domingo, 30 de junho de 2013

Carta aberta do ‘Comrades from Cairo'


"A você do lado em que lutamos,
30 de Junho irá marcar um novo estágio de rebelião para nós, construindo em cima do que iniciamos nos dias 25 e 28 de Janeiro de 2011. Desta vez, nós nos rebelamos contra o reinado da Irmandade Muçulmana, que trouxe apenas mais das mesmas formas de exploração econômica, violência policial, torturas e mortes.

Referências à vinda de "democracia" não têm relevância quando não existe a possibilidade de se viver uma vida decente, sem sinais de dignidade e um padrão de vida decente. Os pedidos por legitimidade através de um processo eleitoral nos distraem da realidade de que no Egito, nossa batalha continua porque vivemos a perpetuação de um regime opressivo que mudou sua face, mas mantém a mesma lógica de repressão, austeridade e brutalidade policial. As autoridades mantêm a mesma falta de qualquer prestação de contas para o público, e as posições de poder se traduzem em oportunidades de conquistar riqueza e influências pessoais.

O dia 30 de Junho renova o grito da revolução: "As pessoas querem a queda do sistema". Nós vislumbramos um futuro governado nem pelo autoritarismo e capitalismo da Irmandade, nem por um aparato militar que mantêm o controle da vida política e econômica, nem pelo retorno das velhas estruturas da era Mubarak.

Embora nossas redes ainda sejam fracas, nós desenhamos esperança e inspiração dos recentes levantes, especialmente na Turquia e no Brasil. Cada um nasceu de realidades políticas e econômicas diferentes, mas nós todos temos sido condenados por círculos fechados que desejam que se perpetue esta falta de visão de qualquer bem para as pessoas. Nós nos inspiramos na organização horizontal do Movimento Passe Livre, iniciado em 2003 na Bahia, Brasil; nós nos inspiramos nas assembleias públicas lotadas que vemos por toda a Turquia.

No Egito, a Irmandade insiste em acrescentar o viés religioso a todo o processo, enquanto a lógica de um neo-liberalismo localizado acaba com as pessoas. Na Turquia, uma estratégia de crescimento agressivo do setor privado se traduz em regras autoritárias, a mesma lógica da brutalidade policial como arma primária para oprimir a oposição e qualquer tentativa de outras alternativas. No Brasil, um governo enraizado numa legitimidade revolucionária provou que seu passado é somente uma máscara usada enquanto seus parceiros da mesma ordem capitalista exploram as pessoas e a natureza.

Essas lutas recentes compartilham de batalhas muito mais antigas dos Curdos no Oriente Médio e dos indígenas na América Latina. Por décadas, os governos Turco e Brasileiro tentaram (e falharam) calar estes movimentos de luta pela vida. Sua resistência contra a repressão do Estado foi a precursora desta nova onda de protestos que se espalharam pela Turquia e pelo Brasil. Vimos uma urgência em reconhecer a profundidade de nossas lutas e procurar formas de amplificarmos nossas vozes em novos lugares, vizinhanças e comunidades.

Nossas lutas compartilham um potencial de se opor ao regime global de Estados-Nações. Na crise e na prosperidade, o Estado continua a desapropriar e privatizar tudo para preservar e expandir a riqueza e o privilégio daqueles que estão no poder.

Nenhum de nós está lutando isolado. Nossos inimigos são os mesmos do Bahrein, Brasil, Bósnia, Chile, Palestina, Síria, Turquia, Curdistão, Tunísia, Sudão, Saara, e Egito. E a lista continua... Por todo o lado eles nos chamam de criminosos, vândalos, arruaceiros e terroristas. Nós não estamos lutando só contra a exploração econômica, a violência policial descarada e um sistema jurídico ilegítimo. Não são por direitos ou reformas cidadãs que estamos lutando.

Nós nos opomos ao Estado-Nação como uma ferramenta centralizada de repressão, que possibilita às elites locais sugarem nossas vidas e poderes globais para reter sua dominação sobre o dia-a-dia das pessoas. Nós não estamos requisitando a unificação ou equalização de nossas várias batalhas; mas a estrutura de autoridade e poder contra qual nós devemos lutar, desmantelar, e trazer abaixo é a mesma. Juntos, nossa luta é mais forte.

Nós queremos a queda do Sistema."

#protestobr - 30 de junho

Voluntários protestam em cerimônia de encerramento no Maracanã

Um protesto contra a privatização do Maracanã e contra a discriminação dos homossexuais foram o ponto alto da cerimônia de encerramento da Copa das Confederações, neste domingo, horas antes da final entre Brasil e Espanha. 

Dois voluntários, fantasiados de bolas na coreografia de encerramento abriram uma faixa  onde se lia "Pela imediata anulação da privatização do Maracanã". Os dois manifestantes foram retirados por seguranças privados.

Depois, outro voluntário também numa alegoria em forma de bola abriu uma bandeira do Movimento LGBT com as inscrições: "Ser gay é mara... Aberração é o preconceito!".

Enquanto isso, do lado de fora do Maracanã...


sábado, 29 de junho de 2013

#protestobr - 29 de junho

Câmara de Vereadores de BH é ocupada
Na assembleia realizada na Câmara, os manifestantes decidiram focar as reivindicações no transporte público da capital. As principais exigências à PBH são: a revogação do aumento nas tarifas de ônibus e metrô ocorrida em dezembro passado; a concessão de passe-lvre para estudantes, aposentados e desempregados; a ampla exibição no site da PBH das planilhas do custo do transporte público na cidade e a revisão dos contratos das concessionárias de transporte que atuam no município.

Leia a notícia no sítio do jornal Estado de Minas


Manifestantes ocupam pedágios e liberam cobrança no PR
Manifestantes ocuparam na manhã deste sábado (29) sete praças de pedágio na região norte do Paraná e liberaram a cobrança em todos os locais.

Os protestos são liderados pelo MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), e em alguns locais envolvem também moradores das regiões. Pedem rapidez na reforma agrária e também se alinham às reivindicações das manifestações nacionais, pelo combate à corrupção, redução das tarifas do transporte e dos pedágios e democratização da comunicação.

Com uma média de 150 pessoas por protesto, os pedágios ocupados ficam na PR-317, em Floresta (30 km de Londrina), na BR-369 (praças de Jacarezinho, Jataizinho e Arapongas) e na BR-376 (Presidente Castelo Branco, Mandaguari e Ortigueira).

Fonte: Folha


Dilma Rousseff decide que não verá final no Maracanã no domingo
Depois das manifestações que tomaram as ruas nas últimas semanas, a presidente Dilma 
Rousseff decidiu não comparecer, neste domingo, ao jogo entre Brasil Brasil e Espanha, na final da Copa das Confederações. A ideia inicial de Dilma era estar presente no Maracanã no encerramento do campeonato, apesar de ter recebido uma sonora vaia, em Brasília, na abertura da competição, no estádio Nacional (Mané Garrincha).

Leia no sítio do jornal “O Estado de São Paulo”

Popularidade de Dilma cai 27 pontos após protestos
Hoje, 30% dos brasileiros consideram a gestão Dilma boa ou ótima. Na primeira semana de junho, antes da onda de protestos que irradiou pelo país, a aprovação era de 57%. Em março, seu melhor momento, o índice era mais que o dobro do atual, 65%.

A queda de Dilma é a maior redução de aprovação de um presidente entre uma pesquisa e outra desde o plano econômico do então presidente Fernando Collor de Mello, em 1990, quando a poupança dos brasileiros foi confiscada.

Leia no sítio da Folha de São Paulo

Violências contra os povos indígenas aumentaram em 2012

Houve um crescimento de diferentes formas de violências cometidas, em 2012, contra os povos indígenas, que vão de ameaças de morte, assassinatos, omissão e morosidade na regularização das terras à desassistência em saúde e educação. Esta é a constatação apresentada no Relatório Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil que o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) lançou, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília.

Nas três categorias abordadas no Relatório, verifica-se uma ampliação do número total de casos e vítimas. Em comparação com 2011, os casos de Violência contra o Patrimônio saltaram de 99 para 125, o que representa um aumento de 26%. Em relação à Violência por Omissão do Poder Público, foram relatadas 106.801 vítimas, o que significa um aumento de 72%, considerando que 61.988 vítimas foram registradas em 2011. O mais acentuado crescimento é observado no total de vítimas da categoria Violência contra a Pessoa, em que estão incluídas ameaças de morte, homicídios, tentativas de assassinato, racismo, lesões corporais e violência sexual. Nesta categoria, houve um aumento de 378 para 1.276 vítimas, o que revela uma expansão de 237% em comparação com 2011.

Os dados do Relatório revelam que voltou a crescer o número de assassinatos de indígenas em 2012. Em todo o Brasil foram registradas 60 vítimas, nove a mais que no ano anterior. Com 37 casos, o Mato Grosso do Sul continua sendo o estado com o maior número de ocorrências, seguido pelo Maranhão, com sete vítimas. Nos últimos dez anos, os levantamentos do Cimi mostram que pelo menos 563 indígenas foram assassinados no país, sendo que 317 destas mortes ocorreram no Mato Grosso do Sul. Os dados apresentados pelo Ministério da Saúde (Diasei/DSEI) são ainda mais assustadores ao indicar que 43 assassinatos de indígenas ocorreram no Mato Grosso do Sul em 2012.

Violência gerada pela falta da terra - Chamam atenção os 54 casos registrados de omissão e morosidade na regularização de terras indígenas. Em 2011, haviam sido 46. Aqui também, o Mato Grosso do Sul é o estado campeão de violações, com 19 casos. Em seguida, aparece o Rio Grande do Sul, com 11 casos. Este dado revela que o governo da presidente Dilma Rousseff tem cedido às pressões da elite ruralista e pouco tem avançado na demarcação das terras tradicionais. Em 2012 foram homologadas apenas sete terras indígenas pela Presidência da República, enquanto a Fundação Nacional do Índio (Funai) publicou 11 portarias de identificação e o Ministério da Justiça publicou apenas duas portarias declaratórias.

Os levantamentos do Cimi indicam que das 1.045 terras indígenas, 339 (32%) estão sem providência, enquanto 293 (28%) estão em estudo. Destas, 44 estão engavetadas no Palácio do Planalto, aguardando apenas a assinatura da presidente da República. Com média anual de cinco homologações, Dilma é a presidente que menos homologou terras indígenas no Brasil desde a abertura democrática, em 1985.

"A vida dos povos indígenas está vinculada à terra. É na sua terra ancestral que 'o índio é'.  O governo federal tem que, urgentemente, saldar  esta dívida histórica com os povos indígenas. Este é o único modo de propiciar as condições fundamentais para a sobrevivência física e cultural desses povos", afirma Cleber Buzatto, Secretário Executivo do Cimi.

O Relatório aponta que também aumentaram os casos de invasões possessórias e exploração ilegal de recursos naturais (62 casos), ameaças de morte (30 vítimas e crescimento de 200% em relação a 2011), homicídio culposo (21 vítimas e aumento de 75%), racismo e discriminação étnico-culturais (14 vítimas) e tentativas de assassinato (1.024 vítimas). No caso das violências relacionadas à omissão do poder público, houve crescimento na desassistência à educação escolar (18.865 vítimas) e à saúde (80.496 vítimas) e na disseminação de bebidas alcoólicas e outras drogas (254 vítimas).

Violações graves - O chocante descaso com a saúde indígena é tema de um artigo escrito por quatro procuradores da República, que descrevem a ação coordenada do Ministério Público Federal (MPF) no "Dia D da Saúde Indígena", realizado em 10 de dezembro de 2012. Duas graves violações de direitos vividas pelos povos Munduruku, da aldeia de Teles Pires, no Pará, e pelos Guarani-Kaiowá de Pyelito Kue/Mbarakay, em Naviraí, no Mato Grosso do Sul, exemplificam, no Relatório, como os povos indígenas ainda são considerados obstáculos ao progresso tanto pelo governo como pelo setor privado, no caso o ruralista.

Em novembro de 2012, na trágica e truculenta Operação Eldorado, agentes da Polícia Federal e soldados da Força Nacional destruíram inúmeros bens do povo Munduruku, como casas e barcos. Adenilson Kirixi Munduruku foi assassinado e o crime continua impune. No mês anterior, os Guarani-Kaiowá comoveram o Brasil com uma carta em que, desiludidos pela iminência da reintegração de posse da área ocupada por eles, afirmaram que iriam resistir em suas terras, mesmo que tivessem que morrer nelas. Erroneamente, houve a interpretação de que eles estavam anunciando um suicídio coletivo. Não era o caso desta vez.

No entanto, os dados apontam que o suicídio está causando um genocídio silencioso no Mato Grosso do Sul. Nove Guarani Kaiowá se suicidaram em 2012, de um total de 23 suicídios em todo o Brasil. Novamente aqui, os dados oficiais são muito mais dramáticos, já que o Ministério da Saúde registra 56 suicídios entre os Guarani-Kaiowá no mesmo período.

As ameaças a seis grupos de indígenas isolados - Awá Guajá (MA), do Alto Envira e do Vale do Javari (AC), da área do Complexo Hidrelétrico do Madeira e do Bom Futuro (RO), da região da hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu, e da bacia do Rio Tapajós (PA) - também são retratadas no Relatório, já que os impactos dos mega projetos de infraestrutura tornam a ameaça de extinção destes povos uma possibilidade cada vez mais real.

Os dados do Relatório foram obtidos a partir dos relatos e das denúncias dos povos e organizações indígenas, de informações levantadas pelas equipes dos 11 regionais do Cimi, de notícias veiculadas pela imprensa, além de informações obtidas por órgãos públicos que prestam assistência às comunidades. Há relatos de casos em que comunidades inteiras foram violentadas, no entanto em algumas não há o número preciso do total de vítimas, o que evidencia que os dados do Relatório são parciais e que a violência praticada contra os povos indígenas no Brasil apresenta um número de vítimas ainda maior do que o retratado nele.

Falta de vontade política - A baixa execução de recursos autorizados pelo governo federal para a implementação de políticas públicas evidencia situações em que o que não há, de fato, é disposição para solucionar severos problemas enfrentados pelos povos indígenas em praticamente todo o território nacional. Do orçamento de quase R$ 68 milhões previstos para saneamento básico nas aldeias, apenas R$ 86 mil (0,13%) foram utilizados. Para a estruturação de unidades de saúde, apenas R$ 26 mil (8,70%) dos R$ 2,3 milhões foram liquidados. Dos mais de R$ 15 milhões previstos para a demarcação e regularização de terras indígenas, apenas R$ 5,9 milhões (37%) foram executados. E do R$ 1,5 milhão previsto para apoio ao desenvolvimento sustentável das comunidades, apenas R$ 75 mil (5,06%) foram gastos em 2012.

Fonte:Cimi

Clique aqui e tenha acesso ao Relatório de Violência Contra os Povos Indígenas – Dados 2012.

Terra do Meio: Empresário é investigado por grilagem

O Ministério Público Federal no Pará vai investigar a denuncia feita pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), que aponta um suposto crime de grilagem cometido pelo empresário sulista Rovilio Mascarello e pelo engenheiro florestal paraense Jorge Luis Barbosa Corrêa. De acordo com as apurações da Sema, o empresário tentou se apropriar indevidamente de um território em Altamira. A área pretendida por Mascarello tem mais de 1 milhão de hectares. Segundo a Sema, as demarcações feitas em mapa nos três cadastros ambientais rurais apresentados por Rovilio Mascarello se sobrepunha a unidades de conservação, tais como reservas extrativistas e estações ecológicas.

Fonte: O Liberal, 28/6, Atualidades, p.11. (Via “Notícias Socioambientais” do ISA)

sexta-feira, 28 de junho de 2013

#protestobr - 28 de junho

Ruas voltam a ser tomadas, agora sob silêncio da grande mídia
Rio de Janeiro
Vitória

Florianópolis
Altamira

Belo Horizonte: da indignação à rebelião no 5º Grande Ato

Próximo de 14h, o ato já contava com mais de cinco mil pessoas, e uma assembleia foi realizada para decidir o percurso e decidiu marchar até as proximidades do estádio do Mineirão percorrendo a Avenida Antônio Carlos, que liga o Centro à Pampulha (UFMG, Mineirão, Lagoa da Pampulha etc.), onde ocorria o jogo da Seleção Brasileira contra a Seleção Uruguaia, às 16h. Assim, o ato repetiu o trajeto dos atos da segunda-feira (17/06) e do sábado (22/06). Houve a participação de professores estaduais, MST, sem teto, moradores da periferia e favelas, movimentos populares, atingidos/despejados pela Copa, feministas, LGBTs, estudantes secundaristas e universitários, policiais civis, partidos, sindicatos, médicos, advogados, entre tantas outras organizações e independentes.

Entre 14h e 16h, milhares de pessoas iam se somando ao ato e marchando de modo disperso. No total, foram cerca de 60 mil pessoas em protestos divididos em blocos. Havia protestos contra a Copa do Mundo da FIFA, pela desmilitarização da Polícia Militar e o fim da repressão, por gastos públicos com saúde (contra o ato médico, a privatização), moradia (realocação dos moradores despejados pelas obras da Copa, por moradias para os sem teto, respeito às ocupações de moradias populares etc.), transporte (ampliação do metrô, redução das tarifas e passe livre para a juventude), entre outras reivindicações.

Leia no Diário Liberdade



No Mineirão, torcedor com camisa que pedia "Saúde padrão Fifa" é barrado


Protesto em Fortaleza resulta em dezenas de presos

Pessoas detidas relatam excessos por parte da Polícia Militar

“Um trocador de topic bateu na porta da van pedindo para entrar, aí chegou um policial e botou a arma na cabeça dele. Eu falei da janela: ‘Baixa essa arma, cara’. Aí ele subiu, perguntou quem tinha dito aquilo. Eu disse que tinha sido eu. E ele falou: ‘Pois você tá preso’. Eu disse que não ia descer porque não sou criminoso. Ele me deu um mata-leão e me puxou para descer da van. 

Leia no sítio do jornal O Povo



Moradores dos arredores do Castelão relatam abuso: "Invadiram nossa casa e jogaram bombas de gás"

Em um condomínio popular, situado a cerca de 300 metros do estádio, moradores relatam que policiais invadiram suas casas para prender manifestantes. Segundo Fernando Lennon Faria da Silva, um dos condôminos mais assustados, a polícia agiu com truculência ao atirar bombas de gás lacrimogêneo e empurrar moradores.

Leia no
sítio da UOL

Chuva de bombas e gás lacrimogênio em protesto em Fortaleza


Taxistas bloqueiam entrada de hotel da Espanha; jogadores chegam a pé escoltados pela PF
A onda de manifestações pelo Brasil atingiu até os taxistas de Fortaleza. Cerca de 250 motoristas protestam contra a Fifa e paralisam a avenida Beira Mar, interrompendo o trânsito em frente ao hotel onde a Espanha está hospedada. O transtorno afetou um grupo de jogadores da Fúria que precisou voltar a pé para o hotel e escoltados pela Polícia Federal.

Leia a matéria no sítio da UOL




Imagens da manifestação em Fortaleza no blog Deve haver algum lugar


Ato de Resistência de manifestante em Fortaleza é capa do ‘The New York Times’
Durante a repressão policial contra manifestantes próximo ao estádio do Castelão em Fortaleza (onde ocorria o jogo Espanha vs. Itália), uma cena chamou atenção. Um senhor saiu do meio dos manifestantes e se postou diante da tropa de choque da Polícia Militar do Ceará.

Trata-se de Silvio Mota, juiz federal aposentado, ex- militante da Aliança Libertadora Nacional (ALN), exilado durante o regime militar, posteriormente anistiado e atualmente Coordenador do Comitê Verdade, Memória e Justiça do Ceará.

Mota produziu um depoimento sobre o que ocorreu que está circulando pelo Facebook a partir do jornalista Daniel Fonseca. Nele, Mota desmente a versão da Polícia Militar e da rede Globo de televisão de que os manifestantes iniciaram o confronto que resultou em 92 presos, inclusive moradores das imediações do estádio.

A foto da cena de Silvio Mota diante das forças de repressão virou capa do “The New York Times” desta sexta, em matéria que afirma que membros do Congresso Nacional que respondem à vários crimes continuam sendo repudiados nas ruas mesmo depois de tentarem encontrar respostas aos protestos.

Leia a reprodução do relato de Silvio Mota no Facebook

Leia a matéria do The New York Times (em inglês)

quinta-feira, 27 de junho de 2013

#protestobr – 27 de junho

Jovem está em estado gravíssimo após ser atropelado durante protesto em Teresina
O estudante Paulo Patrick sofreu uma forte pancada na cabeça e tem fratura exposta na perna esquerda. O estado de saúde do jovem é considerado gravíssimo.

Leia no Portal O Dia


Ao tentar escapar de protesto, motorista de carreta atropela e mata adolescente no Guarujá
Um motorista de caminhão, de 46 anos, foi preso depois de atropelar e matar um adolescente na quarta-feira (26), em uma ciclovia no Guarujá, litoral de São Paulo. A carreta, carregada com 40 toneladas de açúcar, atingiu a vítima, de 16 anos, que estava na garupa de uma bicicleta. Outro adolescente também se feriu, mas está fora de perigo.

Leia no Portal R7


Protestos apressam votação da lei de crimes de terrorismo no Brasil
Incendiar, depredar, saquear, destruir ou explodir meios de transporte ou qualquer bem público ou privado poderá ser enquadrado como terrorismo no Brasil. Está prevista para esta quinta-feira (27) a votação do projeto de lei 728/2011 que tipifica o crime de terrorismo, ainda não regulamentado no país. O texto será colocado em pauta em pleno contexto de sucessivos protestos nos estados brasileiro que estão sendo respondidos de forma repressiva pelo braço armado do estado. O motivo da urgência na aprovação, segundo a Comissão Mista que discute o tema no Congresso Nacional é a proximidade da Copa do Mundo de 2014.

Leia no Sítio Sul 21


Surpreendido pelos protestos, Lula convoca jovens para ir às ruas
Surpreendido pelas manifestações que tomaram conta do país, o ex-presidente Luiz Inácio Lula tem reunido os movimentos sociais mais próximos do PT para tratar dos protestos. O tom de Lula impressionou os jovens de grupos como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a União da Juventude Socialista (UJS), o Levante Popular da Juventude e o Conselho Nacional da Juventude (Conjuve). Em vez de pedir conciliação para acalmar a crise no governo, Lula disse que o momento é de “ir para a rua”. Convidados pelo ex-presidente, cerca de quinze lideranças participaram do encontro anteontem, na sede do Instituto Lula, no bairro do Ipiranga, em São Paulo. Estopim para a onda de protestos, o Movimento Passe Livre (MPL) não foi convidado.

Leia mais sobre esse assunto em O Globo


Operários fazem caminhada pelas ruas de Belém 

Desde as primeiras horas da manhã, dezenas de operários já se concentravam em frente à sede do sindicato. A rua foi interditada para a passagem de veículos. Eles seguiram em caminhada pela Avenida Governador José Malcher, Assis de Vasconcelos, até a Prefeitura de Belém. Durante o ato, os manifestantes foram pedindo a participação dos trabalhadores que estavam nos canteiros de obras

Leia no Portal ORM

Dezenas de milhares protestam em BH durante jogo do Brasil

Acompanhe tudo que aconteceu pelo Storify da Agência Pública

Leia ainda:

Morre jovem que caiu de viaduto durante manifestação em BH (G1)

Da calmaria ao caos: tensão e terror nas ruas de Belo Horizonte em dia de Brasil x Uruguai (ESPN)

Manifestante é detido com leite de magnésio durante protesto (R7)

MST se soma às 90 mil pessoas que voltaram às ruas de Belo Horizonte (MST)


O Petróleo garante os 10% do PIB para a educação?
Portanto, mesmo com valores superestimados, verifica-se que somente em 2019 haverá o aporte de recursos em valor maior que 0,4% do PIB para a educação. Ou seja: nos próximos 7 anos, a educação receberá valores irrisórios, o que não condiz com a voz das ruas, que pedem a melhoria imediata desta importante área social.

As verdadeiras discussões que deveriam estar sendo feitas não estão no PL: (a) para onde vai a maior parte da riqueza do petróleo (para as petroleiras transnacionais); e (b) para onde vai a maior parte do orçamento federal: o pagamento da questionável dívida pública, que consome, por ano, 17% do PIB, ou seja, mais que o triplo do necessário para elevar de 5% para 10% do PIB o investimento em educação.

Leia no sítio da Campanha Auditoria Cidadã da Dívida


"100% para a educação"? A verdade por trás dos royalties!
Mas, sem o dinheiro do petróleo, é possível financiar a educação? Claro que é. O Brasil nunca auditou sua dívida pública! A maioria veio de contratos ilegítimos e já foi paga diversas vezes. Hoje 40% do orçamento é drenado para os bancos e se um em cada cinco reais entregues de mão beijada para eles fosse destinado à Educação, chegaríamos a 10% do PIB.
É preciso desmentir essa farsa. Vincular uma pequena parte dos recursos do petróleo à educação foi a maneira de legitimar a transferência da fatia maior para o grande capital, colocando em risco o ambiente e o clima de maneira irresponsável. Um governo realmente comprometido com o futuro de nossas crianças aplicaria 10% do PIB para a educação já, mediante auditoria da dívida e, ao mesmo tempo, cancelaria de imediato todos os leilões do petróleo!
Leia o artigo Alexandre Araújo Costa publicado no sítio do jornal ‘O Povo’

quarta-feira, 26 de junho de 2013

#protestobr – 26 de junho

Constituinte exclusiva já foi para o espaço

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou na noite desta terça (25), no Palácio do Planalto, que, após conversas da presidente Dilma Rousseff com os presidentes do Supremo, Joaquim Barbosa; da Câmara, Henrique Alves; do Senado, Renan Calheiros; e com o vice-presidente Michel Temer, "a convergência possível é o plebiscito".

Leia no G1: Dilma desiste de constituinte para reforma política, afirma Mercadante  

Sob pressão, Congresso rejeita PEC 37!
Logo após a rejeição da PEC 37, as centenas de pessoas que acompanharam a sessão das galerias da Câmara cantaram um trecho do Hino Nacional. Os manifestantes, em sua maioria representantes do Ministério Público e agentes da Polícia Federal, aplaudiram todos os encaminhamentos favoráveis à rejeição da proposta. Das galerias, eles gritavam "rejeita!" aos parlamentares.
Leia tudo no UOL

Veja como votou cada deputado no sítio do Congresso em Foco


Antigas rivais, favelas da Rocinha e Vidigal realizam protesto conjunto no Rio

Em um fato histórico e uma cena impensável há pouco tempo, cerca de 1.000 pessoas das favelas da Rocinha e do Vidigal realizam um protesto conjunto pelas ruas do Rio na noite desta terça-feira (25). As duas favelas sempre foram consideradas rivais, já que eram comandadas por facções diferentes, a Rocinha tinha comando da facção criminosa Amigos dos Amigos e o Vidigal do Comando Vermelho, mas ambas já foram pacificadas por UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora).

Os manifestantes se reuniram na subida principal do morro do Vidigal e cantaram o Hino Nacional juntos. A Rocinha é vizinha de São Conrado e o Vidigal fica do lado do Leblon, ambos bairros de classe alta da cidade.

Leia mais no UOL


Movimento Estudantil organiza atos contra a “cura gay”

A Assembleia Nacional de Estudantes (Anel) e coletivos da chamada “Esquerda da UNE” estão convocando um dia unitário de luta contra o projeto de “cura gay” e pela saída do deputado Marcos Ferliciano (PSC) da presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. As atividades ocorrerão por todo o país no dia 26 de junho, quarta-feira.

Nas redes sociais, será usada a tag #amornaotemcura



Assessor do prefeito de Belém se infiltra em manifestações de rua e prega o extermínio de militantes de esquerda
O oficial militar Wolfgang Endemann, assessor do gabinete do prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho (PSDB), em meio a onda de protestos por garantia e ampliação de direitos sociais que movimentou a capital paraense nessas últimas semanas, resolveu usar os seus perfis no facebook e twitter para ameaçar com morte ativistas que saíram às ruas para se manifestar.

Em uma de suas postagens o militar escreveu: “Morte aos petralhas e comunistas. Nós deveríamos matar todo o resto dos comunistas. Ainda estou filmando uns vermelhinhos pra mostrar prá PM. Filmei tudo. Vou caçar esses FDP. Essa estrela vai brilhar na cadeia ou no caixão, vagabundo”, disse.

Em outro diálogo, o oficial descreve sobre o alvo de suas ações: Nardye Sena: “Meu amigo pra não falarem que estou sendo cruel com eles… me diga você que estava lá, de onde esses vermes são? de que partido ou tendência?”, comentou.

Wolfgang Endemann: “PSTU, PSOL, PCdoB, PT, e anárquicos punks”.

Nardye Sena: “Não fiquei surpreso! São sempre os mesmo! Tá na hora de trocar as balas de borracha por de chumbo revestidas de cobre”, ameaçou.

Essa não é a primeira vez que o militar incita a violência contra segmentos sociais, em seu perfil. Também constam declarações intolerantes de caráter xenófobas, machistas, racistas e preconceituosas. Algumas dessas declarações foram “printadas” e circulam nas redes sociais.

Wolfgang Endemann é assessor (DAS 7) do gabinete do prefeito de Belém, e consta na lista de autoridades na página oficial da prefeitura.


PM diz que, se população de Belo Horizonte quiser, não haverá jogo do Brasil
A Polícia Militar de Minas Gerais admitiu em entrevista coletiva nesta terça-feira que os manifestantes podem conseguir bloquear o acesso ao estádio do Mineirão, palco da semifinal da Copa das Confederações entre Brasil e Uruguai. O jogo será disputado às 16h desta quarta.

"É impossível a polícia atuar contra a vontade de 10, 20, 30 mil pessoas que se postam em determinado momento impedindo o trânsito. Seria uma mensagem clara de uma parcela significativa da população de Belo Horizonte dizendo que não quer o evento aqui", complementou.

Leia mais no sítio da ESPN

 

Polícia do CE entrará em protesto e convoca PMs de todo o país para mudar imagem truculenta
Além da ACSMEC, mais três presidentes de associações estão confirmados no protesto de quinta-feira: Associação dos Praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros do Estado do Ceará (Aspramece), Associação dos Profissionais de Segurança Pública do Estado do Ceará (Aprospec) e Associação das Esposas dos Praças do Estado do Ceará (Assepec).



Leia mais no sítio da ESPN




CE: Prefeito de Juazeiro do Norte desiste de reduzir salário dos professores

Ficou acertado com a procuradora Mariana Gurgel, que o prefeito Raimundo Macedo irá sancionar a lei aprovada do novo PCCR e em seguida, enviará à Câmara de Vereadores um novo projeto revogando todas as modificações aprovadas no plano sancionado. Não haverá modificação no vencimento dos servidores. Portanto, o novo plano será plenamente revogado.

Mesmo com o compromisso firmado em revogar a lei aprovada, permanece nas redes sociais a convocação para a caminhada #Fora Raimundão pelas ruas de Juazeiro do Norte nesta sexta-feira (28).

Leia no Site Miséria




Repudiada nas ruas, grandes meios de comunicação querem dirigir protestos
Assim como os partidos políticos, os grandes meios de comunicação estão sendo repudiados na maioria dos atos pelo país. São marcas desta repulsa vaias nas entradas ao vivo das coberturas das manifestações, as “coberturas aéreas” e de cima de prédios, a hostilização a profissionais (muitas vezes de forma equivocada, como foi no caso das agressões ao jornalista Caco Barcelos em São Paulo), a presença de repórteres e cinegrafistas sem identificação no meio das manifestações e até a destruição de carros de reportagem e sedes destes grupos.

Abaixo, algumas expressões deste repúdio.

Após manipular enquete, Luís Datena "muda de lado"


Globo e os Protestos (vídeo de PC Siqueira no Youtube, com mais de 1,5 milhões de acessos:

Globo é hostilizada por brasileiros em protesto em Londres:


Abaixo, os links de duas boas análises sobre o assunto:
Assustada com as mobilizações populares que romperam duas décadas de marasmo político e letargia social, após um momento de perplexidade e desorientação, a ordem estabelecida deu uma primeira resposta à revolta social que toma conta do Brasil. Seu ponto de vista aparece na estética e no discurso da grande mídia falada e escrita. Não por acaso, as grandes redes de televisão tornaram-se um dos alvos preferenciais da fúria popular, ao lado de outros símbolos do poder burguês e da modernidade fútil - os prédios públicos, os bancos, as concessionárias de automóveis.
Leia o artigo do professor Plínio de Arruda Sampaio Júnior no sítio do Correio da Cidadania


Vejam qualquer edição do Jornal Nacional, neste junho de 2013. E contem quantas vezes Wiilliam Bonner repete as palavras “vândalos” e “baderneiros”. Mas também “bandidos”. Observem como quase não há variações: vândalos, baderneiros, bandidos. Vândalos. Baderneiros. Baderneiros, bandidos, vândalos. E como ele fala com ênfase, como se estivesse falando de figuras que ali sempre estiveram. Personagens de todos os dias nas ruas e nos jornais, como “políticos”, “administradores”, “vendedores”, “donas de casa” etc. Os vândalos. Os baderneiros.
Leia o artigo do jornalista Alceu Castilho no blog Outro Brasil

Munduruku protestam contra vereadores que defendem construção de hidrelétricas

Cerca de 100 indígenas Munduruku lotaram a Câmara Municipal de Vereadores de Jacareacanga, extremo oeste do Pará, nesta segunda-feira, 24, para protestar contra os vereadores que são favoráveis ao projeto do governo de construir hidrelétricas no rio Tapajós.

A fachada da Câmara foi grafitada com frases de protesto como “Não queremos barragens”, “viva o Tapajós”, “respeitem nosso direito” e “nossa palavra é que vale”.
Dentro do plenário, lideranças indígenas discursaram acusando vereadores de estarem tentando dividir o povo Munduruku, espalhando mentiras sobre os acontecimentos.”Este é um movimento popular indígena autônomo. Nossa decisão é a decisão do coletivo, dos caciques, das lideranças. E a decisão é de que somos contra as barragens que afetam nosso território”, explicou Valdenir Munduruku aos parlamentares.

“Nossa posição precisa ser respeitada. Ontem, nesta casa, alguns vereadores criticaram nosso movimento. A gente veio aqui [na Câmara] pra deixar um recado bem claro: se vocês não podem nos ajudar, também não atrapalhem”, disse.

Para o povo Munduruku, os parlamentares tem sido usados pelo governo federal e pelos empreendedores para forçar a viabilização de projetos hidrelétricos em território indígena e tradicional, mesmo sem ter havido consulta – e mesmo com o posicionamento público das comunidades contrário ao empreendimento. “Vocês não precisam vir falar de compensações, vir falar que as hidrelétricas vão trazer saúde e educação, porque saúde e educação são direitos nossos que não vamos negociar a troco de hidrelétricas”, argumentou a liderança.

Os vereadores ouviram as críticas dos manifestantes em silêncio. Ao final da sessão, o presidente da Casa, vereador Jerson Mourão (PSB), saiu pela tangente e agradeceu a oportunidade de ouvir os indígenas. “A Câmara vai estar apoiando vocês”, respondeu aos indígenas.


Fonte: Movimento Xingu Vivo

terça-feira, 25 de junho de 2013

#protestobr - 25 de junho

RJ: Noite de terror na Maré com 8 mortos
“Nada justifica a ação da Polícia Militar e do Bope na noite de ontem (dia 24) e hoje na Maré. O saldo de oito mortos (número confirmado atá agora, mas que pode aumentar), entre eles um sargento da Polícia Militar, escolas com aulas suspensas,comércios fechados, moradores sitiados em suas casas, vários feridos, ruas sem luz. Situação que poderia ter sido evitada caso o Estado não tivesse uma atuação dentro da favela e outra fora.

As balas disparadas ontem não foram de borracha, como em outros pontos da cidade (violência também não justificada contra manifestantes, mas que denota claramente a diferença de conduta da Polícia dentro das favelas).”

A desastrosa incursão do dia 24 à noite, continua hoje por policiais militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), Batalhão de Ações com Cães (BAC) e Batalhão de Polícia de Choque (BPChoque). A desculpa oficial, como sempre, fica por conta do combate ao tráfico e prisão de criminosos. Mas nada justifica o impacto e desrespeito aos moradores que vivem na Maré.

Leia no sítio das Redes da Maré

Violência policial: Resumo dos Fatos (Charge de Carlos Latuff)


Ciro Gomes diz que PSOL e PSTU são organizações fascistas
O ex-prefeito, ex-governador, ex-ministro e agora ocupando o cargo de “irmão do governador do Ceará”, Ciro Gomes (PSB), deu declarações ao Diário do Nordeste, jornal de Fortaleza, sobre as mobilizações que ocorrem pelo país. Assim como os grandes meios de comunicação, os governos e a falecida Velhinha de Taubaté, Ciro Gomes disse que via com entusiasmo as manifestações do povo brasileiro, mas criticou o que segundo ele, são protestos de grupos minoritários e atos de baderna.

Ao se referir a uma manifestação que bloqueou durante duas horas a avenida de acesso ao aeroporto de Fortaleza ocorrida no domingo (23 de junho), o irmão do governador disse que aquilo era um ato de “meia dúzia de oportunistas de partidos de esquerda”, promovido pelo PSOL e PSTU, partidos, que segundo o aliado de Dilma, seriam organizações fascistas.

Veja as declarações AQUI

A crítica de Ciro Gomes contrasta com o episódio promovido por seu irmão, o governado Cid Gomes (PSB), que ano passado quase promoveu um acidente de grandes proporções no aeroporto de Salvador. Para recepcionar a presidente Dilma Rousseff, que também desembarcava em comitiva no mesmo local, o governador do Ceará deu ordens para que seu piloto atravessasse com um jatinho a pista principal, impedindo assim a aterrissagem de várias aeronaves.

Veja essa notícia AQUI 


MG: Professores e estudantes protestam contra o uso da UFMG pela Força Nacional e Polícia
Na tarde desta segunda-feira, aproximadamente 150 estudantes fizeram um protesto na UFMG. Os alunos colocaram cartazes no prédio da reitoria com dizeres contra a Fifa, a presença dos policiais no campus durante as manifestações e contra o Reitor da Universidade. O Conselho Universitário também se reuniu com a reitoria para expôr a insatisfação.

Leia no sítio do jornal O Estado de Minas


Dani Sschwery é a Kátia Abreu da direita paulista
No início dos protestos, ela produziu o vídeo “Adote um pobre! Destruir transporte público não está com nada”. Assim como a juventude do seu partido, ela também foi contra as manifestações desde o início.

Ela já foi chamada de “a voz sincera do PSDB por suas declarações que de tão conservadoras, chegam a bizarrice. Candidata à vereadora em São Paulo no ano passado, teve votação pífia.

“Militante” do PSDB, Dani Schwery se apresenta como “uma cabeça nova que se difere de tudo que está aí” e “odiada por + de 150 esquerdopatas e amada por quem tem opinião quer mudança”.

Mas, na última quinta-feira, quando petistas convocados pelo prefeito Fernando Haddad e manifestantes de esquerda foram expulsos do protesto que tomava conta Avenida Paulista, a “direitopa” produziu esse vídeo-pérola em que exalta despolitização da manifestação e diz frases do tipo "chegar num protesto com felicidade, com sorriso, sem protestar" e “o Movimento Passe Livre se fudeu”.