A sede
nacional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) foi
ocupada na madrugada desta quarta-feira, 17 de julho, por agricultores da
região do entorno do Distrito Federal organizados pela Federação dos
Trabalhadores da Agricultura Familiar (Fetraf), movimento social agrário ligado
à Central Única dos Trabalhadores (CUT).
É a segunda ocupação do prédio em uma semana. No último dia 11, como parte da Jornada
Nacional de Lutas, o local tinha sido ocupado por camponeses ligados ao
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Na ocupação
desta quarta, a Fetraf exige mais velocidade na criação de assentamentos de Reforma
Agrária e recursos para estruturação de projetos já criados. A contrariedade à decisão do Incra de promover o recolhimento dos valores do programa Crédito Instalação, destinado ao apoio inicial à famílias assentadas e construção de habitações nos assentamentos, parece ser o centro da mobilização
O movimento exige uma reunião com a direção do Incra para tratar especificamente da pauta apresentada, mas representantes da autarquia afirmam que só negociarão com a desocupação do prédio, tomado por mais de 700 pessoas .
“Vamos permanecer no prédio até amanhã, quando retomaremos as negociações pra tentar um entendimento pra desocupar o prédio. Mas, por enquanto, continuaremos em tempo indeterminado”, disse o coordenador-geral da Fetraf, Francisco Lucena, que lamentou não ter chegado a uma solução junto ao Incra.
“Nós propusemos, para desocupar o prédio, que nos fosse fornecido água, liberação dos banheiros e da garagem à noite, das 19h às 7h, para dormirem as crianças, mulheres e pessoas que têm problema de pressão. Mas eles não aceitaram. Tentaram nos convencer de que tínhamos proposto ficar na garagem só esta noite e amanhã iríamos para a Superintendência Regional do Incra, mas nós dissemos que não era essa a proposta”.
Já à
noite, a 17ª Vara Federal do Distrito Federal
determinou a desocupação imediata do prédio. A liminar de desocupação foi
obtida pela Advocacia-Geral da União. A decisão estabelece multa de 5 mil reais por dia ocupado. O presidente do Incra, Carlos Guedes, encontra-se em Cuba. O movimento exige uma reunião com a direção do Incra para tratar especificamente da pauta apresentada, mas representantes da autarquia afirmam que só negociarão com a desocupação do prédio, tomado por mais de 700 pessoas .
“Vamos permanecer no prédio até amanhã, quando retomaremos as negociações pra tentar um entendimento pra desocupar o prédio. Mas, por enquanto, continuaremos em tempo indeterminado”, disse o coordenador-geral da Fetraf, Francisco Lucena, que lamentou não ter chegado a uma solução junto ao Incra.
“Nós propusemos, para desocupar o prédio, que nos fosse fornecido água, liberação dos banheiros e da garagem à noite, das 19h às 7h, para dormirem as crianças, mulheres e pessoas que têm problema de pressão. Mas eles não aceitaram. Tentaram nos convencer de que tínhamos proposto ficar na garagem só esta noite e amanhã iríamos para a Superintendência Regional do Incra, mas nós dissemos que não era essa a proposta”.
*Com informações do Correio Braziliense e O Globo
ATUALIZANDO A NOTÍCIA (18 de julho, as 23horas):
Fetraf não aceita condições e sede do Incra continua ocupada pelos agricultores