O Imazon faz o monitoramento
independente do desmatamento na Amazônia Legal e divulgou, nesta quinta-feira
(12/02), o balanço dos alertas para janeiro de 2015.
Em janeiro foram detectados
288 Km² de perda florestal, contra 109 km² registrados em janeiro de 2014: um
crescimento de 169%. Este é o sexto aumento consecutivo na taxa, que vem
apresentado tendência de alta desde agosto, o primeiro mês do ano-calendário de
medição do desmatamento na Amazônia Legal. O calendário vai de agosto até julho
do ano seguinte - neste caso, julho de 2015.
No acumulado desses meses, a
derrubada de floresta atingiu 1660 quilômetros quadrados, contra 531 km²
detectados no mesmo período anterior (agosto-dezembro/2013), uma subida de
213%.
75% do desmatamento ocorrido
no período ocorreu no Mato Grosso (com 217 km²), seguido do Pará, com
20% (ou 59 km²). Juntos os dois estados foram
responsáveis por 95% de todo o desmatamento na Amazônia. Todos os dez
municípios onde mais houve desmatamento estão nos dois estados, com destaque para Altamira, como o segundo município que mais desmatou, especialmente na região da BR-163.
80% das áreas desmatadas se
encontram em terras públicas sem destinação ou em propriedades privadas, 12% em
assentamentos de reforma agrária, 7% em unidades de conservação e 1% em terras
indígenas.
No Oeste do Pará, destacam-se
grandes desmatamentos promovidos no interior do Projeto de Desenvolvimento
Sustentável Terra Nossa (140 hectares), em Altamira e na Reserva Biológica
Nascentes do Cachimbo (1370 hectares), em Novo Progresso, ambos na região
paraense da BR-163.
Também houve aumento
substancial (1.116%) das áreas com florestas degradadas, que são aqueles onde não há corte raso da floresta e sim extração seletiva de espécies madeireiras, principalmente.
*Com informações do Imazon.