Por Jacques Gosch*
A Associação
dos Servidores do Incra (Assincra), em Mato Grosso, aprovou, em
assembleia-geral realizada no último dia 5, estado de greve devido a falta de
condições básicas para funcionamento do órgão. A categoria também defende a
nomeação definitiva do superintende regional interino Salvador Soltério de
Almeida, que responde pela autarquia desde março do ano passado, quando Valdir
Barranco (PT) deixou o cargo para concorrer a deputado estadual.
Segundo o
presidente da Assincra, Roosevelt Mota, o telefone está cortado e não existe
combustível para os deslocamentos. O sindicalista também lembra que os
contratos com as empresas terceirizadas de limpeza e vigilância foram
rescindidos e os trabalhadores já cumprem aviso prévio.
Roosevelt
denuncia a reforma do prédio do Incra, situado no Centro
Político-Administrativo em Cuiabá, que está em condições precárias, se arrasta
há dois anos sem conclusão. “Agora, por conta da crise financeira, a União
suspendeu os repasses financeiros. O orçamento está travado. Quem sofre são os
servidores que precisam fazer cotinhas para continuar trabalhando”.
Sobre a
efetivação de Salvador, os servidores cobram posicionamento do governo federal.
“Queremos que a nomeação seja publicada no Diário Oficial da União. O Salvador
não tem substituto legal. Quando ele viaja, o Incra fica sem comando. Isso
dificulta todo trabalho”, pontuou Roosevel.
Outro
Lado
Salvador
Soltério de Almeida reconhece as dificuldades enfrentadas pelo Incra, mas
atribui o problema a demora na aprovação do orçamento de 2015 pelo Congresso
Nacional. Segundo ele, a crise atinge todas as unidades do país. Pondera que a
matéria já foi sancionada pela presidente Dilma Rousseff (PT) e que os recursos
serão liberados na próxima semana. “Todas as dotações orçamentárias estão
garantidas”, assevera.
Além disso,
Salvador agradece a preocupação dos servidores em relação a sua efetivação no
cargo. De acordo com o superintendente regional, nem os diretores do Incra em
Brasília foram nomeadores. “Também gostaria que fosse publicada, mas o assunto
foge da minha alçada. A única alternativa é aguardar”.
*Fonte: RD News