Metade das terras ilegais estão em Barreiras do
Piauí, Gilbués e Uruçuí. As áreas foram levantadas a partir do trabalho de fiscalização cadastral.
O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Piauí identificou a existência de 34 imóveis com indícios de grilagem no estado. Dos 350.453,8 hectares de terras possivelmente ilegais, quase a metade (171.397,4 hectares) está localizada em três municípios: Barreiras do Piauí, Gilbués e Uruçuí.
O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) no Piauí identificou a existência de 34 imóveis com indícios de grilagem no estado. Dos 350.453,8 hectares de terras possivelmente ilegais, quase a metade (171.397,4 hectares) está localizada em três municípios: Barreiras do Piauí, Gilbués e Uruçuí.
Os processos com
irregularidades já foram encaminhados ao Instituto de Terras do Piauí
(Interpi), à Procuradoria Estadual de Justiça e à Corregedoria-Geral de Justiça
para que se manifestem sobre os casos.
As áreas foram
levantadas a partir do trabalho de fiscalização cadastral do órgão. Segundo a
chefe da Divisão de Ordenamento da Estrutura Fundiária do Incra no Piauí,
Socorro Vasconcelos, os indícios de grilagem são ocasionados por falhas na
documentação apresentada para comprovar o domínio do imóvel, o que geralmente é
indicativo de falsificação.
No município de Barreiras do Piauí, as sete áreas sob suspeita somam 62.955,1
hectares. Em seguida vem Uruçuí, onde há nove propriedades com cadastro
irregular, que correspondem ao total de 61.851,2 hectares. Logo depois está o
município de Gilbués, com cinco imóveis que, juntos, somam 46.591,1
hectares.
Segundo o Incra,
essas e as demais propriedades identificadas ficam em situação de 'sobrestado',
ou seja, pendentes de conclusão por ausência de comprovação da regularidade
dominial, da regularidade cadastral ou de quaisquer modificação.
Desta forma, os
proprietários indicados no sistema ficam impedidos de receberem o Certificado
de Cadastro de Imóvel (CCIR), documento emitido pelo Instituto que constitui
prova do cadastro do imóvel rural e é indispensável para desmembrar, arrendar,
hipotecar, vender ou prometer em venda o imóvel rural, sob pena de nulidade.
Além disso, a pessoa fica impossibilitado de realizar empréstimos e
financiamentos destinados ao produtor rural.
Ações
“Os processos administrativos de fiscalização cadastral vêm sendo feitos no decorrer dos anos e têm permitido ampliar o controle da malha fundiária do estado, visando, além do combate à grilagem de terra, o combate ao trabalho análogo ao de escravo em conjunto com outras instituições”, explica Socorro Vasconcelos.
“Os processos administrativos de fiscalização cadastral vêm sendo feitos no decorrer dos anos e têm permitido ampliar o controle da malha fundiária do estado, visando, além do combate à grilagem de terra, o combate ao trabalho análogo ao de escravo em conjunto com outras instituições”, explica Socorro Vasconcelos.
A autarquia vai
aguardar o posicionamento dos órgãos envolvidos. Caso as irregularidades fiquem
constatadas e o imóvel não tiver CCIR, o Incra não procederá o cadastro da
propriedade. No caso de já existir o CCIR, o certificado continuará inibido no
sistema, impedindo, assim, a possibilidade de qualquer transação comercial
envolvendo o imóvel e a concessão de crédito perante instituições financeiras.
Fonte: G1