O
objetivo é avaliar os impactos de políticas e projetos que atingem diretamente
populações vulneráveis
Brasil
tem Mapa de Conflitos envolvendo injustiça ambiental e saúde . O objetivo é
avaliar os impactos de políticas e projetos que atingem diretamente populações
vulneráveis. O Mapa é desenvolvido em conjunto pela Fiocruz e pela Fase, com o
apoio do Departamento de Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador do Ministério
da Saúde.
A
partir de um levantamento inicial, o Mapa tem como objetivo apoiar a luta de
inúmeras populações e grupos atingidos em seus territórios por projetos e
políticas baseadas numa visão de desenvolvimento considerada insustentável e
prejudicial à saúde por tais populações, bem como movimentos sociais e
ambientalistas parceiros.
O
Mapa busca sistematizar e socializar informações disponíveis, dando
visibilidade às denúncias apresentadas pelas comunidades e organizações
parceiras, contribuindo para o monitoramento de ações e de projetos que
enfrentem situações de injustiças ambientais e problemas de saúde em diferentes
territórios e populações das cidades, campos e florestas, sem esquecer as zonas
costeiras. Os casos são selecionados a partir de sua relevância socioambiental
e sanitária, seriedade e consistência das informações apresentadas.
Embora
tenha contado com apoio governamental para a sua realização, o Mapa é
direcionado para a sociedade civil. Ele está aberto para informar, para receber
denúncias e para monitorar as ações dos diversos níveis do Estado. Nesse
sentido, ele está democraticamente a serviço do público em geral e,
principalmente, das populações atingidas.
No
Amazônia Brasileira desta quarta-feira (13), a doutora em História Tania
Pacheco explica como o Mapa pode ser usado pela sociedade civil e pelo poder
público, na defesa das populações mais vulneráveis no sentido de garantir um
dos direitos primeiros garantidos na Constituição: o direito à saúde.
Tania
Pacheco há anos trabalha sobre o conceito de “racismo ambiental”, que ela
define como “as injustiças sociais e ambientais que recaem de forma implacável
sobre grupos étnicos vulnerabilizados e sobre outras comunidades, discriminadas
por sua raça, origem ou cor.”
O
programa Amazônia Brasileira vai ao ar a partir das 08h na Rádio Nacional da
Amazônia, em rede com a Rádio Nacional do Alto Solimões, onde é transmitido ao
vivo às 05h. A produção e a apresentação são de Beth Begonha.
Fonte: Rádio Nacional da Amazônia - Baixar áudio