sábado, 6 de dezembro de 2014

Entidades dos servidores do Incra manifestam-se sobre prisões no MT e MA


A Confederação Nacional das Associações dos Servidores do Incra (Cnasi) e o Sindicato Nacional dos Engenheiros Agrônomos do Incra (SindPFA)  manifestaram-se por meio de seus sítios sobre as recentes prisões de servidores do órgãos na Operação “Terra Prometida” no Mato Grosso e Operação “Ferro e Fogo”, ambas da Polícia Federal.


Para o  SindPFA,  não pode ser ignorada a frequência com que irregularidades como essas vem surgindo ao conhecimento da sociedade. A notícia vinculada no sítio da entidade afirma ainda recentes investigações e prisões de servidores no Tocantins (Operação “Gaia”) e Mato Grosso do Sul (“Operação Tellus”), que assim como no esquema denunciado no Mato Grosso, envolvia a existência de corrupção para legalização de ocupações irregulares no interior de assentamentos de reforma agrária.

“Essa realidade contrasta com a substancial melhora de imagem da Autarquia que vem sendo propalada pelos gestores do Incra”, afirma trecho da notícia. Para o Diretor Presidente do SindPFA, Sávio Feitosa, “há no quadro de servidores profissionais sérios, bastante qualificados e comprometidos com a missão institucional do Incra, em todas as suas carreiras e que, portanto, a imagem negativa impregnada ao órgão não encontra culpa nos servidores. No entanto, lamenta que a política agrária fique desacreditada e completa afirmando que "é preciso, mais do que nunca, reinventar o Incra". 


Já a  Cnasi afirma por meio de nota que é  totalmente a favor de toda e qualquer investigação efetuada seja pela Polícia Federal, Ministério Público e demais órgãos de controle - tais como CGU e TCU -, desde que toda e qualquer situação seja respeitado o direito constitucional do contraditório e da ampla defesa.

O que nos causa estranheza é que nossa entidade vem ao longo de décadas denunciando as condições do INCRA, sobretudo para os gestores, a imprensa, aos parlamentares e Ministério Público Federal, a falta de condições de trabalho, de concurso público e dos problemas de gestão devido, sobretudo, às indicações meramente política para fins eleitoreiros. Muitas dessas indicações advêm de parlamentares que sempre estiveram envolvidos de denúncias de corrupção e que se perpetuam no poder.”, conforme outro trecho da nota da entidade que diz ainda:

“Dito isso, repetimos, solicitamos as autoridades que todos os fatos sejam investigados e esclarecidos e os eventuais culpados punidos, porém já adiantamos que enquanto nós servidores não formos ouvidos e não houver uma ampla e efetiva participação da sociedade visando corrigir e fortalecer o serviço público, em especial o INCRA, nem com ajuda de Cristo teremos controle sobre nosso bem mais sagrado, o solo Pátrio, e muito menos sobre a corrupção.
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