Cumprindo
agenda nas Superintendências Regionais (SRs) do Incra do Pará durante toda a semana passada, a presidente da autarquia, Maria Lúcia Falcon esteve nos dias 28 e 29
de maio em Santarém. As atividades fazem parte do chamado “Incra Itinerante”,
proposta da nova gestão de reaproximação da autarquia com servidores,
movimentos sociais e autoridades locais.
Além da própria presidente, fizeram
parte da carava os diretores nacionais de Desenvolvimento de Projetos de
Assentamentos, César Aldrighi e Ordenamento da Estrutura Fundiária, Richard
Torsiano, o procurador-chefe da Procuradoria Federal Especializada, Júnior
Fideles e assessores.
No dia 28 de maio, a primeira
atividade pública da caravana foi uma reunião com servidores lotados em
Santarém. A atividade ocorreu ao ar livre no pátio da Superintendência com a
presença de todos dirigentes locais do Incra. Falcon fez uma fala em que
destacou os desafios institucionais no momento de ajuste fiscal do governo
Dilma Rousseff, falou de novos conceitos de ruralidade, da necessidade de
modernização tecnológica do Incra e da valorização das carreiras do órgão,
entendendo isto não somente como valorização salarial, mas também como um plano
de capacitação e fortalecimento institucional.
Convidado à mesa e sentado entre o
Superintendente Regional e seu substituto, dois dirigentes locais indicados, o
delegado sindical Deivison Barbosa procedeu logo após a fala da Presidente a
leitura de uma carta aprovada e assinada pelo conjunto dos Engenheiros
Agrônomos da Superintendência de Santarém.
O documento saúda a presença da
dirigente máxima do órgão, faz um rápido panorama da situação fundiária local
que levaram a criação da Superintendência e fez duras críticas a atual gestão
local do órgão.
“Infelizmente, a atual gestão do órgão em Santarém é ausente para dar conta dos problemas institucionais, mas muito presente para apontar soluções para seus interesses particulares e para grupos antagônicos à reforma agrária, de interesses ilegítimos. Portanto, a paralisia das obrigações institucionais na região é complementada por uma espantosa agilidade em atender a esses interesses antagônicos”, afirmam os peritos em trecho do documento.
“Infelizmente, a atual gestão do órgão em Santarém é ausente para dar conta dos problemas institucionais, mas muito presente para apontar soluções para seus interesses particulares e para grupos antagônicos à reforma agrária, de interesses ilegítimos. Portanto, a paralisia das obrigações institucionais na região é complementada por uma espantosa agilidade em atender a esses interesses antagônicos”, afirmam os peritos em trecho do documento.
Além da carta que foi
recepcionada pela presidente do órgão, a Delegacia Sindical de Santarém
entregou também cópias de várias denúncias já formalizadas junto à Procuradoria
da República em Santarém.
“Para além de nossa vontade, é nossa obrigação fazer chegar até Vossa
Senhoria o conjunto de denúncias fundamentadas já protocolizadas por esta
Delegacia Sindical junto ao Ministério Público Federal, que indicam e comprovam
o que estamos apontando. Estes substanciosos documentos são apenas uma fração
do que se presencia nesta SR, direcionando as ações para ao inverso do que
determina a lei e missão institucional.”
A atual direção local do
Incra, denunciada publicamente pelos servidores, não fez nenhuma fala durante o
evento, nem mesmo após a leitura da contundente carta. A Presidente do Incra,
ao recepcionar os documentos, afirmou que irá encaminhá-los para a Corregedoria
do órgão para iniciar um processo apuratório.
Leia o documento na íntegra: