A Confederação Nacional das Associações dos Servidores do Incra (Cnasi) e o Sindicato Nacional dos Engenheiros Agrônomos do Incra (SindPFA) manifestaram-se por meio de seus sítios sobre as recentes prisões de servidores do órgãos na Operação “Terra Prometida” no Mato Grosso e Operação “Ferro e Fogo”, ambas da Polícia Federal.
Para
o SindPFA, não pode ser ignorada a frequência com
que irregularidades como essas vem surgindo ao conhecimento da sociedade. A
notícia vinculada no sítio da entidade afirma ainda recentes investigações e
prisões de servidores no Tocantins (Operação “Gaia”) e Mato Grosso do Sul (“Operação
Tellus”), que assim como no esquema denunciado no Mato Grosso, envolvia a existência
de corrupção para legalização de ocupações irregulares no interior de
assentamentos de reforma agrária.
“Essa
realidade contrasta com a substancial melhora de imagem da Autarquia que vem
sendo propalada pelos gestores do Incra”, afirma trecho da notícia. Para o Diretor
Presidente do SindPFA, Sávio Feitosa, “há no quadro de servidores profissionais
sérios, bastante qualificados e comprometidos com a missão institucional do
Incra, em todas as suas carreiras e que, portanto, a imagem negativa impregnada
ao órgão não encontra culpa nos servidores. No entanto, lamenta que a política
agrária fique desacreditada e completa afirmando que "é preciso, mais do
que nunca, reinventar o Incra".
Já a Cnasi afirma
por meio de nota que é “totalmente a favor de toda e qualquer investigação
efetuada seja pela Polícia Federal, Ministério Público e demais órgãos de
controle - tais como CGU e TCU -, desde que toda e qualquer situação seja
respeitado o direito constitucional do contraditório e da ampla defesa.”
O que nos causa estranheza é que nossa entidade vem ao longo
de décadas denunciando as condições do INCRA, sobretudo para os gestores, a
imprensa, aos parlamentares e Ministério Público Federal, a falta de condições
de trabalho, de concurso público e dos problemas de gestão devido, sobretudo,
às indicações meramente política para fins eleitoreiros. Muitas dessas
indicações advêm de parlamentares que sempre estiveram envolvidos de denúncias
de corrupção e que se perpetuam no poder.”, conforme outro trecho da
nota da entidade que diz ainda:
“Dito isso, repetimos, solicitamos as autoridades que todos
os fatos sejam investigados e esclarecidos e os eventuais culpados punidos,
porém já adiantamos que enquanto nós servidores não formos ouvidos e não houver
uma ampla e efetiva participação da sociedade visando corrigir e fortalecer o
serviço público, em especial o INCRA, nem com ajuda de Cristo teremos controle
sobre nosso bem mais sagrado, o solo Pátrio, e muito menos sobre a corrupção.”