Há dez anos, os
Tupinambá esperam a conclusão do processo de demarcação de sua terra. Nesse
quadro, vêm realizando ações coletivas conhecidas como retomadas de terras,
recuperando numerosas áreas no interior de seu território que estavam em posse
de não-indígenas.
Por essa
razão, têm sido alvos de criminalização e ataques violentos, tanto por parte do
Estado brasileiro, como por indivíduos e grupos contrários à garantia de seus
direitos.
Para contar
essa história, Daniela Alarcon e Fernanda Ligabue reuniram e organizaram
sequências gravadas em maio de 2014 na aldeia Serra do Padeiro, na Terra
Indígena Tupinambá de Olivença, sul da Bahia (Brasil), assim como imagens de
arquivo.
No filme, a
história de expropriação e resistência dos Tupinambá é narrada segundo a
perspectiva dos indígenas, para quem a terra pertence aos encantados, as
entidades mais importantes de sua cosmologia.