Ruas voltam a ser tomadas, agora sob silêncio da grande mídia
Próximo de 14h, o ato já contava com mais de cinco mil pessoas, e uma assembleia foi realizada para decidir o percurso e decidiu marchar até as proximidades do estádio do Mineirão percorrendo a Avenida Antônio Carlos, que liga o Centro à Pampulha (UFMG, Mineirão, Lagoa da Pampulha etc.), onde ocorria o jogo da Seleção Brasileira contra a Seleção Uruguaia, às 16h. Assim, o ato repetiu o trajeto dos atos da segunda-feira (17/06) e do sábado (22/06). Houve a participação de professores estaduais, MST, sem teto, moradores da periferia e favelas, movimentos populares, atingidos/despejados pela Copa, feministas, LGBTs, estudantes secundaristas e universitários, policiais civis, partidos, sindicatos, médicos, advogados, entre tantas outras organizações e independentes.
Entre 14h e 16h, milhares de pessoas iam se somando ao ato e marchando de modo disperso. No total, foram cerca de 60 mil pessoas em protestos divididos em blocos. Havia protestos contra a Copa do Mundo da FIFA, pela desmilitarização da Polícia Militar e o fim da repressão, por gastos públicos com saúde (contra o ato médico, a privatização), moradia (realocação dos moradores despejados pelas obras da Copa, por moradias para os sem teto, respeito às ocupações de moradias populares etc.), transporte (ampliação do metrô, redução das tarifas e passe livre para a juventude), entre outras reivindicações.
Leia no Diário Liberdade
No Mineirão, torcedor com camisa que pedia "Saúde padrão Fifa" é barrado
Protesto em Fortaleza resulta em dezenas de presos
Pessoas detidas
relatam excessos por parte da Polícia Militar
“Um trocador de topic bateu na porta da van pedindo para entrar, aí chegou um policial e botou a arma na cabeça dele. Eu falei da janela: ‘Baixa essa arma, cara’. Aí ele subiu, perguntou quem tinha dito aquilo. Eu disse que tinha sido eu. E ele falou: ‘Pois você tá preso’. Eu disse que não ia descer porque não sou criminoso. Ele me deu um mata-leão e me puxou para descer da van.
Leia no sítio do jornal O Povo
Moradores dos arredores do Castelão relatam abuso: "Invadiram nossa casa e jogaram bombas de gás"
Em um condomínio popular, situado a cerca de 300 metros do estádio, moradores relatam que policiais invadiram suas casas para prender manifestantes. Segundo Fernando Lennon Faria da Silva, um dos condôminos mais assustados, a polícia agiu com truculência ao atirar bombas de gás lacrimogêneo e empurrar moradores.
Leia no sítio da UOL
Chuva de bombas e gás lacrimogênio em protesto em Fortaleza
Taxistas bloqueiam entrada de hotel da Espanha; jogadores chegam a pé escoltados pela PF
A onda de manifestações pelo Brasil atingiu até os taxistas de Fortaleza. Cerca de 250 motoristas protestam contra a Fifa e paralisam a avenida Beira Mar, interrompendo o trânsito em frente ao hotel onde a Espanha está hospedada. O transtorno afetou um grupo de jogadores da Fúria que precisou voltar a pé para o hotel e escoltados pela Polícia Federal.
Leia a matéria no sítio da UOL
Imagens da manifestação em Fortaleza no blog Deve haver algum lugar
Rio de Janeiro |
Vitória |
Florianópolis |
Próximo de 14h, o ato já contava com mais de cinco mil pessoas, e uma assembleia foi realizada para decidir o percurso e decidiu marchar até as proximidades do estádio do Mineirão percorrendo a Avenida Antônio Carlos, que liga o Centro à Pampulha (UFMG, Mineirão, Lagoa da Pampulha etc.), onde ocorria o jogo da Seleção Brasileira contra a Seleção Uruguaia, às 16h. Assim, o ato repetiu o trajeto dos atos da segunda-feira (17/06) e do sábado (22/06). Houve a participação de professores estaduais, MST, sem teto, moradores da periferia e favelas, movimentos populares, atingidos/despejados pela Copa, feministas, LGBTs, estudantes secundaristas e universitários, policiais civis, partidos, sindicatos, médicos, advogados, entre tantas outras organizações e independentes.
Entre 14h e 16h, milhares de pessoas iam se somando ao ato e marchando de modo disperso. No total, foram cerca de 60 mil pessoas em protestos divididos em blocos. Havia protestos contra a Copa do Mundo da FIFA, pela desmilitarização da Polícia Militar e o fim da repressão, por gastos públicos com saúde (contra o ato médico, a privatização), moradia (realocação dos moradores despejados pelas obras da Copa, por moradias para os sem teto, respeito às ocupações de moradias populares etc.), transporte (ampliação do metrô, redução das tarifas e passe livre para a juventude), entre outras reivindicações.
Leia no Diário Liberdade
No Mineirão, torcedor com camisa que pedia "Saúde padrão Fifa" é barrado
Protesto em Fortaleza resulta em dezenas de presos
Pessoas detidas
relatam excessos por parte da Polícia Militar
“Um trocador de topic bateu na porta da van pedindo para entrar, aí chegou um policial e botou a arma na cabeça dele. Eu falei da janela: ‘Baixa essa arma, cara’. Aí ele subiu, perguntou quem tinha dito aquilo. Eu disse que tinha sido eu. E ele falou: ‘Pois você tá preso’. Eu disse que não ia descer porque não sou criminoso. Ele me deu um mata-leão e me puxou para descer da van. Leia no sítio do jornal O Povo
Moradores dos arredores do Castelão relatam abuso: "Invadiram nossa casa e jogaram bombas de gás"
Em um condomínio popular, situado a cerca de 300 metros do estádio, moradores relatam que policiais invadiram suas casas para prender manifestantes. Segundo Fernando Lennon Faria da Silva, um dos condôminos mais assustados, a polícia agiu com truculência ao atirar bombas de gás lacrimogêneo e empurrar moradores.
Leia no sítio da UOL
Chuva de bombas e gás lacrimogênio em protesto em Fortaleza
Taxistas bloqueiam entrada de hotel da Espanha; jogadores chegam a pé escoltados pela PF
A onda de manifestações pelo Brasil atingiu até os taxistas de Fortaleza. Cerca de 250 motoristas protestam contra a Fifa e paralisam a avenida Beira Mar, interrompendo o trânsito em frente ao hotel onde a Espanha está hospedada. O transtorno afetou um grupo de jogadores da Fúria que precisou voltar a pé para o hotel e escoltados pela Polícia Federal.
Leia a matéria no sítio da UOL
Imagens da manifestação em Fortaleza no blog Deve haver algum lugar
Ato de Resistência de
manifestante em Fortaleza é capa do ‘The New York Times’
Durante a repressão policial contra manifestantes próximo ao estádio
do Castelão em Fortaleza (onde ocorria o jogo Espanha vs. Itália), uma cena
chamou atenção. Um senhor saiu do meio dos manifestantes e se postou diante da
tropa de choque da Polícia Militar do Ceará.
Trata-se de Silvio Mota, juiz federal aposentado, ex- militante da
Aliança Libertadora Nacional (ALN), exilado durante o regime militar,
posteriormente anistiado e atualmente Coordenador do Comitê Verdade, Memória e
Justiça do Ceará.
Mota produziu um depoimento sobre o que ocorreu que está circulando
pelo Facebook a partir do jornalista Daniel Fonseca. Nele, Mota desmente a
versão da Polícia Militar e da rede Globo de televisão de que os manifestantes
iniciaram o confronto que resultou em 92 presos, inclusive moradores das
imediações do estádio.
A foto da cena de Silvio Mota diante das forças de repressão virou
capa do “The New York Times” desta sexta, em matéria que afirma que membros do
Congresso Nacional que respondem à vários crimes continuam sendo repudiados nas
ruas mesmo depois de tentarem encontrar respostas aos protestos.
Leia a reprodução do relato de Silvio Mota no Facebook
Leia a matéria do The New York Times
(em inglês)