quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

Greenpeace pede desculpas por protesto nas Linhas de Nazca


Grupo estendeu letras de tecido perto de patrimônio cultural da humanidade. Segundo governo, danos foram constatados por perícia de arqueólogos



O grupo ambientalista Greenpeace pediu desculpas, na quarta-feira (11), por um protesto realizado nas históricas Linhas de Nazca em um deserto peruano.

O grupo disse lamentar eventual "ofensa moral" que o protesto realizado no local histórico, na segunda-feira, possa ter causado ao povo do Peru.

Os ativistas colocaram letras gigantes no solo perto da figura de um beija-flor, dizendo "hora da mudança, o futuro é renovável". A mensagem tinha como objetivo pressionar os negociadores que participam de uma reunião do clima da ONU em Lima.

Linhas de Nazca são um conjunto de imagens gigantes de plantas e animais, como um macaco, uma aranha e um beija-flor, escavadas no solo há cerca de 1.500 anos.

Os desenhos só podem ser vistos do alto, o que é motivo de várias teorias sobre como as sociedades antigas podem ter feito os desenhos.

O governo peruano tenta restringir o controle sobre as visitas ao local, considerado vulnerável.

As autoridades disseram que podem abrir uma investigação criminal sobre o incidente e que tentarão impedir os ativistas que participaram do protesto de deixar o país.

O Greenpeace disse que vai colaborar com o governo para determinar se houve algum dano ao local e que vai parar de usar as fotos que tirou do protesto como parte de suas campanhas.

O grupo anunciou que o diretor-executivo Kumi Naidoo irá a Lima nesta semana para se desculpar pessoalmente com o governo peruano.

Fonte: Reuters

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