Agricultores ligados à Federação dos
Trabalhadores da Agricultura Familiar (Fetraf) do Distrito Federal desocuparam
no último dia 19 a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária
(Incra) em Brasília. Durante três dias, o órgão foi ocupado por centenas de
pessoas que tinham com pauta a retomada na criação de assentamentos e
investimentos em infraestrutura em projetos já criados.
Veja AQUI
A saída do prédio ocorreu após ação de reintegração de posse movida pelo
Incra contra os agricultores e teve a intermediação de um defensor público. “A
juíza nos notificou novamente, dando prazo até as 18h. O defensor público que
nos representou na ação conversou com ela e, nessa conversa, ela teria
sinalizado que se cumpríssemos com esse segundo compromisso, a multa seria
desconsiderada”, explicou Francisco Lucena, coordenador-geral da Fetraf-DFE, em
declaração à Agência Brasil.
Mesmo com a desocupação, não houve
avanço nas negociações. Para continuar pressionando o governo, os agricultores
montaram acampamento na área externa ao redor da sede do Incra e esperam para
essa segunda, 22 de julho, uma reunião com representantes da Secretaria-Geral
da Presidência.
Em solidariedade ao movimento,
entidades sindicais e associações ligadas a servidores do Incra e do Mistério
do Desenvolvimento Agrária divulgaram uma “Nota Pública Conjunta” de
solidariedade que pode ser lida na íntegra a seguir:
Todo apoio a luta d@s
companheir@s da FETRAF!
O bloqueio da aplicação dos recursos do Crédito Instalação foi uma decisão unilateral da Direção do MDA/INCRA, impactando diretamente milhares de famílias assentadas que têm este crédito como a principal política de apoio a sua estruturação na terra. Em que pese à necessidade de aperfeiçoar os procedimentos e a forma de aplicação dos recursos do Crédito Instalação, no intuito de evitar desvios, a sua suspensão de forma generalizada prejudica de sobremaneira o público da Reforma Agrária. É sabido que a Direção do MDA/INCRA tem uma proposta de modificação geral na lógica dos Créditos a serem repassados para as famílias assentadas. Mas a interrupção do Crédito Instalação não pode ser usada como um meio de garantir apoio a esta mudança.
Além do mais, há recursos na União para os créditos, e a proposta de modificação da forma de liberação não pode ser subterfúgio para escamotear o bloqueio de quase 1/4 do orçamento do INCRA e MDA para que o Governo Federal alcance o superávit primário, enquanto o mesmo libera bilhões em créditos subsidiados e desoneração de impostos aos megaempresários e pague meio trilhão de reais em juros da dívida aos banqueiros.
Nas últimas 3 semanas a direção nacional e regional da FETRAF tentaram negociar com o presidente do INCRA e o ministro do Desenvolvimento Agrário sendo ignorados, e as poucas e vagas promessas feitas ao movimento foram sistematicamente descumpridas pelos gestores dos dois órgãos. E após tantos dias de mobilização em frente à Superintendência Regional do INCRA no DF e Entorno, as/os agricultores familiares, sem nem mesmo os créditos que têm direito, muitos dos quais já realizaram as respectivas despesas, foram empurradas a uma situação difícil.
Pedimos aos gestores do MDA/INCRA que realmente abram ao diálogo efetivo com a FETRAF e atenda suas reivindicações, pois sua pauta é mais do que legítima, e necessária para que a Política de Reforma Agrária e valorização da Agricultura Familiar avance no Distrito Federal e Entorno. De nossa parte nos colocamos a disposição no que pudermos contribuir com o processo de negociação. Pois entendemos que a luta d@s companheir@s da FETRAF por uma verdadeira Reforma Agrária e desenvolvimento rural sustentável e solidário está diretamente relacionada com a luta d@s servidores do MDA/INCRA, que há muito reivindicam a mais recursos para os programas, valorização de seu trabalho e melhores condições de trabalho!
Brasília, 19 de julho de 2013
Além do mais, há recursos na União para os créditos, e a proposta de modificação da forma de liberação não pode ser subterfúgio para escamotear o bloqueio de quase 1/4 do orçamento do INCRA e MDA para que o Governo Federal alcance o superávit primário, enquanto o mesmo libera bilhões em créditos subsidiados e desoneração de impostos aos megaempresários e pague meio trilhão de reais em juros da dívida aos banqueiros.
Nas últimas 3 semanas a direção nacional e regional da FETRAF tentaram negociar com o presidente do INCRA e o ministro do Desenvolvimento Agrário sendo ignorados, e as poucas e vagas promessas feitas ao movimento foram sistematicamente descumpridas pelos gestores dos dois órgãos. E após tantos dias de mobilização em frente à Superintendência Regional do INCRA no DF e Entorno, as/os agricultores familiares, sem nem mesmo os créditos que têm direito, muitos dos quais já realizaram as respectivas despesas, foram empurradas a uma situação difícil.
Pedimos aos gestores do MDA/INCRA que realmente abram ao diálogo efetivo com a FETRAF e atenda suas reivindicações, pois sua pauta é mais do que legítima, e necessária para que a Política de Reforma Agrária e valorização da Agricultura Familiar avance no Distrito Federal e Entorno. De nossa parte nos colocamos a disposição no que pudermos contribuir com o processo de negociação. Pois entendemos que a luta d@s companheir@s da FETRAF por uma verdadeira Reforma Agrária e desenvolvimento rural sustentável e solidário está diretamente relacionada com a luta d@s servidores do MDA/INCRA, que há muito reivindicam a mais recursos para os programas, valorização de seu trabalho e melhores condições de trabalho!
Brasília, 19 de julho de 2013
Associação Nacional dos Servidores do MDA – ASSEMDA
Associação dos Servidores da Reforma Agrária de Brasília – ASSERA/Br
Confederação Nacional das Associações dos Servidores do INCRA – CNASI
Confederação Nacional dos Servidores Públicos Federais - CONDSEF
Central Sindical e Popular - Conlutas no Distrito Federal e Entorno - CSP-Conlutas/DFE
Associação dos Servidores da Reforma Agrária de Brasília – ASSERA/Br
Confederação Nacional das Associações dos Servidores do INCRA – CNASI
Confederação Nacional dos Servidores Públicos Federais - CONDSEF
Central Sindical e Popular - Conlutas no Distrito Federal e Entorno - CSP-Conlutas/DFE