa discussão. Mas
reafirmou que o representante do governo é o Sergio Mendonça”, informou Barela.
Walter
Correia se comprometeu em apresentar o fato à ministra do Planejamento
Miriam Belchior e ao ministro Sérgio Mendonça e que dará a resposta sobre
a retomada das negociações na próxima semana.
Indicativos
No setor
da educação, a base da Federação de Sindicatos de Trabalhadores das
Universidades Brasileiras (Fasubra Sindical) paralisa as atividades na segunda
(11) e do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica,
Profissional e Tecnológica (Sinasefe) na quarta (13). Outra categoria que já
deliberou pela deflagração da greve a partir do dia 13 foi a dos trabalhadores
do judiciário federal e do ministério público da união, organizados na
Fenajufe.
Já a base da Confederação Nacional dos Servidores Federais (Condsef) paralisa
as atividades no dia 18.